quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Seu animal de estimação precisa de um psiquiatra?


Existe um ramo da medicina veterinária que estuda o comportamento dos animais. Graças a ele, é possível reverter comportamentos indesejados.

Ao perceber atitudes estranhas ou comportamentos inadequados, muitos donos podem ficar preocupados com seus bichinhos. Atualmente, existe um ramo da medicina veterinária especializado no comportamento e na saúde mental dos animais de estimação: a etologia veterinária. São os psicólogos ou psiquiatras para animais.

A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre o trabalho de um etólogo veterinário e vamos te ajudar a identificar se o seu animal de estimação precisa de um psiquiatra.

Existem psiquiatras ou psicólogos para animais?

Sim! O segmento da medicina veterinária dedicado à saúde mental dos animais é a etologia ou psiquiatria veterinária. No entanto, é preferível usar o termo etologia, que está associado ao comportamento, e não psiquiatria, que deriva de psique ou mente.

Os profissionais que decidem se especializar nessa área podem ser chamados de etólogos, zoopsiquiatras ou psicólogos veterinários.

Embora atualmente seja mais comum encontrar etólogos caninos e felinos, também existem zoopsiquiatras que se dedicam ao cuidado de animais de estimação exóticos e animais selvagens.

Vale a pena ressaltar que apenas veterinários podem exercer a etologia ou psicologia veterinária formalmente. Ou seja, antes de se especializar como etólogo ou zoopsiquiatra, o profissional deve ter completado o curso de medicina veterinária.

O que é e para que serve a etologia ou psiquiatria veterinária?

Para saber se o seu animal de estimação precisa de um psiquiatra, primeiramente é essencial saber o que esses profissionais fazem. Um primeiro passo seria analisar o que é a etologia veterinária e quais problemas ela pode ajudar a curar ou controlar.

A etologia veterinária ou zoopsiquiatria consiste em um ramo da biologia comportamental dedicado ao estudo do comportamento dos animais.

Não estamos falando apenas de comportamentos instintivos, mas também de hábitos durante a domesticação ou que surgem por causa da convivência com seres humanos e outras espécies.

Cada comportamento de um animal está relacionado a diversos fatores genéticos, ambientais, educacionais e de saúde. Por esse motivo, os etólogos ou psiquiatras veterinários não estudam apenas os fatores internos ao animal.

Para chegar a um diagnóstico e estabelecer um tratamento, o etólogo deve considerar possíveis doenças, mas também precisa contemplar a realidade do paciente, o ambiente onde ele vive e a educação que ele recebe.

Portanto, esta é uma especialização muito complexa que requer dedicação e conhecimentos específicos.

Quais são os problemas tratados pelos psiquiatras para animais?

A princípio, a psiquiatria veterinária ou zoopsiquiatria analisa e tenta tratar todos os problemas comportamentais. Além de observar comportamentos instintivos apresentados na natureza, ela também analisa as causas e trata possíveis distúrbios comportamentais surgidos em cativeiro.

Em relação aos animais de estimação, os casos mais frequentes na etologia clínica são os comportamentos que geram distúrbios na convivência com os donos e familiares.

Na grande maioria dos casos, esses são comportamentos instintivos; eles aparecem ou são reforçados por uma má educação e uma socialização deficiente.

Os seguintes problemas comportamentais que preocupam os donos podem ser tratados ou aliviados com a ajuda de um psiquiatra veterinário:

. Medos e fobias.
. Comportamentos agressivos ou de autodefesa em relação a pessoas e animais conhecidos e desconhecidos.
. Destrutividade e ansiedade de separação.
. Comportamentos possessivos em relação aos seus objetos, familiares ou ao ambiente.
. Ansiedade e hiperatividade.
. Problemas de socialização e convivência, tanto com pessoas quanto com outros animais.
. Reações exageradas diante de estímulos desconhecidos.
. Estereotipia (comportamentos obsessivos) e Transtorno Obsessivo-Compulsivo em animais.
. Insegurança, problemas de autoconfiança e medo da interação social.

Como saber se o seu animal de estimação precisa de um psiquiatra?

Para saber se o seu animal de estimação precisa de um psiquiatra, é essencial estar atento ao seu comportamento diariamente. Caso o animal mostre algum sinal dos problemas de comportamento mencionados acima, não hesite em procurar um etólogo ou psiquiatra veterinário.

Por outro lado, se você acha que o comportamento do seu animal de estimação mudou de alguma forma, é recomendável fazer uma consulta preventiva com um etólogo veterinário.

Dessa maneira, é possível detectar e prevenir a progressão de possíveis doenças ou problemas comportamentais de forma precoce.

Na internet, é possível encontrar profissionais especializados em zoopsiquiatria ou etologia veterinária. No entanto, recomendamos que você consulte o seu veterinário de confiança e peça uma indicação.

Além de conhecer o seu animal de estimação, o seu veterinário também poderá recomendar um profissional capacitado que seja da sua confiança.

Por último, mas não menos importante, queremos lembrar a importância de prevenir os problemas comportamentais nos nossos animais de estimação.

Com a educação correta e uma medicina preventiva adequada, podemos evitar a grande maioria dos distúrbios comportamentais, preservando assim a boa saúde dos nossos fiéis companheiros.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Não faça em casa! 5 erros comuns nos cuidados com gatos


A presença de gatos nas residências brasileiras só cresce e um levantamento do Instituto Pet Brasil revelou que ela pode ultrapassar a de cães nos próximos anos -  entre 2013 e 2018, o número de felinos cresceu 8,1% enquanto o de cães aumentou apenas 3,8%. Uma explicação para isso é a maior independência dos bichanos em relação aos donos, que cada vez têm menos tempo livre disponível.

Porém, essa independência não significa que os gatos não precisam de cuidados específicos. O problema é que alguns deles são negligenciados constantemente, influenciando diretamente na qualidade de vida do pet. A PremieRpet®, empresa especialista em nutrição de alta qualidade para cães e gatos, listou 5  erros comuns .

Não castrar

Apesar de causar receio em alguns tutores, a castração é muito importante para os gatos. O procedimento aumenta a expectativa de vida do animal, elimina as doenças do sistema reprodutor, impede o cio e reproduções indesejadas. Além de tornar o comportamento mais amistoso com outros animais e até com humanos.

Quando castrado, o gato pode se tornar mais preguiçoso e, se a alimentação não for adequada, pode acabar desenvolvendo a obesidade. Assim, é preciso equilíbrio e acompanhamento veterinário.

Não escovar os pelos

Os gatos vivem se lambendo, já que é dessa forma que eles, animais muito higiênicos, se limpam. Nesse processo eles podem acabar engolindo uma grande quantidade de pelos soltos que podem causar desde vômitos até obstrução do trato digestório. Para evitar que isso aconteça é importante escová-lo no mínimo uma vez na semana.

Caixa de areia próxima ao pote de comida

Como dito anteriormente, os gatos são animais muito limpos. Por isso, deixar a caixinha de areia (local onde ele faz suas necessidades) perto do pote de comida não é nada higiênico na visão deles. Caso isso aconteça, o bichano pode optar por fazer suas necessidades em outro local da casa ou simplesmente não comer.

O bigode dos gatos é muito sensível e o contato com a água pode causar incômodo. Potes mais largos impedem que isso aconteça e podem estimular que o bichano consuma mais água, evitando que ele desenvolva problemas no trato urinário, que são muito comuns nos felinos.

Deixar que ele saia

A rua oferece muitos perigos para os gatos: eles podem contrair doença, se envolver em brigas, não encontrar o caminho de volta para casa e, no caso das gatas que não são castradas, se reproduzir. Dentro de casa é sempre o lugar mais seguro para o bichano e o enriquecimento ambiental pode fazer com que ele se divirta a salvo.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

6 motivos para adotar um animal de estimação


Adotar um pet é uma decisão importante: ele será um novo integrante da família e, como qualquer novo membro, precisará se adaptar com a casa e a casa com ele. Requer cuidado, atenção, carinho e dedicação, e a adoção responsável tem sido cada vez mais pautada pelas ONGs e cuidadores responsáveis por gerir esse encontro entre tutores e bichinhos. Porém, mais do que tudo, seja um cão ou um gato, adotar é um ato de amor! Se você ainda está na dúvida se deve dar esse passo ou não, trouxemos uma lista cheia de motivos para transformar sua casa num lar muito acolhedor para um novo amigo de quatro patas.

1. Você terá um companheiro para todas as horas

Animais são companheiros leais e fiéis. Os cachorros já possuem essa fama de longa data, mas os felinos também são grandes amigos e, apesar de desconfiados, quando conquistada a sua lealdade ela é eterna. Ter um bichinho é ter um grande amigo para te acompanhar em todas as aventuras - e nos momentos tristes também.

2. É possível receber um alerta em situações de perigo

Geralmente os animais sentem antes de nós os perigos que rondam, e tentam chamar a atenção de algum jeito. Os gatos, por exemplo, ficam próximos aos seus donos em situação de perigo, e geralmente mudam seu comportamento. Além disso, a cauda e as orelhas eriçam. Já os cachorros usam o que têm de melhor: seu latido e insistência. Várias vidas já foram salvas graças aos animais, que perceberam a presença de um ser estranho ou uma situação perigosa, como um incêndio, e avisaram seus cuidadores antes que o pior acontecesse.

3. Animais estimulam a sociabilidade

Se você é declaradamente antissocial, um pet pode te ajudar a resolver uma parte desse problema. Estudos mostram que os animais, principalmente os cães, fazem com que você se torne mais ativo, saia mais de casa e conviva mais com outras pessoas. Um pet também te faz ser mais sensível ao outro e melhora a sua capacidade de ter empatia.

4. Adoção salva a vida de um animal

Adotar um animal é uma grande responsabilidade, e não é só porque você precisará cuidar dele em casa. A adoção é capaz de salvar a vida de um bichinho que poderia estar nas ruas, abandonado, morrendo de fome e possivelmente sofrendo de maus tratos. A maioria das ONGs e clínicas veterinárias não podem sustentar um animal por muito tempo, não tendo condições de manter a quantidade de cães e gatos desabrigados que frequentemente recebem. Além de levar um novo companheiro para a casa, você está salvando a vida de um grande amigo e dando a ele a oportunidade de receber amor em um lar seguro.

5. Quem vive com pets tem menos estresse

Pesquisas feitas na Universidade da Virgínia, nos EUA, concluíram que pessoas que convivem com animais são menos estressadas e ansiosas do que as que moram sozinhas. Eles também diminuem as chances de infarto, ataque cardíaco e oscilação de pressão, pois deixa os tutores mais alegres e menos estressados - e consequentemente mais saudáveis.

6. Animais ajudam a desenvolver responsabilidade

Ter um pet ajuda você a ser mais responsável. Como os bichinhos precisam de constante cuidado com água, alimentação, exercícios e higiene, o cuidador cria noções de responsabilidade que levará para o resto da vida, inclusive para o ambiente de trabalho e nos estudos. Os animais nos fazem pessoas melhores e mais conscientes das necessidades do outro.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Como cuidar do pet com a chegada do verão


O verão está chegando e algumas cidades brasileiras já registram temperaturas acima dos 28 graus. Esse calor excessivo não causa danos apenas ao ser humano, mas também aos animais de estimação. ​Aliás, os animais sofrem ainda mais do que nós, humanos.

Além da pelagem, eles não possuem as importantes glândulas sudoríparas pelo corpo, ou seja, os pets eliminam calor apenas por entre os dedos, pela boca e pelo nariz. ​"Todo o cuidado é pouco no verão”, alerta a veterinária Luana Sartori, especialista da Nutrire. "Quadros graves de desidratação, queimaduras e problemas no coração são apenas alguns dos transtornos que o calor provoca nos animais”, diz.

Confira abaixo as dicas da especialista para manter seu bichinho protegido:

Água, muita água fresca - Uma das coisas mais importantes na vida de um animal é a ingestão de água, mais ainda nos climas quentes. "A desidratação é o problema mais comum no verão, mas que poderia facilmente ser evitada se o pet bebesse a quantidade certa de líquidos diariamente”, revela a veterinária.

A quantidade ideal de água que o pet deve beber por dia fica entre 80 e 100 ml por quilo de peso. Felinos costumam beber menos, o que exige ainda mais atenção, visto que desenvolvem problemas nos rins com a deficiência de líquidos no organismo. A água pode ser filtrada ou corrente, mas precisa ser limpa, fresca e, claro, potável.

"Uma dica para incentivar os pets a beberem mais água, especialmente os gatinhos, é distribuir mais de um recipiente pela casa. Os felinos, por exemplo, ingerem mais líquidos se mais de uma opção de potinho for oferecido", acrescenta Luana. Além disso, pedras de gelo podem ser colocados junto da água, pois alguns animais (não são todos) preferem bebê-la mais gelada nesses dias de calor.

Desidratação é grave - A desidratação é mais frequente entre raças de focinho curto, como bulldog, pug e boxer, mas podem ocorrer em qualquer animal. "Leve uma garrafinha com água toda vez que sair para passear com seu animalzinho e ofereça aos poucos durante a caminhada. Além disso, claro, fique atento aos sinais de desidratação: gengiva e língua secas, olhos saltados, diarreia, respiração ofegante, batimentos cardíacos alterados e falta de elasticidade na pele. Ah, e se o pet não quiser sair, não insista”, explica Luana.

Ao sinal de qualquer um desses sintomas, leve o cão ou gato ao médico veterinário imediatamente.

Não esqueça: redobre a quantidade de água oferecida aos animais nesses períodos. Além disso, evite passeios nos horários mais quentes, opte sempre pelos finais de tarde. Nunca deixe seu cão ou gatinho preso num ambiente quente, sem nenhuma ventilação. "Não precisamos nem falar dos perigos dos carros fechados para os animais, não é? Deixar o bichinho sozinho dentro de um automóvel é cruel e extremamente prejudicial à saúde dele”, alerta a especialista.

Pulgas e carrapatos - Não tem jeito, esses parasitas são mesmo insistentes nos períodos quentes. "Se no frio eles já incomodam, imagine com a temperatura ideal para que se desenvolvam? Os tutores devem se empenhar ainda mais no calor para que não haja infestação, ou seja, utilizar rigorosamente os medicamentos recomendados pelo veterinário ainda é a melhor forma de combater as pulgas”, conta Luana.

Carrapatos exigem um pouco mais de atenção, já que são ainda mais difíceis de exterminar. "Além do remédio indicado pelo especialista, também é recomendada avaliação minuciosa do quadro em que se encontra o pet, visto que as doenças ocasionadas por esses parasitas podem ser letais.
Hemogramas e outros exames podem dizer se há algum problema e que tipo de tratamento é o mais indicado”, alerta.

Queimaduras acontecem, sim! - Muitas pessoas não acreditam que os pets queimam as patinhas se expostos às caminhadas em horários inadequados. "Eles sofrem queimaduras graves e extremamente dolorosas nas "almofadinhas” dos pés. As lesões podem ser evitadas se o animal passear somente nas primeiras horas da manhã ou no final do dia”, aconselha.

Além disso, cães e gatos com pelagem branca podem sofrer queimaduras nas orelhas, pálpebras e focinho. É muito comum que os felinos brancos tenham câncer por causa do sol em excesso. "A vermelhidão da pele é um dos primeiros sintomas de que o gatinho está sofrendo com queimaduras. A pele fica vermelha, os pelos caem e eles coçam até ocasionar feridas graves e de difícil tratamento”, explica.

Luana alerta ainda que estão enganados os tutores que pensam que os gatos sabem o tempo certo que podem ficar ao sol. "Eles não fazem ideia de que estão se queimando, a responsabilidade é exclusiva do dono do animal”, acrescenta. Luana indica o uso de protetor solar nesses casos. "15 ou 30 FPS já protegem o bichinho, mas quem deve indicar o tipo de produto a ser utilizado é o veterinário”, conta.

Se a preocupação com os pets já era grande no frio do inverno, agora precisa ser ainda maior. Lembre-se que ter um animal requer mais do que amor e criatividades nas brincadeiras, mas cuidados com sua saúde também. "É como ter um filho pequeno para sempre, vai exigir proteção e responsabilidade. Mas, quem ama seu bichinho sabe que cuidar faz parte e vê-lo saudável é a melhor coisa do mundo”, conclui Luana.