sexta-feira, 13 de junho de 2014

Que tal um gatinho de estimação que pode medir mais de um metro?


A raça maine coon, não tão conhecida no país, chama a atenção pelo seu grande porte e beleza.

Apesar de os cachorros ainda serem a preferência dos brasileiros quando se trata de animal de estimação, o número de apreciadores de gatos tem crescido nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, é questão de tempo para que os gatos fiquem em pé de igualdade com o seu maior "rival", já que em 2012 o país possuía 21,3 milhões de felinos, um aumento de 16,3% em comparação com 2010. A população de cães, por sua vez, subiu apenas 8,1%, passando de 34,3 milhões em 2010 para 37,1 milhões em 2012. Entretanto, no Brasil, ainda é difícil encontrar muitas variedades de raças de gatos, sendo os persas a grande maioria, seguidos por siameses e, claro, os vira-latas.

Ao entrar na casa de Bruno Nogueira, que possui um gatil e é presidente da Associação do Gato Mineiro (AGM), não é preciso muito tempo para perceber que os gatos criados sob seus cuidados apresentam características incomuns aos felinos vistos em nosso dia a dia. O focinho quadradinho bem definido, orelhas com alguns pelos mais longos saindo do ouvido, olhos marcantes e a expressão meio "mal humorada", que contradiz com a realidade dócil do pet, são algumas das características do maine coon. Esta raça se destaca principalmente por ter um porte bem grande se comparado com os gatos comuns, além de ter o corpo longo e retangular.

O nome da raça também diz muito a respeito de sua origem. Os primeiros felinos desse tipo apareceram na costa leste dos Estados Unidos, no estado do Maine. Daí seu primeiro nome. Com relação à palavra "coon", existem diferentes histórias: uma delas diz que um capitão inglês chamado Charles Coon tinha uma coleção de gatos com pelo longo, que o acompanharam quando chegou à Nova Inglaterra (onde atualmente fica o Maine); do cruzamento de seus bichanos com os da região, chegou-se à raça atual. Outra teoria sobre a origem do maine coon está ligada a uma de suas características mais marcantes: a calda, que é tão longa quanto a de um guaxinim (ou raccoon, em inglês), chegando a ser do tamanho do próprio corpo.

Assim como ocorre com outros bichinhos, o maine coon também exige cuidados especiais e podem desenvolver a chamada HMC (cardiomiopatia hipertrófica), que é uma doença grave, que faz com que o coração do animal inche e fique duro. Por isso, para aqueles que têm interesse em comprar um exemplar, é fundamental fazer um exame de DNA e também conhecer o histórico dos gatos do criador dessa raça, antes de adquirir o pet. "O exame vai detectar se o gato é homozigoto, heterozigoto ou negativo. O ideal é só cruzar gatos que sejam negativos, para eliminar a doença das gerações seguintes", explica Bruno Nogueira.

Dentre os animais encontrados no gatil do presidente da AGM, um especificamente pode ser considerado um exemplo perfeito da raça: o chamado Topik. Com apenas um ano, ele foi importado da Eslovênia, no leste europeu, e possui como cor predominante o arlequim-azul, uma tonalidade tão rara que só foi encontrada em apenas quatro gatos registrados na Federação Felina Brasileira desde 1999. O Topik, inclusive, foi eleito, em uma exposição mundial da Federação Internacional Felina, como o melhor filhote azul e branco em seu grupo de cor e de raça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário