sexta-feira, 21 de junho de 2019

Saiba como manter seu pet saudável no inverno


Os animais de estimação também sentem as mudanças de temperatura, e precisam de cuidados para evitar problemas de saúde.

A estação mais fria do ano começa oficialmente nesta sexta (21), e devemos adotar cuidados especiais com nossa saúde e proteção.

Com os animais de estimação, não é diferente. Nessa época, eles ficam suscetíveis a algumas patologias, especialmente os filhotes e os idosos.

As veterinárias Carla Sadocco e Karla Vicentim, da clínica SPet Santos, esclarecem o que deve ser feito para cuidar da saúde deles.

Assim como os humanos, os pets podem desenvolver problemas nas articulações, como artrose e displasia, agravados no frio.

Com a dor, eles passam a interagir menos com os tutores e outros animais, podem perder apetite, emagrecer e, além disso, desenvolver comportamento agressivo.

Para o bem-estar deles, é necessário mantê-los aquecidos e observar os sinais.

As temperaturas frias provocam queda na imunidade.

Dessa forma, cães e gatos podem desenvolver diferentes doenças, e os tutores devem prestar atenção em mudanças de comportamento e sintomas.

Patologias

Os cães são bastante acometidos pela traqueobronquite infecciosa canina – conhecida como tosse dos canis, mas também chamada de gripe canina.

De transmissão bacteriana, pode ser associada também a vírus.

Espirros, secreções pelos olhos, nariz e boca, chiado respiratório e febre são alguns dos sintomas, além da tosse, que pode ser confundida com engasgos.

O tratamento geralmente é feito com xaropes, anti-inflamatórios, repouso e hidratação.

Em locais com mais de um cachorro, é recomendado separá-los, devido à alta contagiosidade da doença.

Nos gatos, a rinotraqueíte viral também é altamente contagiosa.

Os felinos apresentam secreções nasais, oculares, espirros e febre.

Além do tratamento contra os sintomas, deve ser fornecido alimento, água e ambiente confortável para que o organismo do pet enfrente a infecção.

É importante ressaltar que os humanos não transmitem gripe aos pets. Portanto, para prevenir essas e outras patologias, é necessário manter as vacinas do pet em dia.

Além disso, os tutores nunca devem medicar o pet sem consultar um veterinário antes.

O profissional deve ser o responsável pelo diagnóstico, feito por meio de exames físicos e complementares.

Outras condições

O frio leva os animais à tendência de se lamber mais, consequentemente engolindo mais pelos.

Nos gatos, isso pode levar à constipação intestinal, já que os pelos podem formar bolas no estômago.

Por outro lado, os cães podem desenvolver lesões na pele. Para evitar esses problemas, os pets devem ser escovados diariamente.

Banho e tosa

No inverno os banhos devem ser tomados com menor frequência, em dias de temperaturas amenas e com água morna.

As veterinárias explicam que o ideal é secar completamente o pet, e evitar sair de casa por 30 minutos após o banho.

Como o pelo do animal é uma forma de proteção, as tosas mais curtas devem ser evitadas, especialmente nos animais mais velhos.

Roupa

Com as temperaturas mais baixas, muitos tutores recorrem às roupinhas para proteger o pet do frio, sobretudo os idosos e filhotes.

Entretanto, muitos relutam em aceitar vestimentas, processo que requer paciência.

O primeiro passo é escolher uma roupa confortável e do tamanho adequado.

Oferecer petiscos à medida em que a roupa é colocada fará o animal entender a experiência como algo positivo.

Na fase de adaptação, ele deve ficar vestido por poucas horas, não o tempo todo.

Além disso, é ideal trocar a roupinha a cada dois dias, a fim de evitar acúmulo de sujeira, umidade e até proliferação de fungos.

Xô, preguiça!

As temperaturas mais baixas também deixam os pets mais indispostos para atividades físicas.

Dessa forma, o tutor deve estimular brincadeiras para gastar energia acumulada.

Os passeios devem ser feitos em dias de temperaturas amenas, evitando muita exposição ao vento e chuva.

Além disso, quando possível, é importante brincar e correr com o animal durante as saídas.

Animais silvestres

Não são só cães e gatos que sentem as mudanças de temperaturas. O veterinário André Luís Andrade, da Clinvet em Santos, cita os cuidados com os “petsilvestres” nessa estação.

Os répteis – lagartos, cobras, jabutis, cágados, entre outros – costumam ser os mais afetados. Portanto, eles necessitam de uma fonte de calor a todo momento.

Para a maioria deles, a temperatura ideal fica em torno de 28 graus.

Por outro lado, as aves devem ser mantidas em ambientes que ofereçam proteção contra chuva, vento e frio extremo.

Já os roedores, por serem “peludinhos”, conseguem manter-se aquecidos no conforto da casinha e no substrato – serragem, por exemplo – utilizado nas gaiolas.

Esses animais, como coelhos e chinchilas, explica o veterinário, sofrem mais com o calor do que com o frio.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

25 sinais de que um gato pode estar sentindo dor


Animais territoriais, caçadores estrategistas, atletas natos e observadores silenciosos. Sem dúvida os gatos são criaturas que despertam o nosso interesse. Conviver com um bichano garante a qualquer ser humano momentos de descontração e curiosidade. Os hábitos naturais dos felinos selvagens se refletem no gato doméstico, e uma característica marcante nesses animais é a territorialidade, que determina muito o seu comportamento.

Gatos, por natureza, procuram defender o seu território para diminuir a necessidade de disputa por recursos. Para se mostrarem mais fortes, os bichanos tendem a disfarçar quando estão machucados ou sentindo dores, uma estratégia de sobrevivência que os permite esconder as suas doenças e fraquezas. Por isso, ao nos depararmos com um gato com problemas comportamentais, é recomendável eliminarmos a hipótese de que aquele animal esteja sentido dores, antes de iniciarmos qualquer tipo de treino que vise corrigir desvios de comportamento.

O estudo

Pensando nisso, a equipe de Daniel Mills recrutou 19 veterinários, especialistas em felinos, para compor uma lista de comportamentos que estariam relacionados à presença de dor. O estudo, publicado este ano na revista Plos One, avaliou a frequência com que os gatos com dor apresentavam cada um dos itens comportamentais e verificou se essas atitudes se manifestavam em quadros clínicos de baixo ou alto nível de dor.

Após cinco meses de estudo, a equipe formada por veterinários clínicos, anestesiologistas, oncologistas, odontologistas, comportamentalistas, dermatologistas, oftalmologistas e neurologistas (nenhum cardiologista concordou em participar da pesquisa) listou 91 sinais comportamentais que foram considerados para análise e observação. Ao final, os cientistas reuniram os itens da lista que apresentaram 80% de concordância entre os veterinários especialistas. Dessa forma, os itens menos citados foram excluídos.

Os resultados

Considerando que a dor é uma experiência multidimensional envolvendo muito mais do que uma mera sensação desagradável, os veterinários chegaram a um consenso e conseguiram catalogar 25 sinais comportamentais que podem significar que os gatos estejam sentindo dor. Esses sinais foram considerados suficientes para indicar dor quando ela ocorre, mas não necessariamente presentes em todas as condições dolorosas. São eles:

1. Mancar;
2. Sentir dificuldade para pular;
3. Andar de forma anormal, mais lentamente;
4. Apresentar relutância em se mexer;
5. Reagir à palpação;
6. Manter-se afastado/esconder-se;
7. Não se limpar/lamber;
8. Evitar brincadeiras;
9. Comer menos (diminuição do apetite);
10. Diminuir totalmente suas atividades rotineiras;
11. Esfregar-se menos nas pessoas;
12. Alterar estados de humor frente a estímulos agudos de dor;
13. Modificar totalmente seu comportamento habitual (indicativo de dor crônica);
14. Andar com as costas arqueadas para cima;
15. Apresentar mudança de peso;
16. Lamber uma determinada região do corpo;
17. Andar de cabeça baixa;
18. Contrair involuntariamente a(s) pálpebra(s) – Blefaroespasmo;
19. Alterar a maneira de se alimentar (sinal presente em nível alto de dor);
20. Evitar áreas luminosas (sinal presente em nível alto de dor);
21. Rosnar (sinal presente em nível alto de dor);
22. Gemer (sinal presente em nível alto de dor);
23. Manter os olhos fechados (sinal presente em nível alto de dor);
24. Urinar com dificuldade;
25. Sacudir a cauda.

Esses sinais são pequenos alertas para observarmos melhor os bichanos. A presença de um ou mais itens isolados não significa necessariamente que o animal está sentindo dor. Cuidado com os exageros! Todos os comportamentos devem ser analisados com relação à situação em que se apresentam e à frequência (repetição). Se o gato está estressado com a presença de uma visita, anda com a cabeça baixa e se esconde, por exemplo, isso não é indicativo de dor. Agora, se o animal repete incessantemente determinado comportamento, devemos ficar de olho.

O que fazer, então?

O intuito dos cientistas foi criar um conjunto básico de sinais para futuras pesquisas que auxiliem na detecção precoce de dor nos gatos, ou seja, esses sinais são diretrizes básicas para auxiliar veterinários e proprietários que precisam reconhecer os sinais de dor nos gatos, a fim de reduzir o sofrimento dos bichanos. Portanto, se o cliente reportar que seu gato está apresentando repetidamente alguns desses sinais comportamentais, é nosso papel, como adestradores, direcioná-lo de imediato para uma consulta veterinária, de preferência com um especialista em felinos, já que os gatos são animais tão peculiares.

Por Juliana Sant’Ana, adestradora e integrante do Grupo de Estudos Científicos da Cão Cidadão.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Cachorro e gato na mesma casa? Como fazer dar certo?


Quando as pessoas não estão debatendo se os gatos ou os cães são inteligentes, eles estão se equiparando a inimigos mortais.

O ditado “Eles são como cães e gatos” implica que esses dois animais não podem estar juntos no mesmo espaço.

O gato é um felino, como o leão e um predador. O cão, um descendente canino do lobo, também é um predador. Mas isso não significa que você não pode ter tanto em uma casa, com uma família que sabe educar e amar.

As diferenças entre cães e gatos

Dizem que o gato é o único animal doméstico que não foi domesticado .

Até certo ponto é verdade: o gato é independente, pode ser deixado em casa, não exige tanto amor do seu dono, ele não pula em você quando você volta do trabalho, mas também pode lhe proporcionar companheirismo e afeição.

Se você gosta de ter muito espaço e não quer um animal que esteja muito consciente de você, o gato pode ser para você.

Se você quer um que o acompanhe em passeios ao ar livre, fique animado toda vez que vir e precisar de suas carícias, então o cachorro pode ser o ideal. Mas esta é apenas uma descrição generalizada.

Na verdade, há gatos que olham para tudo que você faz e cachorros que estão no sofá e não querem sair para passear.

Entenda as necessidades de cada um

Para ter esses dois animais de estimação em casa você tem que entender o próprio animal. Para começar, você não deve adotar um gato que não aceita um cão, ou vice-versa, ou um animal que tenha sinais de agressividade.

A única maneira de saber é perguntando onde você o adota ou, caso você já tenha um animal de estimação em casa, refletindo sobre o comportamento deles.

Cães ou gatos com histórico de agressividade não são adequados para viver com outros animais de estimação, a menos que aprendam a aceitá-los.

Se você tem um cachorro em casa

Se você tem um cachorro e quer adicionar um gato à sua casa, é preciso socializá-lo, já que você é um filhote. O primeiro ano, especialmente as primeiras 12 semanas, é fundamental.

"Você tem que socializar com outros cães, gatos e animais de estimação, bem como crianças e outras pessoas. É importante que você se socialize em muitos lugares diferentes, assim como em casa, que será onde você mais compartilhará com o gato."

É a única maneira de você brincar com outros animais e aprender qual comportamento é aceitável.

Se você tem um gato em casa

Como no caso do cão, a socialização é necessária desde cedo e com resultados positivos. O gato deve conhecer outros gatos, cães e animais.

O contato com você e com outras pessoas também ajudará você a se desenvolver.

Adote ou compre os dois

Se você não tiver um animal de estimação e adotar ou comprar ambos, terá muito trabalho pela frente.

Cada animal requer muito tempo para você conhecê-la, entender tudo o que ela precisa e se acostumar com você. Você terá que socializar dois animais ao mesmo tempo, mas será mais fácil para eles se acostumarem uns aos outros, porque eles serão menores, mais aptos à socialização e, portanto, à aceitação

Normalmente, os gatos são distantes e facilmente assustados, enquanto os cães são gregários e territoriais.

Histórias similares

Donos de animais múltiplos têm exemplos de gatos que acompanham seus companheiros caninos, de cães perseguindo gatos em seus territórios ou das duas espécies respeitosamente se ignorando.

Os dois não precisam “brigar como gatos e cachorros” automaticamente. Sua capacidade de se relacionar é moldada por suas experiências individuais com as outras espécies acumuladas antes de serem emparelhadas.

Seus estilos de comunicação também diferem, o que pode levar à confusão: um cachorro abana o rabo para mostrar felicidade e vontade de brincar; um gato chicoteia a cauda para indicar descontentamento ou raiva.

Você pode ajudá-los a compartilhar uma casa, mantendo os melhores interesses e instintos de cada animal em mente.

Gato e cachorro na mesma casa: como estabelecer corretamente a ordem e a comunicação

Há pessoas que preferem cães e outras que amam mais gatos. Nesta situação, quando se trata de adotar um animal de estimação, não há dúvida de quando uma pessoa escolhe entre gato e cachorro.

Mas o que uma pessoa deve fazer se gatos e cachorros parecem uma escolha igualmente boa e, além disso, se essa pessoa gostaria de adotar ambos, mas quer que eles coexistam pacificamente?

Nesta situação, a criação de animais de estimação e o posicionamento dos donos ajudariam a evitar conflitos entre animais de estimação.

Claro, existem cães e gatos que se tornarão amigos instantaneamente e sem qualquer ajuda da parte dos proprietários.

Por exemplo, seu animal de estimação pode encontrar um amigo na corte ou aceitar outras espécies de animais sem problemas. Se esta é a sua situação, podemos apenas felicitá-lo, mas infelizmente, isso não acontece com tanta frequência e muitos proprietários têm que trabalhar duro para alcançar a paz e a amizade em seu lar multi-animal de estimação.

Primeiro conhecimento

A primeira reunião de dois animais é uma coisa muito importante. Se neste estágio ocorreu um erro, será muito difícil corrigi-lo no futuro.

Se você quiser eliminar sentimentos negativos excessivos de animais de estimação um com o outro durante o primeiro contato, você precisa acalmá-los no início.

Um cão deve ver um gato nas mãos do dono, e um gato precisa ver um cachorro quando o dono lhe dá um tapinha. Se um gato entrar na casa com um cão preexistente, é melhor fazer o seguinte: entre na sua casa segurando um gato, dê um tapinha para acalmar e dê um tapinha no seu cão – repita essas ações várias vezes.

Seria ideal se um dos donos mantivesse o cão na coleira e a pessoa com o gato usasse roupas com mangas compridas para o caso de o gato assustar e tirar as garras.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Conheça 15 plantas ornamentais que são tóxicas para cães e gatos


Para professora da USP, as plantas podem decorar casas e apartamentos desde que permaneçam em locais de difícil acesso aos animais, evitando que eles comam ou entrem em contato com elementos tóxicos.

O uso das plantas ornamentais é bastante comum para complementar decoração de casas e apartamentos – mas elas podem fazer mal a cães e gatos, podendo levar até à morte. Pensando nisso, quatro grupos de alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo, liderados pela professora Silvana Lima Górniak, realizaram uma lista com as espécies que podem causar intoxicação dos pets e quais são os sintomas que devem ser observados.

De acordo com Górniak, é comum que os animais de estimação comam plantas e grama. “De maneira geral, os animais não são herbívoros, mas esse é um comportamento corriqueiro para gatos e, principalmente, cães. Quando são muito jovens, podem comer plantas por causa do crescimento dos dentes, mas quando crescem podem acabar ingerindo folhas e flores por busca de novas aventuras ou, até mesmo, para chamar atenção dos donos”, explica Silvana.

Devido a esse comportamento, a professora acredita que o conhecimento da toxicidade das plantas ornamentais pode evitar que cães e gatos sejam injuriados por elas. “Não significa que as pessoas não possam ter essas plantas em casa. O ideal é saber quais delas possuem substâncias tóxicas e deixar longe do alcance dos animais. Mas, em caso de intoxicação, mesmo que o dono não saiba o que fez mal ao pet, é importante leva-lo ao médico veterinário e informar o tipo de plantas que possui em casa. Dessa forma, o profissional pode identificar melhor qual pode ser a causa da intoxicação”, disse Górniak.

Confira abaixo as 15 plantas ornamentais que são tóxicas aos animais de estimação:

1. Comigo-ninguém-pode: Devido à beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar, a Diffenbachia sp é facilmente encontrada nos lares brasileiros e é campeã como causadora de intoxicação em animais. Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos. A intoxicação pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta ou por contato com a pele. Os sintomas variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa. “Essa planta foi a campeã de ingestão por cães e gatos. É conhecida pela beleza de suas folhas e facilidade de cultivo, mas quando em contato com os animais, pode levar à morte facilmente por asfixia. Para se ter noção, meia folha é o bastante para matar um humano”, disse a professora da USP Silvana Górniak.

2. Copo-de-Leite: O Zantedeschia aethiopica possui o mesmo mecanismo de toxicidade que a Comigo-ninguém-pode, com o mesmo princípio ativo – o oxalato de cálcio. A ingestão dessa planta por animais de estimação pode causar irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

3. Antúrio: Todas as partes da planta Anthurium spp possuem oxalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.

4. Avenca: A planta Adiantum capillus-veneris, que não é nativa do Brasil, é bastante cultivada como planta medicinal e pela crença popular de espantar o mau-olhado. A ingestão dos brotos da Avenca, no entanto, pode causar câncer nos animais.

5. Azaleia: A Azalea sp é considerada um símbolo da cidade de São Paulo, sendo encontrada facilmente nos lares como planta ornamental. Seu princípio ativo é a andromedotixina, uma substância que, quando ingerida, pode causar distúrbios digestivos durante até 6 horas após o consumo, além de provocar disfunções cardíacas.

6. Bico-de-papagaio: A Euphorbia-pulcherrima possui uma seiva leitosa tóxica, chamada látex irritante, que em contato com a pele dos animais, pode causar lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão dessa planta pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite em gatos e cachorros.

7. Coroa-de-Cristo: O conhecido arbusto espinhoso, Euphorbia milii, encontrado em jardins e calçadas, possui como substância tóxica o látex irritante, substância que ao entrar em contato com o animal de estimação – seja pela pele, ou ingestão – pode causar reações inflamatórias como inchaço, dor e vermelhidão.

8. Espada-de-são-jorge: A Sansevieria trifasciata é uma planta ornamental muito utilizada nos lares brasileiros pela crença popular de que traz prosperidade. No entanto, a Espada-de-são-jorge possui substâncias de alta toxicidade. Entre os males que pode causar aos animais de estimação está a dificuldade de movimentação e de respiração devido à irritação da mucosa e salivação intensa.

9. Espirradeira: A Nerium oleander, mesmo que bastante utilizada como ornamento em jardins, contém substâncias tóxicas em todas as partes da planta. Esses princípios ativos podem causar arritmias, vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, coma e morte em humanos e animais domésticos. Os sintomas de intoxicação pela Espirradeira podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão.

10. Fumo-bravo: A planta Solanum mauritianum, com altos níveis de toxicidade, tem como principal composto a Solasodina – presente em toda planta, mas mais concentrada nos frutos. A ingestão do Fumo bravo pode causar diarreia, inflamação do duodeno (parte inicial do intestino delgado), elevação das enzimas hepáticas, gastrite, náuseas, sintomas neurológicos e vômitos em cães e gatos que a ingerirem.

11. Lírio e Lírio-da-Paz: Muito encontradas nas casas brasileiras como plantas ornamentais, todas as partes do Lilium sp e do Spathiphyllum wallisii são tóxicas. A ingestão das plantas pode causar irritação oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves. Ainda podem aparecer como sintomas da intoxicação pelo Lírio/Lírio da paz alterações nas funções renal e neurológica.

12. Maconha: O principio ativo na maconha, ou Cannabis sativa é o tetrahydrocannabinol (THC), que deve agir no sistema nervoso central. Os sintomas são depressão, desorientação, perda da coordenação muscular e coma. Normalmente se desenvolvem entre 1 e 3 horas após a ingestão. De acordo com Silvana Górniak, professora da USP, a inalação da fumaça da queima da maconha pode ainda dilatar a pupila dos cães e gatos, causando fotofobia. “Muitas vezes os proprietários de animais domésticos gostam de oferecer a eles tudo que é comum ao humano. Nos Estados Unidos tiveram muitos casos de intoxicação de cães e gatos pela inalação da maconha, que, dependendo do tempo de exposição, pode até matar os animais”, disse a médica veterinária.

13. Mamona: O princípio ativo tóxico do Ricinus communis é a ricina, que está presente nas sementes da planta. Os sintomas da ingestão da mamona acontecem no sistema nervoso e podem ser observados aproximadamente após 24 horas da ingestão. O animal pode apresentar vômitos, diarreia, produção excessiva de saliva, sensibilidade abdominal, cólicas, sangue nas fezes, hipertermia e desidratação. A intoxicação em animais ocorre frequentemente por ingestão de óleo de rícino, torta de mamona, ou resíduos da planta usados como adubo.

14. Tomate verde: A substância tóxica do Solanum lycopersicum é chamada tomatina e é encontrada em altas concentrações nas folhas e frutos verdes – mas se transforma em substância inerte nos frutos maduros. A ingestão do tomate verde pode causar arritmias cardíacas, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômitos.

15. Violeta: O caule e as sementes da Viola odorata são altamente tóxicos. A ingestão dessa comum planta de ornamentação pode causar, na ingestão de altas doses, severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de vômitos e diarreias. Os princípios ativos tóxicos são violinha, acido tânico e salicílico.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de desaparecer?


Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal.

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!
Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.

Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Estudo mostra que pessoas que conversam com animais de estimação são mais inteligentes


Há coisa melhor do que ter um animalzinho de estimação com quem você pode conversar, desabafar sem ser julgado ou criticado?

Só quem tem um desses peludos em casa é que experimenta tanto amor e alegria.

E não pense que quem conversa com animais é doido não, viu?

Pelo contrário.

Cientistas afirmam: quem fala com bichos é mais esperto do que aqueles que não o fazem.

De acordo com um estudo realizado por Gary D. Sherman e Jonathan Haidt, da Universidade de Harvard, as pessoas que amam animais e que muitas vezes têm uma conversa com eles são mais inteligentes, e não loucas!

O estudo foi baseado no ato de atribuir aos animais uma personalidade humana ou antropomórfica.

Essa tendência, ou antropomorfismo, é uma atitude que todos têm desde a infância, por isso é considerada infantil e estúpida.

O antropomorfismo é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a animais, deuses ou elementos da natureza.

Na realidade, como confirmado pelo professor Nicholas Epley, professor de Ciências Comportamentais da Universidade de Chicago, é precisamente essa capacidade de tornar as coisas humanas o que nos torna inteligentes.

O estudo destacou ainda como o antropomorfismo também se estende a objetos inanimados.

Não é por acaso que aprendemos desde a infância a brincar com bonecas e bichos de pelúcia, dando-lhes um nome e conversando com eles.

A condição estudada pelos dois cientistas também é aplicável no caso de marionetes e em qualquer idade.

Além de serem mais inteligentes do que as outras pessoas, aqueles que têm essa atitude mostram uma criatividade marcante.

Mas comportar-se dessa maneira não é útil apenas para nós humanos.

É que, ao tratar com frequência nosso animal de estimação como se fosse uma pessoa, conversando com ele, fazemos com que ele aprenda com o tempo a reconhecer palavras diferentes e o tom da nossa voz para entender nosso estado de espírito.

O aumento na capacidade de experimentar empatia em animais é, portanto, uma consequência direta do antropomorfismo.

A melhor parte de toda essa notícia é que você não precisa mais se envergonhar quando falar com seu cachorro ou conversar com seu gato como se fosse um amigo de longa data.
Quer uma dica?

Ignore qualquer um que olhar torto para você por causa das suas conversas com seus amados bichinhos.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

5 coisas que fazem um gato ser feliz


Quando decidimos deixar um animal fazer parte de nossa família, é claro que procuramos fazer o melhor por ele. Donos responsáveis devem estar sempre atentos às necessidades e cuidados específicos de cada bicho de estimação. Por isso, hoje daremos algumas dicas para deixar um gato feliz

Quando um amigo ronronante chega em seu novo lar, é claro que ficará um pouco cauteloso no primeiro momento. Mas logo ficará habituado aos diferentes espaços e muitas vezes nos fará duvidar sobre quem é o verdadeiro dono da casa.

Entretanto, estas adoráveis criaturas logo conquistarão nossos corações. E, por esse motivo, embarcaremos na apaixonante tarefa de buscar mil e uma maneiras de deixá-los confortáveis e contentes. Assim, anote algumas dicas que ajudarão o seu bichano a esbanjar felicidade.

1. Adequar a casa às suas necessidades

Para que um felino fique contente, é preciso oferecer, entre outras coisas:

. Arranhadores para que mantenha as unhas em forma (e para que não destruam os móveis)
. Espaços adequados para que ele durma confortavelmente e se sinta seguro
. Lugares para se esconder (nada o deixará mais feliz que uma caixa)
. Superfícies onde ele possa subir e contemplar o mundo de diferentes alturas
. Brinquedos que possam ser “caçados”
. Uma caixa de areia localizada em um lugar discreto

2. Permitir que ele acesse o exterior

Embora os gatos caseiros e castrados sejam perfeitamente capazes de viver dentro de uma casa, estes animaizinhos adoram explorar ao ar livre. Assim, se houve uma possibilidade, não o prive do acesso ao jardim, à cobertura ou à varanda. Se isso não for possível, uma janela com vista para o exterior também é uma boa opção. Mas claro, tenha cuidado para que o animal não escape e corra perigo de se perder ou sofrer acidentes.

3. Brincadeiras e carinhos

Estes charmosos felinos amam brincar e ser acariciados. Mas são eles próprios que determinam o momento adequado para estas atividades. E também deixam muito claro quando é o momento certo de parar. Além disso, os felinos aceitam carinho apenas em determinadas partes de seus corpos, que podem variar de animal para animal. Então, com observação, paciência e muita tentativa e erro, você aprenderá como fazer um gato feliz na hora da brincadeira e dos carinhos.

4. Um companheiro felino

Embora em algumas situações possa haver problemas de cio ou adaptação, principalmente se forem animais adultos, o ideal é ter mais de um gato em casa. Além de fazerem companhia para o outro e se higienizarem juntos, os bichanos também se divertirão muito. E farão a alegria de seus donos. Presenciar o espetáculo que são dois felinos brincando juntos é uma das melhores coisas da vida.

5. Alimentação adequada e petiscos

Uma alimentação equilibrada, de acordo com as recomendações do veterinário e das características do animal, ajuda a manter uma boa saúde. E um felino saudável é também um felino feliz. Mas se você quer deixar o seu gato feliz de verdade, recompense-o com alguma comida que ele gosta muito. Sempre na medida exata e sem colocar em risco a sua dieta, não deixe de mimar o seu bicho de estimação com algum petisco. Se tiver qualquer dúvida, converse com um profissional de sua confiança.

Outros conselhos para cuidar do seu gato

Além de todos estes detalhes, que farão com que seu amigo feliz seja um animal que vive contente, não esqueça de outras responsabilidades que contribuem para o seu bem-estar:

. Visitas regulares ao veterinário
. Vacinas
. Desparasitação interna e externa

Portanto, cuide e ame muito o seu gatinho. Você verá como além de ter um animal feliz, você também será uma pessoa muito mais alegre.