terça-feira, 28 de setembro de 2021

Hora de viajar: Quais os cuidados ao levar os pets?

 
Médicas-veterinárias listam dicas para uma viagem segura ao lado dos cães e gatos

Viajar e recarregar as energias faz parte da rotina dos humanos e, seja para onde for, essa é uma atividade também muito apreciada pelos cães, que encaram cada saída de casa como uma oportunidade para explorar novos lugares; para eles, as viagens são sempre uma aventura incrível.

Os roteiros mais apreciados pelos tutores costumam ser aqueles que permitem o trajeto de carro. Nesse caso é importantíssimo prezar pela segurança do pet e dos outros ocupantes do veículo. Então, o primeiro passo é ter uma caixa de transporte adequada para o animal. “Além disso, também é possível usar outros acessórios específicos, como o cinto de segurança adequado ou cadeirinhas e cestinhas. O pet precisa estar acostumado ao uso desses acessórios e deve-se seguir a recomendação do veterinário de acordo com o porte do animal. O cão não pode ficar solto no veículo e nem mesmo no colo, pois isso coloca a segurança de todos os ocupantes em risco”, detalha a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Fernanda Ambrosino.

Um ponto de atenção, antes de pegar a estrada, é a vacinação. É fundamental que o animal tenha a imunização em dia e que a carteirinha de vacinação esteja sempre em mãos. Para viagens com distâncias mais longas é aconselhável ter um atestado de saúde animal emitido por um veterinário, alguns locais inclusive exigem a documentação para liberar a entrada do pet.

A vermifugação, bem como o uso de produtos ectoparasiticidas que protegem contra a ação de pulgas e carrapatos também devem ser realizados antes do passeio. “Dessa forma o animal estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar e a saúde do pet durante a viagem”, afirma Fernanda.

Outra dica é preparar uma mala com todos os itens do cão, como brinquedos, os potes de água e comida, a ração que ele está adaptado, toalha e shampoo caso o animal precise de banho em algum momento, caminha ou cobertor, e os outros adereços que o pet goste e que fazem parte do dia a dia. A coleira com identificação com dados como, nome e telefone do responsável é outro item que não deve ser esquecido.

“Vale ressaltar que se o animal faz uso de alguma medicação é indicado levar uma quantidade um pouco maior do que a necessária para os dias que irão passar longe de casa, dessa forma caso haja qualquer imprevisto o animal não corre o risco de ficar sem o medicamento”, conta Fernanda.

Para que o cão tenha mais conforto durante o trajeto o indicado é que antes de viajar o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao animal, para evitar que ele viaje de estômago cheio e passe mal no meio do caminho. “Além disso, passear e brincar bastante com o pet ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cão durma durante uma parte do percurso”, conta a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Nathalia Fleming.

Caso o cão seja sensível ao movimento do carro e sinta-se mal com frequência, o tutor poderá conversar com o médico-veterinário de confiança sobre algumas medicações específicas que podem ajudar neste momento. Além disso, os feromônios podem auxiliar para que a viagem seja mais confortável, trazendo a sensação de conforto e segurança para os pets e também na adaptação no novo lugar.

Viajar em horários mais frescos do dia, como perto do amanhecer ou anoitecer, ajuda a evitar que o pet sofra com o estresse térmico, que pode acontecer principalmente quando o sol bate diretamente sobre ele. “Vale lembrar que o animal não deve ser deixado sozinho no carro sob nenhuma condição, pois os cães não transpiram como nós e podem sofrer casos de hipertermia. Caracterizada pelo aquecimento corpóreo anormal que em casos graves pode levar o animal ao óbito”, alerta Nathalia.

As paradas programadas também devem entrar no planejamento. É indicado pausas a cada duas horas para fornecer água ao pet e permitir que ele faça suas necessidades e caminhe um pouco.

É importante também atenção ao chegar no destino. Caso o animal vá para um lugar com piscina ou lagos é preciso que os mergulhos sejam feitos com supervisão, mesmo que o pet saiba nadar.  Além disso, é preciso cuidados com a pele e pelo do animal, para evitar as dermatites e, claro atenção especial as orelhas.  “O excesso de umidade pode estimular o surgimento das otites, por isso, a melhor maneira de prevenir o problema é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade”, conta Fernanda.

Já no caso das viagens de avião, é importante entrar em contato com a companhia aérea para saber quais são as exigências para o transporte do pet. “Cada companhia tem o seu protocolo de transporte animal. Caso o tutor pretenda fazer uma viagem internacional com o pet é importante verificar as exigências do país de destino e das empresas aéreas. Alguns locais exigem exames específicos que precisam ser feitos com antecedência”, explica Fernanda.

E os gatos?
 
Os gatos não são grandes fãs de viagens. Por serem animais territorialistas, eles não apreciam movimentações diferentes, ambientes estranhos e pessoas desconhecidas.

“Para quem tem gatos, o ideal é deixá-los sob os cuidados de um pet sitter ou contar com alguém de sua confiança que possa ir em casa trocar a água, colocar comida e limpar as caixinhas de areia diariamente”, explica Nathalia.

Caso o animal acompanhe o tutor no passeio será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do pet, como usar feromônios espécie-específicos e  
acostumá-lo o a usar a caixa de transporte com antecedência.

Para os felinos idosos, a recomendação é evitar as viagens, pois o estresse do transporte e do novo ambiente pode ser desgastante demais para os gatos e ocasionar sérios problemas de saúde.

Sobre a Ceva Saúde Animal

A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção. Mais informações em: www.ceva.com.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Você sabia que é preciso cuidar da saúde dos rins dos gatos?


Assim como para os humanos, os rins desempenham um papel fundamental para a saúde dos gatos. O órgão é responsável por auxiliar no controle de substâncias como sódio, potássio, contribuir com equilíbrio hormonal, ajudar na filtragem do sangue e na produção de urina, entre outras funções.

Mas, você sabia que os gatos podem ser mais propensos ao desenvolvimento de problemas nos rins? Estudos indicam que um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida.  Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para manutenção da saúde dos gatos.

“O avanço da idade, doenças inflamatórias e até mesmo o estilo de vida do animal podem impactar o funcionamento adequado dos rins do pet”, explica a médica veterinária e gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Priscila Brabec.

Com origem multifatorial e silenciosa, as patologias renais muitas vezes só são diagnosticadas quando os sinais clínicos são mais evidentes, com animal apresentando sintomas como vômito, anorexia e perda de peso. Por isso é fundamental que o tutor realize check-ups periódicos e ao notar qualquer mudança no comportamento do pet é preciso buscar a orientação do veterinário.

Além disso, manter a hidratação adequada do pet ajuda muito a proteger os rins além, de facilitar a distribuição adequada de nutrientes para todo o organismo, sendo essencial para a saúde geral do gato.

Assim como em outras doenças que afetam os felinos, a prevenção é sempre a melhor estratégia para assegurar o bem-estar do pet. Por isso, Priscila listou seis dicas para ajudar os tutores nos cuidados com a saúde renal dos gatos. Confira:

Incentive a ingestão de água: Os gatos são naturalmente seletivos e por isso precisam de estímulos para se manterem hidratados. Ter vários potes de água espalhados pela casa, essa é uma ótima estratégia para estimular a ingestão de água pelos felinos. Afinal, quanto mais fácil for o acesso à água, mais incentivamos a ingestão. Mas é importante lembrar de sempre deixar a água limpa e fresca, caso contrário o gato não irá beber.

Fontes de água podem ser uma alternativa: Um fato interessante é que alguns gatos gostam de tomar água em movimento. Por isso, as fontes de água podem ser um atrativo e os estimulam a se manterem hidratados.

Alimentação úmida para ajudar na hidratação: Adicione uma alimentação úmida na rotina do pet.  Os sachês e patês específicos para gatos tem mais água em sua composição se comparados à ração seca, ajudando a manter o pet hidratado e é uma forma de ingerir mais água. Além disso, a palatabilidade do item é atrativa para o gato.

Busque novas formas de estimular a ingestão de água: Nos dias mais quentes o tutor pode fazer um sorvete para o gato, congelando uma pequena porção de sachê, por exemplo. Dessa forma o animal terá um item diferente para se distrair e brincar enquanto se hidrata. Basta colocar o conteúdo do sachê em forminhas de gelo, congelar e depois oferecer ao gato.

Estimule os exercícios: A atividade física é fundamental para manter os gatos ativos e para contribuir com a manutenção do peso e da saúde geral do pet. Os gatos precisam de estimulo para se exercitar, por isso a dica é investir em itens que o estimulem a caçar como bolinhas ou varinhas, por exemplo.

Mantenha o equilíbrio nutricional: É importante que o gato tenha uma nutrição balanceada para manter o bom funcionamento do organismo. Os suplementos alimentares também podem contribuir em alguns casos específicos.

“É importante ressaltar que não existe cura para a doença renal, por isso, métodos preventivos e o acompanhamento do médico-veterinário são fundamentais”, finaliza Priscila.

Sobre a Avert Saúde Animal

Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br


terça-feira, 14 de setembro de 2021

Empreendedorismo PET - Ele agora é mentor


Antes, morador de rua. Hoje, CEO da Comport Pet, Cleber Santos presta consultoria para a estruturação de mais de 100 novos negócios do setor
 
Com meta de alcançar R$ 2 milhões em faturamento ao final de 2021, planeja iniciar uma rede de franquias no próximo ano e consolidar seu projeto de capacitação de profissionais para um dos mercados que mais cresce no Brasil.
 
É setembro e Cleber Santos, CEO da Comport Pet, faz seu oitavo voo últimos 30 dias. O destino é Salvador, onde vai prestar consultoria a um novo empresário do setor PET. Serão três dias de treinamento sobre estruturação e gestão de um hotel para cachorros, incluindo as áreas administrativa, operacional e comercial.

No seu caderno de anotações, dados de mais 16 negócios em formação e expansão (já em obras) sob sua tutela, em cidades do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, DF e Tocantins. Com esses, já ultrapassam cem hotéis ou creches que receberam o pontapé inicial ou passaram por um processo de reestruturação por suas mãos.

Quem conhece a trajetória do baiano de 32 anos, hoje morador de São Paulo, sabe que essa é uma nova etapa de uma série progressiva de projetos. De morador de rua - com seu cão Grafit - a mentor de negócios. As oportunidades foram criadas ao ponto de chamar a atenção de quem estava em volta perceber seu dom com os animais. Aos 14 anos, conseguiu uma vaga como ajudante geral em um pet shop no bairro Taboão da Serra. Aos 18, iniciou no serviço militar. Logo se aproximou do canil do exército, para o qual foi contratado por cinco anos. Em outra experiência, dessa vez em um hospital veterinário, pode oferecer aos clientes o serviço de passeios (dog walking) e adestramento.

Tino comercial

“Entre cartões e panfletos distribuídos, dei origem aos primeiros clientes da Comport Pet”, conta Santos sobre a empresa que hoje fatura aproximados R$ 2 milhões ao ano.

Com clientes crescendo e em bairros de alto padrão da capital paulistana, adquiriu sua primeira sede relativamente rápido e foi trocando de casa ano a ano para caber mais cachorros. Do espaço de 100 m2, em 2009, passou para os atuais 700 m2 para abrigar os 130 pets que chegavam diariamente para passar o dia ou pernoitar, além dos pacientes das terapias oferecidas, entre musicoterapia (que ajuda na parte cognitiva dos animais).

Os cursos feitos em países como EUA, Canadá e Alemanha – todos com investimento próprio – lhe conferiram o título de especialista em comportamento animal – uma atuação especializada na área cognitiva, tornando o aprendizado mais rápido e prazeroso, o que lhe deu respaldo para cobrar o dobro ou até o triplo, em relação à média do mercado. Mesmo assim, com a agenda cheia de clientes, entre eles famosos.

A forma de vender seu trabalho é própria de quem é responsável de perto pelo marketing da empresa, dividindo as outras funções corporativas com Dan Batista, esposa e sócia (administrativo e financeiro). Cleber é hoje presença ativa nas redes, fazendo posts diários informativos e descontraídos, e lives com clientes e parceiros, conquistando um número significativo de seguidores. O bom tato comercial também rendeu negociações com a indústria pet, entre elas de embaixador de marcas de roupas e de acessórios - chegando a assinar uma linha completa de camisetas feitas exclusivamente para donos de animais de estimação.
 
A pandemia e a nova frente de trabalho

“Com reduções de salário durante a pandemia, muitas pessoas buscaram o curso de Dog Walker para complementar a renda. Outras, pelo desemprego, decidiram empreender em áreas que tinham afinidade, como a do cuidado com os animais de estimação (Cleber cita aqui o exemplo de profissionais das áreas financeira e de comunicação, por exemplo, que decidiram mudar a direção de suas carreiras). É um mercado muito mais afetivo que comercial. A maioria ama pets, mas não sabe sobre gestão”, explica.

Com isso, uma outra frente de trabalho do empresário foi impulsionada: as capacitações. A grade de disciplinas, até então restrita aos cursos de Adestramento e Dog Walker, foi ampliada para receber um número inédito de alunos por mês.

Santos conta que, somente no último ano, passaram pelas aulas mais dois mil alunos (de um total de 10 mil, desde o início das turmas anos atrás). Os valores dos cursos variam entre R$ 400 e R$ 20 mil para classes de Adestrador, Dog Walker, Monitor, Day Care, Banho e Tosa, Gestão Administrativa e Educação Sanitária.

Dos cursos, Santos conta que o salto para as consultorias foi rápido. "Elas existem para quem precisa se atualizar e para aqueles que desejam empreender no setor, mas não sabem por onde começar. Já ajudamos a dobrar o faturamento de muitos proprietários de Day Care, de Hotéis e de Pet Shop. Nossas turmas hoje têm fila de espera”, comemora.
 
Franquias

Hoje, Santos está 100% focado nos cursos e nas consultorias, apesar de reservar dois dias da semana para o atendimento presencial de casos mais complexos. "Foi criado um CNPJ só para as capacitações, conta.

O empresário relata também que acabou de adquirir um terreno ao lado da sede para dobrar de tamanho. Na reforma está prevista uma sala de aula, já que hoje são utilizados espaços alugados de coworking. O investimento em automação também foi feito para ministrar aulas presenciais e remotas ao mesmo tempo. A meta é apostar cada vez mais nas formações e aumentar a agenda de consultorias em outras cidades.

Entre os planos de 2022 está a abertura de franquias com foco em expandir o modelo de gestão e a metodologia comportamental criada. “A proposta é começar com o serviço de adestramento, em seguida de creche e hotel. Será uma correria, mas é uma forma de devolver as oportunidades que recebi. É o que me motiva”, conta o segredo de quem não para de empreender.
 
Mais informações, acesse: https://comportpet.com.br/historia-comportpet-cleber-santos

Dados de mercado: O mercado de pet faturou R$ 40,1 bilhões em 2020 – 13,5% a mais do que em 2019. Além disso, o segmento gerou 2,4 milhões de empregos em 2020. A indústria deve crescer em 2021 17,8% este ano.