quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Como controlar e cuidar dos animais de estimação durante as festas de fim de ano
Reunir família e amigos em casa nas datas comemorativas é sempre bom, mas será que o cão ou o gato que mora no local está preparado para isso? Com a audição mais aguçada que a dos humanos, os pets podem se sentir ameaçados e se machucar na hora de buscar um abrigo.
“Muitas casas não têm ninguém o ano inteiro e de repente tem 20 pessoas. Os animais ficam acuados ou mais agressivos, tentado proteger o ambiente”, diz o adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário da ComportPet.
Ele explica que a audição dos cachorros é dez vezes mais aguçada que a dos humanos. Durante as datas comemorativas, se o pet não estiver acostumado com fogos de artifício, por exemplo, ele vai ficar com medo por achar que o barulho é dentro do lugar onde ele está.
Por ficar nesse estado, o animal pode se machucar ao tentar fugir ou se esconder, entrando em compartimentos de difícil acesso ou, em casos extremos, se jogando da varanda de um prédio, por exemplo.
Segundo Amanda Peres, veterinária da área de Segurança e Confiança da DogHero, o estrondo repentino dos fogos de artifício é o problema. “O objetivo é distrair o animal para ele não prestar atenção no barulho ou nas cores”, diz e aconselha a deixar janelas e cortinas fechadas para amenizar o som.
O adestrador também faz um alerta quanto à criação dos pets. “Alguns donos protegem tanto, que os animais começam a criar alguns costumes, perdem a autoconfiança e começam a ter medo de qualquer barulho, de campainha”, afirma.
Por isso, é importante preparar o companheiro de quatro patas na medida certa. Confira abaixo algumas dicas para diminuir o estresse dos pets durante as datas comemorativas:
Evite deixar o animal de estimação sozinho
“Ele precisa de alguém de confiança, o dono dele ou alguém com quem já ficou”, orienta Amanda Peres. Deixá-lo sozinho pode aumentar o estresse e o instinto de fuga. Se o animal estiver acompanhado, a veterinária recomenda que a pessoa não fique tensa com a situação do bicho de estimação e transmita tranquilidade para ele.
Acostume o animal com a situação
No caso de fogos de artifício, o adestrador diz que há CDs que reproduzem o som dos estouros e podem servir para treinar os animais. Ele recomenda começar o treinamento de dois a três meses antes das comemorações.
Feche portas e janelas
Fugir é uma das primeiras reações do pets quando estão assustados ou se sentem ameaçados. Durante os fogos de artifício, os especialistas orientam bloquear as passagens para evitar possíveis acidentes. Além disso, a dica ameniza boa parte do som externo, o qual vale abafar também com um som interno um pouco mais alto. Televisão ligada ou até o barulho do ventilador ajudam, segundo Amanda.
Distraia o animal
Santos indica deixar a alimentação do animal para quando o barulho ou a reunião de pessoas ocorrer. Isso vai tirar o foco dele e fazê-lo associar o som com algo positivo. O especialista afirma que, mesmo acostumados a barulho dentro de casa, os fogos podem prejudicar os bichinhos.
Canse o animal durante o dia
Como as comemorações ocorrem, geralmente, no período da noite, a dica favorece a tranquilidade na ocasião. “Ele terá menos energia para tentar fugir ou se machucar”, diz Santos.
Deixe o animal seguro
Na tentação de fugir, é importante que haja um espaço para que o companheiro se sinta confortável. Pode ser a casinha dele ou um quarto onde costuma ficar. Amanda indica deixar os brinquedos ou a comida próximos também e tirar do caminho qualquer objeto que possa machucá-lo. O mais importante, segundo ela, é deixar o pet confortável até ele se sentir seguro para sair, nunca forçá-lo.
Use coleira
O artefato pode ser considerado quando muitas pessoas se reúnem na casa, como em datas comemorativas. Cleber Santos indica deixar o animal com coleira por cerca de 30 minutos, até ele ficar mais tranquilo e se acostumar com as visitas. Enquanto isso, é importante deixá-lo livre, não no colo, e apresentá-lo às pessoas ou oferecer algum petisco para gerar uma associação positiva.
No caso dos gatos, é possível usar a mesma técnica, mas o especialista aponta que a coleira é uma questão de costume. “Os animais aprendem tudo por repetição. Se ninguém põe [coleira no gato], ele não vai gostar”, diz. Santos orienta tentar fazer o animal passar pela situação antes para que entenda que está seguro. “Vale acostumar o gato com coleira, alimentá-lo quando alguém chegar. O gato é muito confiável”, afirma o adestrador, que também recomenda nunca forçar os animais.
Durante os fogos de artifício, dar carinho nem sempre é o melhor
“Não é indicado, porque o animal vai entender que, quando tiver medo, terá colo. Ele vai ter cada vez mais medo só para ter o colo”, explica Santos. A veterinária diz que pegar no colo pode transmitir ao pet a mensagem de que ele realmente está em perigo e precisa ser protegido. “Pode fazer carinho, mas precisa deixá-lo solto no ambiente, não tirá-lo do espaço”, afirma.
Usar medicamentos?
A possibilidade de dar tranquilizantes para os pets só deve ser considerada em casos severos de estresse, segundo Amanda. “Só se o animal passou em consulta e o veterinário prescreveu. Sedar ou deixá-lo mais tranquilo só em caso de ele ser muito agressivo ou perturbado”, diz. Santos destaca que alguns animais podem ter problemas no coração e o remédio provocar uma parada cardíaca.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Animais de estimação: como protegê-los de fogos de artifício
Conheça dicas para evitar que os seus bichinhos sofram com o barulho.
Em época de festividades, especialmente no Réveillon, muitos animais de estimação sofrem com o barulho desconhecido e ensurdecedor para seus ouvidos. As consequências passam por perda de controle do intestino e da bexiga, lesões autoinfligidas em resposta a ansiedade ou até mesmo convulsões.
Turma da Mônica e Corpo Humano
Para proteger os seus animais de estimação, faça todo o possível. Listamos algumas dicas para preservar o bem-estar e segurança deles:
1. Truque do pano (Tellington touch)
A técnica do pano, desenvolvida pela canadense Linda Tellington-Jones, consiste em amarrar um tecido sobre o peito e o dorso do animal. Assim, o pano envolverá seu pet formando um oito.
A leve pressão exercida pelo pano ativa o sistema nervoso autônomo, fazendo o pet sentir-se mais seguro. Também há no mercado produtos como camisetas e coletes antiestresse, criados a partir do Tellington touch.
2. Evite que seus animais de estimação tenham acesso à rua
Não à toa, a expectativa de vida de um animal com acesso à rua é muito menor do que a de um criado dentro de casa. A esperteza deles não os tornam imunes a atropelamentos, envenenamentos, brigas, agressões ou contágios.
Se a casa for preparada para impedir o acesso à rua, já eliminamos pelo menos duas das mais graves possíveis consequências do pânico de fogos: fugas e quedas de andares altos.
Quando eles se assustam com barulhos altos e repentinos, disparam um alarme que os faz correr sem parar para pensar. Se isso acontecer com os seus animais de estimação, garanta que eles fiquem a salvo vedando qualquer saída e deixando seus portões fechados.
3. Não tente conter seu animal com uma guia
Um dono bem-intencionado pode achar que prender o animal com uma guia vai conter sua agitação, mas isso é perigoso: a ansiedade provoca movimentos frenéticos nos animais, e eles podem acabar se enforcando.
4. Tampões de ouvido
Para proteger os seus animais de estimação, invista em um tampão de ouvido específico para eles. Alguns modelos podem ser encontrados em pet shops, e não custam muito caro.
Evite colocar tufos de algodão, que podem sair facilmente e ainda serem engolidos. Se o seu pet não ficar incomodado, experimente amarrar um pano, como uma gaze, em volta da cabeça deles.
5. Prepare o ambiente
Quando o barulho pode ser previsto, como por exemplo durante as festividades de ano-novo, o ideal é preparar o seu bichinho. Evite deixá-los em cômodos em que haja portas de vidro, para não correr o risco de eles se jogarem contra elas.
Coloque ainda travesseiros e almofadas nas paredes, para evitar impactos, e cobertores nas janelas, para abafar o som. Forre possíveis tocas, como dentro do guarda-roupa ou embaixo da cama, com uma fronha ou cobertor. Se você é dona de gatos, também pode apoiar bebedouros e caixas de areia na parede ou num móvel firme, para que não sejam derrubados.
Ventiladores e ar-condicionados também produzem sons reconfortantes, além de mitigar outra causa de estresse, em especial no final de ano no Brasil: o calor.
A comida deles não deve ser deixada à vontade. Forneça refeições em horários programados e priorize uma alimentação leve, com o intuito de prevenir distúrbios digestivos.
Alguns animais, principalmente os cães, podem descontar sua ansiedade e medo uns nos outros. Por isso mantenha-os separados se não estiver em casa com eles ou não tiver condições de separar possíveis brigas.
6. Florais e sedação
Alguns calmantes florais, assim como para humanos, podem ser úteis para acalmar seus animais de estimação. Nos últimos anos, muitos donos de pets têm procurado o tratamento floral para aliviar o estresse e mantê-los mais calmos.
O ideal é que o tratamento seja contínuo, e, se possível, acompanhado de um veterinário, que poderá indicar os mais adequados.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
O que os animais de estimação podem comer no Natal?
No Natal, animais de estimação também se sentem atraídos pelas guloseimas preparadas em casa. Mas, o que os pets podem comer? Confira algumas dicas importantes para evitar que seu amigo tenha intoxicação alimentar e outras complicações gastrointestinais.
Na maioria dos lares o Natal está associado aos excessos culinários. Sabemos que é necessário evitar a superalimentação com alimentos hipercalóricos, como é o caso de doces, embutidos gordurosos, bebidas alcoólicas, refrescos açucarados, etc. Mas, e quanto aos animais de estimação no Natal? O que eles podem comer?
Durante os dias de Natal, nossos animais de estimação também se sentem atraídos pelas muitas comidas preparadas em casa. Os cães, em especial, não param de rondar a cozinha e não param de pedir, o que faz com que muitos tutores lhes deem as sobras ou a própria comida.
Bons costumes com os animais de estimação no Natal
Utilizar as sobras das ceias e festas para alimentar os nossos animais de estimação no Natal não é saudável e não traz benéfico algum para eles.
Nossos cães comem de tudo. O que nós mais gostamos, eles também costumam gostar bastante. Mas oferecer aos nossos animais de estimação as guloseimas do Natal, como torrões, biscoitos, panettone e marzipãs não é recomendável.
Eles já têm suas próprias delícias, que podemos encontrar em lojas especializadas. Podemos permitir que os animais de estimação em casa nos acompanhem no jantar de Véspera de Natal ou no almoço de Natal. Mas o ideal é que nestas ocasiões eles tenham seus próprios doces especiais, guloseimas adaptadas a eles.
No que se refere às carnes, algumas das receitas natalinas também podem ser perigosas para cães e gatos, pois podem provocar indigestão, ou fazer com que o animal se engasgue com um osso, etc.
O menu dos animais de estimação no Natal. Uvas na Véspera de ano novo?
As uvas são a fruta ideal para nos despedirmos do ano, mas não para os cães. Foi comprovado que elas podem afetar o funcionamento dos rins de nossos amigos peludos.
Os frutos do mar
A carcaça e as cascas de frutos do mar contêm uma substância denominada quitina, que o cão não digere bem. Demonstrou-se que ela pode provocar vômitos, diarreia e constipação.
O chocolate, tóxico para os nossos animais de estimação
São muitos os benefícios que o chocolate oferece aos seres humanos. Ele está presente em torrões e outros doces natalinos, mas não é aconselhável para os cães. O chocolate contém uma substância chamada teobromina, que é tóxica para os cachorros.
A cebola e o alho
A cebola contém um componente (tiosulfato) que destrói os glóbulos vermelhos do cão. As consequências para a saúde de nossos animais de estimação, sobretudo se ele estiver doente, são muito grandes: anemia, debilidade e problemas respiratórios são algumas delas.
Os alimentos que compramos para os nossos cães não têm cebola, mas as sobras que podemos oferecer ao nosso animal de estimação certamente sim.
Igualmente, o alho, presente em muitos pratos natalinos, também é prejudicial para o cão. Os cães não têm um sistema digestivo preparado para metabolizar de uma forma adequada o alho. Se eles o ingerirem, terão intoxicação alimentar.
O álcool, outro risco para os nossos animais de estimação no Natal
O Champanhe e o vinho são algumas das bebidas alcoólicas habituais nas mesas durante os jantares e as refeições de Natal. É necessário ter precaução com isso, se em casa há animais.
Qualquer bebida alcoólica é prejudicial e tóxica para o cão, inclusive em pequenas quantidades. Também não contribui com nenhum benefício para sua alimentação.
As frutas secas
Trata-se de um alimento complexo de digerir para o cão. Embora sejam triturados, o cão não consegue digeri-las bem.
Os ossos
Os ossos de assados natalinos não devem ser dados ao cão, pois podem ocasionar perfurações intestinais, diarreia e constipação.
O café e o chá
A cafeína e as substâncias excitantes destas bebidas são pouco aconselháveis para os animais de estimação em casa.
Restos de comidas natalinas
Em algumas ocasiões, o cão que temos em casa se transforma em uma espécie de contêiner de reciclagem de alimentos. Para economizar parte de seu alimento diário, usamos as sobras da comida de Natal. Entretanto, não podemos nos esquecer de que o cão tem algumas necessidades nutricionais específicas. Sua saúde depende de não lhe darmos restos de alimentos que lhe causem graves problemas gastrointestinais.
Com um pouco de imaginação e produtos cem por cento adequados para o nosso peludo, podemos elaborar uma rica dieta natalina com a qual iremos celebrar estas íntimas festas com um de nossos amigos mais queridos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
O que fazer com picada de animais peçonhentos em cães e gatos
O animal que o picou, a região da picada, a quantidade de veneno e a reação do organismo do seu animal de estimação são os fatores que determinarão o quão grave é a situação.
O verão, entre todas as estações do ano, é o período mais propício para acontecerem acidentes com estes animais. Em regiões próximas a rios e lagos, matagais, terrenos baldios e construções. Cães e gatos estão mais expostos aos perigos de serem picados.
Ao ser picado por cobra, seu cão ou gato pode ter uma reação hemorrágica, neurotóxica e necrosante. Isso significa que podem ocorrer sangramentos, desorientação e morte da parte da pele onde foi picado.
Ao ser picado por escorpião, seu cão ou gato pode ter muita dor e vermelhidão no local da picada, mas não costuma ser fatal. O cenário pode mudar caso seu animal tenha problemas cardíacos.
Ao ser picado por aranha, seu cão ou gato pode perder os pelos no corpo ou na área onde foi picado. Pode também ter reação necrosante, o que leva à morte da pele na área picada. As aranhas são as mais perigosas para os animais de estimação.
Ao ser picado por abelha, a reação mais comum para cães e gatos é inchaço no local da picada. O cenário mais frequente é serem picados na cabeça e focinho.
Como identificar os sinais?
Para identificar os sinais de picada de animais peçonhentos em cães e gatos, é preciso atentar-se a alguns detalhes. Inchaço e mudança de cor no local da picada é um sintoma muito comum, assim como sangramento e vômito.
O seu animal também pode ficar com dificuldade em andar, coceira, taquicardia e dor. Apesar dos sintomas serem comuns entre as picadas de todos os animais peçonhentos, tudo pode variar de acordo com a reação do organismo do seu cão ou gato em relação ao veneno.
O que fazer?
Existem algumas formas de retardar o avanço do veneno no organismo do seu animal de estimação. Aqui vão algumas dicas do que fazer quando perceber uma picada de animais peçonhentos em cães e gatos.
Registre tudo à sua volta
É importante para um tratamento mais eficiente saber qual o animal o picou. Esteja atento ao que está ao redor da área onde seu animal pode ter sido picado. Se encontrar o animal peçonhento, registre com uma foto ou recolha o máximo de informações como tamanho, cor, se tem ou não manchas. Com as informações passadas por você, o profissional irá providenciar o soro certo para tratar do seu cão ou gato.
Acalme seu cão ou gato
Manter o seu animal de estimação quieto e de preferência com a área da picada abaixo do coração faz com que o veneno demore mais até percorrer seu organismo. Isso evita que seu cão ou gato tenha mais dores, febres e outros sintomas.
Higienize o local da picada
Para evitar que haja alguma infecção no local da picada, lave com água fria e sabão. Se for possível, enrole uma toalha com gelo sobre o local da picada, isso irá reduzir o inchaço e amenizar a dor da picada.
Nunca tente retirar o veneno
Nunca, em hipótese alguma, tente retirar o veneno do seu cão ou gato. Não o perfure, corte ou pressione o local da picada. Além de provocar uma infecção, pode ainda causar mais dor em seu animal de estimação.
Vá ao hospital veterinário
Leve o seu animal de estimação o mais rápido possível ao hospital veterinário. Quanto mais rápido receber o soro, mais rápido estará se sentindo melhor e com o veneno eliminado de seu organismo.
Como prevenir?
Para prevenir picada de animais peçonhentos em cães e gatos, as melhores alternativas são:
Retirar entulhos e materiais de construção de sua casa;
Colocar tela em todos os pontos de esgoto, pias e ralos;
Manter a grama baixa para que seja visível em caso de algum animal peçonhento estar por perto.
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