segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Animais de estimação podem sofrer de depressão?


A depressão nos animais pode se manifestar de várias maneiras, assim como nos humanos. As principais causas são as mudanças de rotina e ambiente, solidão e falta de atividades físicas.

Segundo a Médica Veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade UNIVERITAS/UNG, Karina D'Elia Albuquerque, todos os animais domésticos podem sofrer de depressão, principalmente cães e gatos. ''Atualmente com a humanização dos animais domésticos, temos nos deparado com recorrentes manifestações de depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam diretamente a personalidade destes animais, como por exemplo: irritabilidade, destruição de móveis e objetos pessoais, e urinar e defecar fora dos locais pré-estabelecidos'', explica.

Saiba mais o que a Dra. Karina D'Elia Albuquerque, tem a dizer sobre o assunto.

Os cães são seres mais dependentes, como os sintomas de depressão se manifestam?

Há diversas formas de aparecimento da depressão. Nos cães, podem manifestar a perda do apetite, apatia acentuada, lambedura excessiva nas patas e no corpo, tristeza profunda, rejeição ao toque e isolamento.

Os gatos têm depressão? Como identificá-las?

Os gatos são ainda mais propensos a desencadear a patologia, pois a mudança de rotina pode levar a depressão e, com isso, o aparecimento de doenças, como a Síndrome da Pandora (cistite idiopática no felino), e principalmente as fêmeas, que iniciam com sintomas de cistite e hematúria (sangue na urina). Outros animais se escondem e param de se alimentar.

Por que a depressão aparece?

Os cães e os felinos são muito resistentes às mudanças de rotina, como a introdução de um novo animal na casa, a morte de uma pessoa próxima, o afastamento de um animal companheiro. Devido à correria do mundo moderno os donos dos pets passam muito tempo no trabalho e os animais se sentem sozinhos e abandonados.

Existe tratamento? Quais alternativas existem para reverter o quadro de depressão?

Em primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de rotina, levar ao veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem, e ter certeza que não há doenças primárias, tentar manter uma rotina diária com os animais, como passeios e brincadeiras. Manter um acompanhante sempre que possível na ausência do proprietário. Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas caninas.

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