segunda-feira, 15 de junho de 2015
Seu animal de estimação costuma comer plantas? Dica importante!
Você já deve ter visto ou mesmo ouvido falar que um animalzinho ingeriu alguma planta em casa ou na rua. Aparentemente, não é alarmante, que mal pode fazer uma planta a um animal de estimação? Contudo, existem determinadas espécies de plantas que podem ser tóxicas ao animal doméstico.
Das várias causas que podem levar o animal a consumir a planta tóxica, a fome é a principal delas. Outros fatores que devem ser considerados são: o "vício", situação na qual os animais podem desenvolver o hábito especial de ingerir a planta; a perversão do apetite, quando o animal torna-se pouco seletivo ao alimento (por exemplo, quando ocorre a deficiência de fósforo); e a adaptação, situação na qual animais trazidos de regiões distantes e introduzidos sem um período prévio de adaptação em novas regiões são as vítimas mais frequentes desse tipo de intoxicação.
Dentre as plantas que mais afetam pequenos animais, destacam-se: espirradeira (Nerium oleander) e comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta).
Todas as partes da espirradeira são tóxicas, tendo, como princípio tóxico, glicosídeos cardiotóxicos. Os principais sinais caracterizam-se por náusea e vômitos. Geralmente, o proprietário leva o animal ao médico veterinário para tratar os sinais observados no trato gastrointestinal, mas as alterações cardíacas são as mais preocupantes, podendo ocorrer fibrilações atriais e ventriculares em estágios terminais. Como forma de tratamento, administra-se cloreto de potássio, monitorando o quadro cardíaco do animal por meio do eletrocardiograma.
Não se sabe ao certo o princípio tóxico da comigo-ninguém-pode, mas sugere-se que uma substância lipídica é responsável pela liberação de histamina dos mastócitos, além de possuir oxalato de cálcio que potencializa estomatites. Dessa forma, os sinais clínicos de intoxicação são alarmantes, tendo, pouco tempo depois do animal ingerir a planta, sinais claros de dor e irritação. Em casos mais graves, pode haver obstrução completa da faringe. Como tratamento, recomenda-se o uso de anti-histamínicos H1, além de não usar, de forma alguma, eméticos. Concomitantemente, administra-se protetores de mucosa e analgésicos.
Em ambos os casos, é de extrema importância retirar o animal do foco da intoxicação (local em que a planta está localizada) e levar à clínica veterinária para fazer os cuidados necessários.
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