segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Falta de cuidados com jardins e quintais pode causar problemas aos animais de estimação
Diversão ao ar livre pode se transformar em pesadelo para os animais e para o dono.
Permitir que os pets aproveitem momentos de lazer em espaços externos é imprescindível.
Para quem dispõe de jardins e quintais em casa, então, o ambiente pode servir como um verdadeiro parque de diversões, principalmente para animais mais curiosos.
O problema é que, camuflados ou aparentes, alguns perigos podem acabar transformando a diversão ao ar livre em um grave acidente.
E, nesta situação, todo cuidado é pouco.
Segundo a médica veterinária Luciana Nunes Silva, o segredo para que tutores adaptem o jardim de maneira segura para os animais de estimação é observá-lo sob a perspectiva do próprio pet.
“Apesar de ótimos para estimular o corpo e a mente dos animais, os jardins apresentam, sim, algumas ameaças. E, por mais que eles pareçam seguros para nós, sempre devemos observar o espaço como se fossemos o próprio bichinho”, revelou.
De maneira geral, garrafas quebradas, ripas de madeira, pregos e outros materiais cortantes devem ser mantidos longe do alcance dos mascotes.
Latas de lixo devem permanecer o tempo todo bem fechadas.
“A ingestão da carne de animais em decomposição, restos de lixo, ossos enterrados e terra com matéria orgânica e carniça são alguns dos perigos relacionados a uma doença chamada Botulismo, um tipo de intoxicação alimentar raro, mas perigoso e, na maioria das vezes, fatal”, disse.
Como em todo bom jardim, plantas também não deixam de marcar presença no espaço.
Em uma casa com animais de estimação, no entanto, algumas delas devem ser evitadas.
Azaleia, Comigo-ninguém-pode, Espirradeira, Bico-de-papagaio, Figueira do Inferno, Canudo, Dama da noite, Espada de São Jorge, Alamanda, Banana-de-macaco, Copo de Leite, Jasmim e Lírio-da-paz são exemplos de plantas altamente tóxicas para os pets, se ingeridas ou mesmo tocadas.
E o resultado pode variar de uma simples alergia até a morte.
Outros animais também podem gerar sérios riscos aos bichinhos de estimação.
Uma vez picado por abelhas, vespas e marimbondos, o pet pode sofrer com diferentes reações alérgicas.
“A picada geralmente ocorre nos membros posteriores e focinhos, locais que podem apresentar inchaço, vermelhidão e coceira após o ocorrido. Por isso, assim que constatar um dos sinais, leve-o imediatamente ao veterinário”, ressaltou Luciana.
Também vale analisar se há alguma colmeia no jardim e procurar um especialista para o controle de pragas.
“Neste controle, porém, cuidado com o veneno utilizado, pois muitos deles são tóxicos e letais para os animais. Após a dedetização, portanto, mantenha-o longe de casa por pelo menos três dias, por segurança. Mantenha, ainda, os frascos de veneno longe do alcance do bichinho”, lembrou a veterinária.
SAPOS - Nesta época do ano, sapos costumam passear pelos jardins das residências e também se tornam perigosos para animais domésticos, pois são lentos e, consequentemente, de fácil apreensão.
“Quando se sentem ameaçados, os sapos liberam uma toxina (bufotoxina) já dentro da boca do pet, causando salivação excessiva, náuseas, arritmias cardíacas, convulsão e morte. Caso o acidente aconteça, o proprietário deve lavar a boca do animal e levá-lo imediatamente ao veterinário”, frisou.
Para quem tem bichinhos pequenos que podem escapar pelos espaços do portão, o tutor deve proteger as possíveis rotas de fuga com telas.
“No caso de pets como coelhos e porquinhos-da-índia, é essencial deixá-los em locais protegidos e, quando soltos, somente sob supervisão”, destacou Luciana.
EVITE OS RISCOS - Confira outras dicas que podem ser implantadas em jardins e quintais para manter pets longe de acidentes:
- Além das plantas tóxicas, as espinhosas e pontiagudas também devem ser evitadas. Isso porque, caso o mascote resolva brincar no arbusto, poderá sofrer inúmeras lesões pelo corpo;
- Dê preferência aos adubos naturais, já que os que apresentam substâncias químicas podem causar problemas quando ingeridos, incluindo sérios quadros hemorrágicos;
- Em casas com piscinas, instale proteção sobre e/ou em volta delas. Só deixe o animal perto da água com supervisão.
Fonte: Jornal de Piracicaba
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