segunda-feira, 30 de março de 2015

Férias e feriados: cuide dos bichos de estimação durante longas ausências


Se você tem um animal de estimação e vai se ausentar de casa por uns dias, vai precisar de um cuidador ou um local adequado para hospedá-lo. E o primeiro passo para manter a saúde e evitar que os cães e gatos sofram é respeitar o limite do seu amigão: cachorros suportam razoavelmente bem a falta do dono por até 45 dias, mas os bichanos não são tão independentes, sentindo com mais rapidez à ausência. No entanto, essas expectativas variam de indivíduo para indivíduo, como afirma a veterinária Andressa Gontijo. Além disso, quanto menos a rotina do pet for alterada, menos traumática é a separação temporária. 

- Peça ajuda

Uma opção é pedir a ajuda de amigos, familiares, de um vizinho, do zelador ou da faxineira para cuidar, diariamente, seja do papagaio ou do cãozinho. Essa é uma boa alternativa, pois diminui o estresse do animal, que se mantém em seu próprio ambiente e com pessoas queridas e conhecidas. Se o cuidador da vez topar enfrentar a responsabilidade, explique os hábitos do seu pet, indique o local onde a comida está armazenada e deixe quantidade suficiente para alimentar o bicho durante todo o período. Crie um manual (verbal ou escrito) que trate da frequência e do montante das porções, bem como do local de evacuação das fezes e da urina e da higiene corriqueira deste espaço. Fale sobre eventuais medicamentos, providencie o abastecimento "da farmacinha" e anote doses e horários de administração. Também instrua o cuidador se e onde o bicho deve passear e informe se ele estranha outros animais e pessoas. Por precaução, deixe o contato do veterinário à mão.

Particularidades - Qualquer bicho precisa de cuidado, mas, em geral, o trato com os gatos é mais simples: basta estar atento à alimentação e à troca da areia. Porém, atenção extra é necessária para que as janelas estejam sempre fechadas, caso não sejam protegidas por telas. A veterinária Mônica Ungar cria três gatos e dois cachorros e alerta: "A cada vez que o cuidador deixar a casa, ele deve sempre se certificar de que o gato não está preso em algum canto."

Se o seu animalzinho de estimação for um pássaro, o trabalho se resume a alimentar, trocar a água e higienizar a gaiola. E se o bicho foi um peixe, a manutenção pode ser (até) autossuficiente: basta limpar o aquário antes da partida e instalar um alimentador automático que administrará as porções de ração por até 30 dias. Mas atenção! Teste o apetrecho antes de usá-lo definitivamente e evite acidentes.
Muitas vezes, porém, não se pode ou se quer dar trabalho aos amigos, familiares e vizinhos. Nessas horas, a saída é contratar cuidados profissionais. Todavia, é comum sentir insegurança em deixar o bicho de estimação com estranhos ou fora de casa, se o cuidador não é alguém próximo e que já gosta do bichinho. Por isso teste por um dia, ao menos, qualquer opção a seguir, antes de contratar o serviço. Observe como o pet volta e se foi bem tratado, pois confiança é fundamental.

- "Pet sitter"

O "pet sitter" vai à casa do animal, seja ele um cão ou uma tartaruga e não só o alimenta e medica, como passeia e faz atividades com os bichinhos, no caso de gatos e cachorros. A vantagem é que "sendo profissional, conhece as diretrizes básicas de higiene e segurança", afirma Ungar. Para a rotina diária, as regras se repetem: deixe disponível todos os pertences e informações sobre o bicho.

Antes de contratar, conheça pessoalmente o profissional que cuidará do animal de estimação e pesquise: peça referências, busque por reclamações em sua rede pessoal e na internet e faça um contrato que estabeleça os serviços prestados e as áreas da casa que o cuidador pode acessar, além de deixar autorizada a entrada no condomínio, caso more em um. Se o animal for bravo ou estranhar desconhecidos, faça uma adaptação antecipada com o cuidador. Geralmente não há restrições de idade, raça e até de espécie a ser cuidada, pois há "pet sitters" que se responsabilizam, inclusive, por animais silvestres. 

- Hospedagem em domicílio

Neste serviço, o animal se hospeda na casa do cuidador e são exigidos pré-requisitos: o pet deve ser manso e estar com a vacinação, os vermífugos e o antipulgas em dia. O alojamento é estudado para melhor receber o hóspede, são analisados, por exemplo, o porte do animal e da residência que irá abrigá-lo: "Se é um cachorro grande indicamos uma casa, se o cão é menor, pode ficar um apartamento", explica Gontijo.

Também na modalidade, é recomendável que o proprietário do futuro hóspede visite o local antes de contratar o serviço. "Veja como é o lugar: se é higiênico, seguro, qual o tipo de piso e se há outros animais e se são saudáveis,  vacinados e vermifugados", alerta Ungar. Se tudo estiver certo, faça a "mala" do pet e, além dos itens já citados, providencie objetos "pessoais" como brinquedos e caminha.

- Hotel

Quem prefere contar com uma infraestrutura focada na recepção de animais pode optar por um hotel. Há, porém, ressalvas: os estabelecimentos não recebem filhotes com menos de cinco meses e parte das empresas só aceitam hóspedes castrados. Quando não-castrados são admitidos, há o cuidado de separar as fêmeas no cio, a fim de evitar cruzamentos indesejados. É de praxe, também, que o futuro hóspede passe por uma triagem - normalmente - realizada uma semana antes da entrada no hotel. A avaliação buscar certificar o bom estado de saúde e se o animal fica bem sem a presença do dono. Fora isso, as recomendações sobre o "manual da rotina" valem para esta modalidade.

Para escolher a hospedagem, pesquise. Verifique se há segurança contra fugas e acidentes e se o animal fica fechado em gaiola ou baia ou se há recintos com dormitórios individuais e paute sua escolha por suas diretrizes de criação. Gramado, piscina e diversão são comuns nos pet-hotéis, mas o proprietário deve autorizar a participação do bicho nas brincadeiras com outros animais. Porém, afirma a veterinária Mônica Ungar: "É importante socializar". Em geral as atividades são supervisionadas por adestradores e selecionadas por espécie, idade e porte.

"A vantagem de um hotel é que o animal fica o dia todo solto", diz Renata Gomes Pereira, dona do Pet Hotel Dog Life. Com custos de "gente", os hoteizinhos para bichos podem dispor de serviços "vips" como a câmera que acompanha o pet 24 horas, ao vivo, além de fornecer suporte veterinário. A alimentação pode ou não estar inclusa no valor da diária e é feita individualmente. O proprietário do bicho pode, ainda, indicar os costumes do hóspede, como alimentação natural.

Fonte: UOL

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