quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cão sem dono: o que fazer?



Uma triste realidade torna-se evidente a cada período de férias de verão, quando muitas famílias viajam: o crescimento da população de cães de rua. Apesar do entusiasmo inicial com a ideia de ter um bichinho em casa, muitas pessoas se arrependem de ter que criar um animal doméstico e acabam abandonando os peludos pelas ruas da cidade.

Para quem ama cachorros, é muito difícil cruzar com um animalzinho solitário pelas esquinas. E se a situação envolver uma ninhada de filhotes, pior ainda! O que fazer para ajudar nesses casos? Levar para casa? Deixar a cadela cuidar de suas crias na rua? Encaminhar para alguma organização de defesa dos animais?

“Antes de mais nada, a decisão passa por uma escolha pessoal do tipo de envolvimento que se está disposto a ter”, diz a veterinária Bárbara Nogueira, que atende no bairro da Lapa, em São Paulo. “A partir do momento em que alguém resolve levar um cãozinho para casa, ele precisa entender que criará um laço com aquele animal, tornando-se responsável por ele”, afirma.

A especialista recomenda que, após alimentar o cão, a primeira ação seja a de encaminhá-lo até uma assistência veterinária. Além de examinar e tratar possíveis machucados, o médico também vai aplicar vermífugo e vacinas no animal, cuidados essenciais para o peludo que andava pelas ruas, em contato com todos os tipos de germes. Essa medida também é importante principalmente para quem já tem outros cachorros em casa e pretende adotar o recém-encontrado, já que há risco de contágio entre os mascotes.

A partir daí, o próximo passo é partir para um bom banho no companheiro, cuidando bem de áreas do corpo como patas e orelhas, onde pode juntar mais sujeira. Fique atento para não machucar partes sensíveis, como o focinho! Em algumas situações, o pet pode estar assustado com a nova situação e, por isso, tornar-se agressivo. “Se não se sentir confortável para tratar o banho sozinho, é melhor procurar uma pet shop”, diz Bárbara.

Limpinho, alimentado e protegido. E agora?
Terminada a etapa de primeiros socorros, é hora de decidir: ficar ou não com o pequeno? Caso a decisão seja a de adotar o novo companheiro, há alguns cuidados específicos que devem ser respeitados. Segundo Bárbara Nogueira, primeiramente deve-se respeitar o ritmo do novo integrante da casa, evitando forçar rotinas e aproximação. “O animal precisa se sentir confortável e, aos poucos, criar confiança na família”, explica a médica. Para isso, um cômodo tranquilo é ideal para manter o bicho sossegado. Se houver outros pets na casa, evite aproximá-los nos primeiros dias.

No entanto, se os benfeitores não puderem manter o animal encontrado, a solução é buscar outros pais adotivos. Veterinários sempre aconselham a castrar o cão antes da doação, seja para novos tutores, seja para instituições de proteção aos animais.

Infelizmente, as organizações que se dedicam a cuidar de bichos domésticos abandonados enfrentam o mesmo problema: superlotação e falta de recursos para manter a matilha. Por isso, as associações existentes pedem para quem recolher cães nas ruas não apenas dar a assistência inicial ao peludo, mas também se engajar na adoção. Fotografar o pet e divulgar para amigos nas redes sociais também é uma alternativa fácil e bastante comum. Outras opções são as feiras de adoção de animais e sites próprios para anúncio de cães.

Entidades e sites para buscar orientação sobre adoção:
- Animal SOS - http://www.animalsos.com.br/
- Associação Paulista de Auxílio aos Animais (APPA) - http://www.apaa.com.br/
- Central de Adoção Animal - http://www.centraldeadocaoanimal.com.br/
- Projeto Esperança Animal - http://www.pea.org.br/
- União Sem Raça Definida - http://www.uniaosrd.com.br/


 

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