terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Pets na piscina: uma diversão que merece atenção e cuidados especiais


Você sabia que o afogamento é a maior causa de mortes não intencionais de crianças no Brasil? Considerado um grande vilão da saúde pública, esses acidentes não atingem somente os pequenos, mas também os animais de estimação. Por não se dar a devida importância ao fato é até difícil encontrar dados de quantos pets se acidentam em piscinas no Brasil. Porém, há um grande número de tutores que buscam atendimento veterinário por esse motivo. Pensando nisso, a veterinária da Nutrire, indústria de alimentos para cães e gatos, Dra. Cecílie Papais, faz alguns alertas e dá dicas de como proteger nossos melhores amigos.

“O primeiro ponto é desmistificar essa história de que os pets sabem nadar. Alguns até podem fazê-lo logo que caem, mas a exaustão por não encontrar uma saída fácil é a principal causa de óbito. Além disso, algumas raças, como as de cães de focinhos curtos  tendem a afundar com muito mais rapidez do que outras”, conta. A especialista também alerta para outra causa de óbito em cães de raças grandes, que é a torção gástrica. O problema ocorre quando o animal se alimenta em um tempo muito próximo à atividade. “O ideal é dar um espaço de duas ou três horas entre uma coisa e outra”, conta.

Manter cercas em volta das piscinas ou telas sobre elas são iniciativas simples que podem evitar muitos acidentes. “Acredite, alguns animais podem se jogar na água porque não têm a noção da gravidade que enfrentarão”, acrescenta Cecílie. Não pense que se a piscina possui escada ou rampa é mais segura para os pets. “Os animais molhados pesam mais, o que dificulta bruscamente a saída da água. Há famílias que têm o hábito de aproveitar esses momentos com seus pets. Se o cachorro gosta da aventura não tem problema algum, mas lembrem-se de mantê-lo sempre seguro.”, explica.

Para os apreciadores da brincadeira, a indicação é utilizar um colete salva-vidas próprio para cães. No entanto, o mais importante ainda é a supervisão integral do que seu pet faz dentro da piscina. E não esqueça: quando a brincadeira acabar, o acesso do animalzinho sozinho à área do reservatório deve ser proibido”, diz a especialista da Nutrire. Outra dica fundamental para manter o cãozinho saudável é retirar todo o cloro do corpo do pet depois do banho na piscina. “O cloro é prejudicial à pele do animal, bem como o sol em excesso. Há produtos específicos para evitar queimaduras específicas sendo vendidos em petshops, evite utilizar o protetor solar humano no seu melhor amigo”, indica. Além disso, a Dra. Cecílie aconselha que a diversão ocorra em horários onde o calor é mais ameno.

“Tanto para crianças, como para nossos pets, a prevenção continua sendo o melhor remédio. “Cuidar é um ato de amor com qualquer animal. Essa é a premissa essencial para que todos os tutores protejam e mantenham seus bichinhos saudáveis”, finaliza.