terça-feira, 29 de março de 2016
Tire suas dúvidas sobre a castração de cães e gatos
O número de cães e de gatos no Brasil ultrapassa os 73,3 milhões, segundo os dados mais recentes da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) divulgada em 2015 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Parte desses bichos vive em lares, mas um levantamento datado de 2014 indica que cerca de 30 milhões estão nas ruas.
Diante deste cenário, médicos veterinários recomendam a castração como medida mais pertinente contra a superpopulação. Só em São Paulo, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) mantém desde 2001 o programa de castração e de orientação para a posse responsável. Números recentes indicam que, em 2015, cerca de 90 mil animais foram registrados e castrados pela entidade ou instituições ligadas a ela. Mas castrar não evita apenas a procriação descontrolada, também beneficia a saúde do animal.
Indicação
Indicada como principal método para barrar a superpopulação e, consequentemente, o número de animais abandonados, a castração, no caso das fêmeas, pode evitar problemas como infecção uterina (piometra ou complexo hiperplasia endometrial cística) e câncer de mama. Já nos machos, o risco de tumores testiculares deixa de existir. O ideal é que o cão ou o gato tenha entre três meses e oito anos, mas a partir dos sete anos, os cuidados devem ser redobrados. Quando as condições são favoráveis, é feita a remoção do útero e dos ovários ou dos testículos.
Pré e pós-operatório
Uma vez que o tutor decide submeter o pet ao procedimento, alguns exames clínicos são feitos para avaliar a saúde do animal - que receberá anestesia geral - e é dada a indicação do tempo de jejum. Após a cirurgia, assim que o efeito da anestesia passa, o bicho é observado e, se estiver bem, liberado. Neste momento, o cuidador recebe instruções sobre os procedimentos do pós-operatório, que incluem: administração de anti-inflamatórios e analgésicos; uso de colar elizabetano (o famosos "cone da vergonha", principalmente para as fêmeas) ou roupa pós-cirúrgica; e o prazo para o retorno ao consultório para retirada dos pontos. Em geral, a recuperação das "meninas" ocorre em 15 dias e a dos machinhos, em 10.
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