terça-feira, 28 de maio de 2019

Conheça 15 plantas ornamentais que são tóxicas para cães e gatos


Para professora da USP, as plantas podem decorar casas e apartamentos desde que permaneçam em locais de difícil acesso aos animais, evitando que eles comam ou entrem em contato com elementos tóxicos.

O uso das plantas ornamentais é bastante comum para complementar decoração de casas e apartamentos – mas elas podem fazer mal a cães e gatos, podendo levar até à morte. Pensando nisso, quatro grupos de alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo, liderados pela professora Silvana Lima Górniak, realizaram uma lista com as espécies que podem causar intoxicação dos pets e quais são os sintomas que devem ser observados.

De acordo com Górniak, é comum que os animais de estimação comam plantas e grama. “De maneira geral, os animais não são herbívoros, mas esse é um comportamento corriqueiro para gatos e, principalmente, cães. Quando são muito jovens, podem comer plantas por causa do crescimento dos dentes, mas quando crescem podem acabar ingerindo folhas e flores por busca de novas aventuras ou, até mesmo, para chamar atenção dos donos”, explica Silvana.

Devido a esse comportamento, a professora acredita que o conhecimento da toxicidade das plantas ornamentais pode evitar que cães e gatos sejam injuriados por elas. “Não significa que as pessoas não possam ter essas plantas em casa. O ideal é saber quais delas possuem substâncias tóxicas e deixar longe do alcance dos animais. Mas, em caso de intoxicação, mesmo que o dono não saiba o que fez mal ao pet, é importante leva-lo ao médico veterinário e informar o tipo de plantas que possui em casa. Dessa forma, o profissional pode identificar melhor qual pode ser a causa da intoxicação”, disse Górniak.

Confira abaixo as 15 plantas ornamentais que são tóxicas aos animais de estimação:

1. Comigo-ninguém-pode: Devido à beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar, a Diffenbachia sp é facilmente encontrada nos lares brasileiros e é campeã como causadora de intoxicação em animais. Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos. A intoxicação pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta ou por contato com a pele. Os sintomas variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa. “Essa planta foi a campeã de ingestão por cães e gatos. É conhecida pela beleza de suas folhas e facilidade de cultivo, mas quando em contato com os animais, pode levar à morte facilmente por asfixia. Para se ter noção, meia folha é o bastante para matar um humano”, disse a professora da USP Silvana Górniak.

2. Copo-de-Leite: O Zantedeschia aethiopica possui o mesmo mecanismo de toxicidade que a Comigo-ninguém-pode, com o mesmo princípio ativo – o oxalato de cálcio. A ingestão dessa planta por animais de estimação pode causar irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

3. Antúrio: Todas as partes da planta Anthurium spp possuem oxalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.

4. Avenca: A planta Adiantum capillus-veneris, que não é nativa do Brasil, é bastante cultivada como planta medicinal e pela crença popular de espantar o mau-olhado. A ingestão dos brotos da Avenca, no entanto, pode causar câncer nos animais.

5. Azaleia: A Azalea sp é considerada um símbolo da cidade de São Paulo, sendo encontrada facilmente nos lares como planta ornamental. Seu princípio ativo é a andromedotixina, uma substância que, quando ingerida, pode causar distúrbios digestivos durante até 6 horas após o consumo, além de provocar disfunções cardíacas.

6. Bico-de-papagaio: A Euphorbia-pulcherrima possui uma seiva leitosa tóxica, chamada látex irritante, que em contato com a pele dos animais, pode causar lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão dessa planta pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite em gatos e cachorros.

7. Coroa-de-Cristo: O conhecido arbusto espinhoso, Euphorbia milii, encontrado em jardins e calçadas, possui como substância tóxica o látex irritante, substância que ao entrar em contato com o animal de estimação – seja pela pele, ou ingestão – pode causar reações inflamatórias como inchaço, dor e vermelhidão.

8. Espada-de-são-jorge: A Sansevieria trifasciata é uma planta ornamental muito utilizada nos lares brasileiros pela crença popular de que traz prosperidade. No entanto, a Espada-de-são-jorge possui substâncias de alta toxicidade. Entre os males que pode causar aos animais de estimação está a dificuldade de movimentação e de respiração devido à irritação da mucosa e salivação intensa.

9. Espirradeira: A Nerium oleander, mesmo que bastante utilizada como ornamento em jardins, contém substâncias tóxicas em todas as partes da planta. Esses princípios ativos podem causar arritmias, vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, coma e morte em humanos e animais domésticos. Os sintomas de intoxicação pela Espirradeira podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão.

10. Fumo-bravo: A planta Solanum mauritianum, com altos níveis de toxicidade, tem como principal composto a Solasodina – presente em toda planta, mas mais concentrada nos frutos. A ingestão do Fumo bravo pode causar diarreia, inflamação do duodeno (parte inicial do intestino delgado), elevação das enzimas hepáticas, gastrite, náuseas, sintomas neurológicos e vômitos em cães e gatos que a ingerirem.

11. Lírio e Lírio-da-Paz: Muito encontradas nas casas brasileiras como plantas ornamentais, todas as partes do Lilium sp e do Spathiphyllum wallisii são tóxicas. A ingestão das plantas pode causar irritação oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves. Ainda podem aparecer como sintomas da intoxicação pelo Lírio/Lírio da paz alterações nas funções renal e neurológica.

12. Maconha: O principio ativo na maconha, ou Cannabis sativa é o tetrahydrocannabinol (THC), que deve agir no sistema nervoso central. Os sintomas são depressão, desorientação, perda da coordenação muscular e coma. Normalmente se desenvolvem entre 1 e 3 horas após a ingestão. De acordo com Silvana Górniak, professora da USP, a inalação da fumaça da queima da maconha pode ainda dilatar a pupila dos cães e gatos, causando fotofobia. “Muitas vezes os proprietários de animais domésticos gostam de oferecer a eles tudo que é comum ao humano. Nos Estados Unidos tiveram muitos casos de intoxicação de cães e gatos pela inalação da maconha, que, dependendo do tempo de exposição, pode até matar os animais”, disse a médica veterinária.

13. Mamona: O princípio ativo tóxico do Ricinus communis é a ricina, que está presente nas sementes da planta. Os sintomas da ingestão da mamona acontecem no sistema nervoso e podem ser observados aproximadamente após 24 horas da ingestão. O animal pode apresentar vômitos, diarreia, produção excessiva de saliva, sensibilidade abdominal, cólicas, sangue nas fezes, hipertermia e desidratação. A intoxicação em animais ocorre frequentemente por ingestão de óleo de rícino, torta de mamona, ou resíduos da planta usados como adubo.

14. Tomate verde: A substância tóxica do Solanum lycopersicum é chamada tomatina e é encontrada em altas concentrações nas folhas e frutos verdes – mas se transforma em substância inerte nos frutos maduros. A ingestão do tomate verde pode causar arritmias cardíacas, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômitos.

15. Violeta: O caule e as sementes da Viola odorata são altamente tóxicos. A ingestão dessa comum planta de ornamentação pode causar, na ingestão de altas doses, severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de vômitos e diarreias. Os princípios ativos tóxicos são violinha, acido tânico e salicílico.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de desaparecer?


Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!
Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.

Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Estudo mostra que pessoas que conversam com animais de estimação são mais inteligentes


Há coisa melhor do que ter um animalzinho de estimação com quem você pode conversar, desabafar sem ser julgado ou criticado?

Só quem tem um desses peludos em casa é que experimenta tanto amor e alegria.

E não pense que quem conversa com animais é doido não, viu?

Pelo contrário.

Cientistas afirmam: quem fala com bichos é mais esperto do que aqueles que não o fazem.

De acordo com um estudo realizado por Gary D. Sherman e Jonathan Haidt, da Universidade de Harvard, as pessoas que amam animais e que muitas vezes têm uma conversa com eles são mais inteligentes, e não loucas!

O estudo foi baseado no ato de atribuir aos animais uma personalidade humana ou antropomórfica.

Essa tendência, ou antropomorfismo, é uma atitude que todos têm desde a infância, por isso é considerada infantil e estúpida.

O antropomorfismo é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a animais, deuses ou elementos da natureza.

Na realidade, como confirmado pelo professor Nicholas Epley, professor de Ciências Comportamentais da Universidade de Chicago, é precisamente essa capacidade de tornar as coisas humanas o que nos torna inteligentes.

O estudo destacou ainda como o antropomorfismo também se estende a objetos inanimados.

Não é por acaso que aprendemos desde a infância a brincar com bonecas e bichos de pelúcia, dando-lhes um nome e conversando com eles.

A condição estudada pelos dois cientistas também é aplicável no caso de marionetes e em qualquer idade.

Além de serem mais inteligentes do que as outras pessoas, aqueles que têm essa atitude mostram uma criatividade marcante.

Mas comportar-se dessa maneira não é útil apenas para nós humanos.

É que, ao tratar com frequência nosso animal de estimação como se fosse uma pessoa, conversando com ele, fazemos com que ele aprenda com o tempo a reconhecer palavras diferentes e o tom da nossa voz para entender nosso estado de espírito.

O aumento na capacidade de experimentar empatia em animais é, portanto, uma consequência direta do antropomorfismo.

A melhor parte de toda essa notícia é que você não precisa mais se envergonhar quando falar com seu cachorro ou conversar com seu gato como se fosse um amigo de longa data.
Quer uma dica?

Ignore qualquer um que olhar torto para você por causa das suas conversas com seus amados bichinhos.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

5 coisas que fazem um gato ser feliz


Quando decidimos deixar um animal fazer parte de nossa família, é claro que procuramos fazer o melhor por ele. Donos responsáveis devem estar sempre atentos às necessidades e cuidados específicos de cada bicho de estimação. Por isso, hoje daremos algumas dicas para deixar um gato feliz

Quando um amigo ronronante chega em seu novo lar, é claro que ficará um pouco cauteloso no primeiro momento. Mas logo ficará habituado aos diferentes espaços e muitas vezes nos fará duvidar sobre quem é o verdadeiro dono da casa.

Entretanto, estas adoráveis criaturas logo conquistarão nossos corações. E, por esse motivo, embarcaremos na apaixonante tarefa de buscar mil e uma maneiras de deixá-los confortáveis e contentes. Assim, anote algumas dicas que ajudarão o seu bichano a esbanjar felicidade.

1. Adequar a casa às suas necessidades

Para que um felino fique contente, é preciso oferecer, entre outras coisas:

. Arranhadores para que mantenha as unhas em forma (e para que não destruam os móveis)
. Espaços adequados para que ele durma confortavelmente e se sinta seguro
. Lugares para se esconder (nada o deixará mais feliz que uma caixa)
. Superfícies onde ele possa subir e contemplar o mundo de diferentes alturas
. Brinquedos que possam ser “caçados”
. Uma caixa de areia localizada em um lugar discreto

2. Permitir que ele acesse o exterior

Embora os gatos caseiros e castrados sejam perfeitamente capazes de viver dentro de uma casa, estes animaizinhos adoram explorar ao ar livre. Assim, se houve uma possibilidade, não o prive do acesso ao jardim, à cobertura ou à varanda. Se isso não for possível, uma janela com vista para o exterior também é uma boa opção. Mas claro, tenha cuidado para que o animal não escape e corra perigo de se perder ou sofrer acidentes.

3. Brincadeiras e carinhos

Estes charmosos felinos amam brincar e ser acariciados. Mas são eles próprios que determinam o momento adequado para estas atividades. E também deixam muito claro quando é o momento certo de parar. Além disso, os felinos aceitam carinho apenas em determinadas partes de seus corpos, que podem variar de animal para animal. Então, com observação, paciência e muita tentativa e erro, você aprenderá como fazer um gato feliz na hora da brincadeira e dos carinhos.

4. Um companheiro felino

Embora em algumas situações possa haver problemas de cio ou adaptação, principalmente se forem animais adultos, o ideal é ter mais de um gato em casa. Além de fazerem companhia para o outro e se higienizarem juntos, os bichanos também se divertirão muito. E farão a alegria de seus donos. Presenciar o espetáculo que são dois felinos brincando juntos é uma das melhores coisas da vida.

5. Alimentação adequada e petiscos

Uma alimentação equilibrada, de acordo com as recomendações do veterinário e das características do animal, ajuda a manter uma boa saúde. E um felino saudável é também um felino feliz. Mas se você quer deixar o seu gato feliz de verdade, recompense-o com alguma comida que ele gosta muito. Sempre na medida exata e sem colocar em risco a sua dieta, não deixe de mimar o seu bicho de estimação com algum petisco. Se tiver qualquer dúvida, converse com um profissional de sua confiança.

Outros conselhos para cuidar do seu gato

Além de todos estes detalhes, que farão com que seu amigo feliz seja um animal que vive contente, não esqueça de outras responsabilidades que contribuem para o seu bem-estar:

. Visitas regulares ao veterinário
. Vacinas
. Desparasitação interna e externa

Portanto, cuide e ame muito o seu gatinho. Você verá como além de ter um animal feliz, você também será uma pessoa muito mais alegre.