sexta-feira, 30 de maio de 2014
Tártaro em cães pode levar a infecções e meningite
Enquanto muitos tutores de pets nem mesmo sabem da existência de profissionais como os dentistas veterinários, a boca de seus cães segue aberta para a entrada de uma série de problemas e complicações que podem se tornar ainda mais graves quando ignorados ou não tratados.
Assim como no caso dos seres humanos, o tártaro na dentição também é um problema real no mundo dos cachorros – surgindo em função do acúmulo de restos de alimentos nos dentes do animal, que forma uma placa de bactérias e pode causar problemas que vão muito além das simples e conhecidas cáries.
Ao contrário do que muitos possam acreditar, não é somente a saúde oral dos cães que sofre com o tártaro. Sem o tratamento e a higienização correta, a placa bacteriana que se forma nos dentes pode entrar em contato com vasos sanguíneos do bicho e se expandir para muitas outras regiões do corpo, provocando infecções generalizadas e doenças graves como a meningite.
Para evitar este tipo de problema na saúde do seu pet canino, a solução é a mesma adotada pelas pessoas: escovação diária dos dentes. Embora boa parte dos tutores não tenha este costume, escovar os dentes dos cães todos os dias e realizar visitas periódicas ao dentista veterinário são medidas fundamentais para manter a higiene oral e afastá-lo de problemas como o tártaro (também conhecido como cálculo dentário).
Devendo ser realizada, pelo menos, três vezes por semana, a escovação dos dentes de cachorros jamais deve ser feita com as escovas ou pastas dentais usadas pelos humanos – já que, os produtos voltados para as pessoas podem prejudicar os animais, e o mercado já oferece tais acessórios específicos para o cuidado oral de cachorros entre os seus produtos.
Além da falta de higiene, alimentos não produzidos especificamente para animais também podem favorecer o aparecimento do tártaro nos seus dentes e, por isso, uma dieta balanceada e composta por rações e petiscos é sempre a melhor opção pra manter seu bichinho saudável e longe de problemas.
Para os que não conseguiram fazer a prevenção, é bom ficar de olho nos sinais que o animal dá, buscando identificar a existência de complicações bucais e do tártaro. Mau hálito, falta de apetite e dor ao mastigar são alguns dos sintomas mais clássicos do cálculo dentário nos cães. Tendo em vista que essa placa de bactérias pode causar problemas na boca, nos rins, no fígado e até no coração dos pets, não hesite em levar o seu bichinho à um dentista veterinário ao notar estes sinais.
Fonte: Terra
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Cuidados com os animais durante a Copa
A Copa do Mundo está chegando e com ela, especialmente em dias dos jogos, os hábitos das pessoas costumam mudar: reuniões com amigos e família em casa, comemorações com fogos, uma alteração de rotina que pode estressar cães e gatos. Por isso, é preciso levar em conta algumas dicas importantes: primeiro sobre como agir em situações de barulho intenso e explosões de fogos e rojões. Deve-se preparar a casa, pois ela é vista pelo seu animal como uma área segura. Escolha um local calmo, iluminado (nada de quartos escuros), e tente isolá-lo do barulho, fechando janelas, persianas e cortinas. Você pode criar um ambiente com música calma para abafar o som dos fogos ou mesmo com a televisão ligada. Torne o lugar aconchegante, com a caminha e paninhos do cão ou gato, alguma peça de roupa do tutor também é bem vinda. Brinquedos também são uma boa ideia para que eles se mantenham distraídos.
Fique sempre de olho no animal e, se possível fique junto com ele, converse de forma calma, mas não tente agarrá-lo, pois isto pode aumentar a ansiedade e aumentar o medo. Caso ele prefira, deixe-o se esconder em alguma peça da casa que ele mesmo considere segura, mas nunca esqueça de se manter atento à ele. Fugas são muito comuns em situações estressantes como estas, por isso fique atento!
Outra questão importante é a adaptação dos animais à presença de pessoas estranhas na casa. As visitas virão ver os jogos na sua casa e é preciso estar preparado para latidos, excitação, saltos no colo dos visitantes, pois é normal que os animais queiram atenção. Uma boa tática é encontrar o visitante longe da porta da casa, dar uma caminhada curta com ele e só depois deixá-lo entrar na sua casa. Neste ponto, seria interessante ainda esperar mais um pouco até deixar o cão se aproximar do visitante. Muitos cães se sentem menos ameaçados se já encontram o visitante dentro de sua casa, ao invés de ver o visitante “invadindo seu espaço”.
Outro truque é dar um brinquedo, de preferência o mais adorado pelo cão, e sempre que ele vier lhe oferecer o brinquedo, jogue-o para ele, brinque, dê atenção, mesmo que esteja na frente das visitas. É uma forma de não deixá-lo só, incitando-o a aprontar pulando, latindo e saltando no colo das pessoas. Dar atenção, acima de tudo, independente se estiver diante da decisão da Copa, num tenso Brasil e Argentina. Não deixe seu amigo sentir-se só, pois este sentimento gera mais e mais ansiedade e pode levá-lo a ter sérios problemas comportamentais. O cachorro é um ser social por natureza e deixá-lo ‘abandonado” num canto da casa pode deixá-lo hiperativo e ansioso.
Fonte: Clic Rbs
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Dicas para cuidar bem do seu gato no inverno
Com a iminência das temperaturas mais baixas na estação do inverno, não é somente os humanos que necessitam de cuidados especiais, mas os animais de estimação também, entre eles os gatos. Especialistas apontam que de banhos quentes e roupas de frio para os bichinhos não são exagero, mas apenas o começo de uma série de cuidados que devem ser providenciados para o bem-estar dos nossos animais. Mas quais são os cuidados especiais que devemos ter para com os pequenos felinos na época mais fria do ano, o inverno? Que dicas seguir? Dá pra saber quando os gatos estão sentido frio ou não? Para saber se o seu gatinho está sentindo frio, basta sentir as extremidades de seu corpo, como é o caso das patinhas, a ponta do focinho e as pontas das orelhas; caso essas regiões estejam geladas é por que os animais estão sim com frio. Nesse caso, quais são as sugestões?
Estimule seu gatinho a tomar banhos de sol;
Mantenha a cama do felino com edredom e com estrado sempre embaixo, de modo a evitar a sensação de friagem proveniente do contato direto com o chão;
Atenção: nessa época, não exponha a soneca de seu gatinho ao relento e não o deixem sem agasalhos;
Opte por colocar roupas em seus gatos que tenham a pelagem muito curta;
Prefira as camas do tipo iglu, uma vez que é mais fácil para o gatinho se esconder e se proteger do frio;
Sempre mantenha as vacinas próprias em dia, dê destaque especial para a medicação contra a rinotraqueíte, doença por que são acometidos os gatos na época do inverno, entre muitas outras enfermidades respiratórias e infecções graves.
Outras recomendações para a boa saúde de seu gatinho durante o inverno incluem:
Não corte ou apare o pelo de seu animalzinho de estimação na época de frio, já que são os pelos que ajudam a regular a temperatura constante do corpo dele;
Evite passear com seu gatinho em horários ou em dias muito frios;
Ao dar banho em seu pequeno felino, atente para o fato de que a água deve ser aquecida e, posteriormente, os pelos devem ser secados.
Não deixe seu gato exposto ao vento ou à chuva, pois, embora eles tenham muito pelo, eles sentem bastante frio e podem se danificar com as baixas temperaturas do inverno; providencie para eles, um local de repouso coberto, seco e confortável, em que estejam protegidos das adversidades do clima;
Atenção: mesmo que os gatinhos tenham o costume de dormir dentro de casa, reserve para eles, um local quente e aconchegante; opte pelo reforço de um cobertor ou de uma bolsa de água quente nas noites de maior friagem.
Não deixe seu gatinho vulnerável aos resfriados e às gripes, pois, se nos humanos trata-se de algo desagradável, mas de fácil tratamento, nos felinos domésticos, sintomas como a tosse, as inflamações nos olhos, as secreções nasais e os espirros sinalizam a gravidade e a dificuldade de se curar enfermidades sérias. Portanto, solicite ao veterinário de sua confiança que aplique as vacinas especiais em combatam a gripe felina, de modo que se previna de qualquer problema. Mantenha seu gatinho saudável, bom trabalho e boa sorte!
terça-feira, 27 de maio de 2014
Quais as principais vantagens da adoção de cães adultos?
Está planejando adotar um cãozinho, mas só consegue pensar nos filhotes? Saiba que os cães mais velhos reúnem inúmeras vantagens sobre mais novos que merecem ser levadas em consideração antes de receber um bichinho em casa.
Adotar um cão adulto tem vantagens que vão desde a economia com vacinas e afins, até a facilidade de educação de animais mais independentes que filhotes
Filhotes são praticamente irresistíveis; “fofinhos, bonitinhos, atraentes e completamente encantadores”, brinca a veterinária Christiane Vaslin. Os cães com poucos meses de vida são a primeira opção para a maioria das pessoas que resolvem adotar um novo bicho de estimação. Porém, não são poucos os cachorros mais velhos que acabam sendo deixados de lado e muitos deles passam o resto da vida em abrigos voluntários, sem nunca terem descoberto a sensação de ter um lar.
Se você faz parte do grupo de pessoas que acredita que cachorros adultos ou mais velhinhos estão doentes ou sofridos demais para ganharem uma nova casa, saiba que está enganado; muitos abrigos estão cheios de cães crescidos que esperam pela chance de ter uma família. Descubra algumas vantagens em levar um cachorro mais velho pra casa na hora da adoção:
Cães adultos são mais econômicos
Se o orçamento anda apertado e a sua principal preocupação é que as despesas com o novo integrante da prole saiam mais caras que o previsto, saiba que a melhor opção, nesse caso, é adotar um cãozinho mais velho. “Em um cachorro adulto, a partir dos oito ou dez meses de idade, a vacinação já está completa, enquanto, com um filhote, os custos são bem maiores. Um cachorro novinho exige vitaminas, vermífugos, vacinas, entre várias outras coisas”, alerta Christiane Vaslin. A veterinária também lembra que várias instituições disponibilizam animais já castrados ou fazem o processo gratuitamente, caso seja do interesse do novo dono - ou seja: mais um gasto a se desconsiderar.
Filhotinhos dão trabalho redobrado
Filhotes são graciosos, animados, “fofinhos” e adoram uma bagunça! Eles precisam ser bem treinados para aprender o que é certo e errado, supervisionados o tempo todo para que um acidente mais sério não aconteça e repreendidos a cada vez que fizerem alguma coisa inconveniente. E é nesse quesito que, mais uma vez, os cães mais vividos saem na frente dos caçulas. Por já terem passado por essa fase, os cães adultos são, de modo geral, mais tranquilos, independentes, obedientes e já têm uma noção do que se pode ou não fazer dentro de casa.
O porte dos animais crescidos já foi definido
“Quem nunca conheceu alguém que quis comprar um poodle toy e acabou criando um cachorrão?”, divertiu-se Christiane. A veterinária fez questão de ressaltar que, mesmo quando opta-se por um cachorro de raça, muitas vezes o tamanho que o animal atinge acaba sendo diferente do esperado. “Quando você vai a um local de doação, pode observar o porte definitivo do animal para saber se ele se adapta à vida que você leva e ao local onde você mora”, ela completou. O mesmo ocorre com o comportamento do cão: “em uma ninhada de filhotes dá pra ver que um é mais bravo, outro mais animado, outro mais tímido e que tem um que perturba… Mas quase todos os filhotes fazem isso, todos brincam, todos pulam e fica difícil saber como eles ficarão depois que crescerem”, disse. “No cão adulto você pode olhar e perceber na hora qual comportamento mais te agrada”.
Cachorros mais velhos são mais fáceis de educar
Acompanhar o crescimento de um filhote é encantador, mas engana-se quem acha que cães mais velhos têm maior dificuldade de adaptação no novo ambiente. Por serem emocionalmente maduros e, muitas das vezes, já terem vivido em outros lares, esses cachorros acabam tendo uma capacidade de acomodação bem rápida ao ambiente e às crianças. “Mas isso muda um pouco quando lidamos com cachorros que já passaram por traumas”, ressalva Christiane. A doutora explicou que, nesses casos o início pode ser um pouco mais trabalhoso, mas nada que algumas doses de paciência e carinho não resolvam.
Cães adultos são extremamente gratos e fiéis
Um animal adulto que vem de um abrigo ou das ruas para uma nova família tem uma imensa gratidão para com o seu novo dono e as outras pessoas da casa que o recebeu. Ao contrário do que muitos acreditam, quando a mudança é para melhor, o cão aceita as modificações em sua vida facilmente e demonstra imensa gratidão - tornando-se fiel, obediente e carinhoso em pouquíssimo tempo. Portanto, antes de pensar que é difícil estabelecer vínculo com um animal que você não criou desde pequeno, experimente observar com mais atenção o comportamento de um cão mais velho que foi adotado por alguém que você conheça. Você irá se apaixonar.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
CleverPet, um videogame para seu cachorro
Quem gosta de cachorros sabe o quão ativos eles costumam ser e o quanto precisam de exercícios. Porém, como hoje em dia mal temos tempo para mantermos nossa saúde em dia e com tantas pessoas morando em apartamentos, é fácil ignorarmos a necessidade desses animais. Pois foi para para minimizar esse problema que uma empresa americana surgiu com uma proposta no mínimo curiosa.
Descrito como uma espécie de videogame para cachorros, o CleverPet é um sistema autônomo que visa entreter e educar o animal de estimação através de uma série de desafios e brincadeiras, fazendo algo que os adestradores conhecem bem, que é premiar o bicho quando ele realizar a tarefa corretamente.
Composto por três painéis sensível ao toque e que acendem uma luz, o cachorro deve interagir com esses botões usando as patas ou o focinho e um detalhe interessante é que um algoritmo aumentará a dificuldade com o passar do tempo. Além disso, os donos poderão acompanhar o desempenho dos animais através de um aplicativo para celulares e tablets, ou ainda através de um site.
Tendo em seu coração o Spark Core, um sistema baseado no Arduino, os usuários poderão criar seus próprios jogos para o CleverPet e como a campanha para seu financiamento coletivo já foi aprovada no Kickstarter, a previsão é de que o lançamento do produto aconteça em fevereiro de 2015.
Caso tenha se interessado pela ideia, saiba que uma unidade será vendida no varejo por US$ 279, mas se você optar por adquiri-lo neste período de desenvolvimento, terá que gastar apenas US$ 199, além dos US$ 35 do frete e mais uma facada que a Receita te dará quando a encomenda chegar no Brasil.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Pets braquicefálicos exigem atenção redobrada; entenda
Saiba no que consiste a braquicefalia e de que forma ela pode afetar a vida e a saúde do seu bichinho de estimação.
Embora alguns donos de cães e gatos já sejam familiarizados com o termo, a braquicefalia ainda é uma palavra desconhecida para muitos, e determina uma má formação nos ossos da cabeça dos animais, fazendo com que o focinho deles se apresente de maneira achatada. Podendo ser o responsável por problemas que incluem desde a dificuldade de respirar até o desenvolvimento e amadurecimento mais lento dos neurônios, este quadro é relativamente comum no mundo dos cachorros e gatos – principalmente, em função das muitas intervenções feitas pelos humanos no cruzamento das mais variadas raças ao longo do tempo.
Mesmo podendo influenciar no aparecimento de diferentes problemas de saúde, este quadro já é visto por muitos como um charme das raças que têm o problema, como é o caso dos cativantes Pug, Pequinês, Buldogue Inglês, Buldogue Francês, Boxer e Shih Tzu, entre outros. No mundo felino, raças como Persa, Burmês, Exótico e Himalaio apresentam o problema, e também merecem atenção especial em função disso.
As complicações respiratórias são, sem dúvidas, as mais comuns e notáveis na vida dos cães e gatos com a braquicefalia. A estenose das narinas costuma ser uma ocorrência bastante frequente nos animais de focinho achatado, que ficam com as narinas estreitas demais para respirar normalmente – podendo, até mesmo, necessitar de cirurgias corretivas para contornar e diminuir o problema.
A estrutura que divide as passagens nasais da cavidade oral – conhecida como palato mole – também é bastante afetada pela complicação e, por ficar ‘solta’ na garganta do pet, acaba gerando a produção de um barulho constante parecido com um ronco – notado na maioria das raças com a deformação, principalmente nos Buldogues.
A região da traquéia dos animais com este problema também pode ser bastante estreita em alguns pontos, e isso pode ser extremamente perigoso para a saúde dos pets – influenciando, até mesmo, na dose de anestésicos que o animal deve receber na ocasião de uma cirurgia, por exemplo. É recomendado por veterinários que os cães e gatos de focinho achatado recebam anestesia inalatória, por meio de sondagem traqueal, já que, com este método, é possível ter certeza da passagem de ar nas vias do animal, excluindo parte dos perigos que podem ocorrer com a anestesia injetável.
O excesso de exercícios físicos e o calor extremo também podem ser fatores perigosos para os animais braquicefálicos, que podem ficar ofegantes com o mínimo esforço e ter muitas dificuldades para respirar, principalmente se tiverem excesso de peso ou ficarem expostos ao sol por tempo demais.
Além dos problemas respiratórios, os animais de focinho achatado também podem apresentar alterações na formação dos olhos (que ficam com uma aparência esbugalhada) e na estrutura do maxilar, que acaba com sua parte inferior proeminente, podendo provocar o posicionamento errado dos dentes, causar dificuldade em comer e facilitar consideravelmente o aparecimento de problemas dentários em função do acúmulo de sujeira na região, entre outros.
Por todos os motivos expostos, fica claro que, ao adquirir um novo cão ou gato de uma raça com este quadro, é necessário levá-lo em visitas periódicas a um médico veterinário profissional – garantindo o bem-estar e a saúde do bichinho de estimação e a prevenção de complicações maiores ligadas à braquicefalia.
Matéria validada pelo Dr. Fábio Toyota (CRMV – SP 10.687), Médico Veterinário formado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Unesp e responsável pelo setor de Oncologia Médica e Cirúrgica em Hospital Veterinário de São Paulo. Dr. Toyota é integrante da equipe de veterinários do portal CachorroGato.
terça-feira, 20 de maio de 2014
A temperatura corporal dos animais de estimação
Os cães e gatos, assim como as pessoas, mantém a temperatura do corpo estável e por isso, são chamados de homeotermos. Porém, isso não quer dizer que todos os animais tenha a mesma temperatura do ser humano. Na verdade varia muito. Cada espécie tem uma temperatura diferente. O que é considerado febre para uma criança ou um adulto, pode simplesmente ser a temperatura dos animais. Por isso, é preciso cuidado antes de sair desesperado achando que o peludo está febril. Entender e conhecer a temperatura do pet é essencial para além de evitar sustos, o dono poder oferecer uma temperatura ambiente mais adequada.
Já falamos dos animais homeotermos que também podem ser conhecidos como animais de sangue quente. E as tartarugas, sapos, cobras, jacarés entre outros, o que são? Esses são popularmente chamados de animais de sangue frio e na ciência são chamados de animais pecilotermos. A temperatura deles varia de acordo com a temperatura do ambiente. Se você tem um pet de estimação que é pecilotermo, precisará ter muito cuidado e manter a temperatura do terrário mais estável.
Dos animais de sangue frio, cada espécie terá uma temperatura de ambiente adequada e é necessário fazer uma pesquisa para a espécie que você tem em casa para não errar. Lembre-se que o uso de aquecedores para terrário é praticamente indispensável no inverno. Você pode adaptar uma lâmpada de luz amarela, mas ela precisa ficar distante do animal. Caso contrário, o pet pode se encostar-se à lâmpada para se esquentar e acabar queimado.
Os animais de sangue quente como as aves, cães e gatos, conseguem manter a temperatura independente do ambiente. É claro que em dias muito frios, assim como os humanos, eles podem precisar de agasalhos e em dias muito quentes de um ambiente mais fresco. Porém, a temperatura interna ideal dele não varia.
Veja a temperatura corpórea de alguns animais de sangue quente:
.::. Cavalo: 37,5 - 38,5
.::. Potro:37,5 - 39,0
.::. Boi: 38,5 - 39,5
.::. Vaca: 37,5 - 39,5
.::. Bezerro de seis meses: 39,0 - 40,0
.::. Ovelha e Cabra: 39,0 - 40,5
.::. Porco: 38,0 - 40,0
.::. Leitão até 3 meses: 39,5 - 40,1
.::. Cão grande: 37,4 - 39,0
.::. Cão pequeno: 38,0 - 39,0
.::. Gato: 38,0 - 39,0
.::. Galo e galinha: 41,5 - 42,5
Vale lembrar que quando o cão está muito agitado ou acaba de voltar de uma corrida, por exemplo, essa temperatura pode estar um pouco mais alta, mas em poucas horas se normaliza. Como você pode ver na lista, a temperatura dos animais varia muito de acordo com a espécie e o que é normal para você não é o normal para o seu cão. Por exemplo, uma pessoa que está com 36,5ºC de temperatura está com ela normal. Um cão que está com essa mesma temperatura, está hipotérmico e precisa ser levado ao médico veterinário.
Já o hamster, por exemplo, ter uma temperatura normal entre 36,1 - 37,7 ºC. é mais parecida com a temperatura humana.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Lei Sobre Sepultamento de Animais em Cemitérios é Suspensa Definitivamente
Proposta de Nilton Cândido tinha sido vetada pelo Executivo.
A Lei sobre sepultamento de animais em cemitérios, de autoria do vereador Nilton Lourenço Cândido (PTB) foi suspensa definitivamente, depois de ser considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Diante da decisão do TJ, assinada pelo magistrado Antonio Luiz Pires Neto, em 02 de abril deste ano, o prefeito Geraldo Vinholi decretou a suspensão em definitivo da lei.
A proposta feita por Cândido no ano passado, chegou a ser votada na Câmara, foi vetada pelo Executivo e teve o veto derrubado. Posteriormente, a Administração entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) .
Com a suspensão definitiva, a lei passa a não ter validade e não pode ser colocada em prática.
A Lei consistia em permitir o sepultamento seria de animais domésticos e prioritariamente de estimação de famílias dos concessionários de campa ou jazigo. Ficaria a critério do dono do espaço a utilização para o enterro dos bichinhos que fazem parte da família, conforme afirmava o vereador.
Ainda conforme o texto do projeto, as disposições e regras do serviço seriam deliberadas pelo Serviço Funerário Municipal; entidades particulares poderiam definir regulamento próprio – com uso de campas, jazigos, gavetas ou carneiras.
De acordo com o parlamentar, a propositura de sua autoria cumpre o objetivo de garantir respaldo legal e regulamentar um anseio da população catanduvense.
“Os animais domésticos são considerados membros das famílias, principalmente os cães e gatos, com os quais as pessoas mantêm estreitos vínculos afetivos. Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar o cadáver”, afirmava Cândido na exposição de motivos.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Detalhes que fazem diferença e podem deixar seu gato feliz
Gatos são animais muito limpos, mas precisam de nossa ajuda na organização de seus utensílios facilitando a rotina e atendendo as necessidades e preferências.
Simples detalhes na organização dos pertences na casa podem deixar seu gato muito mais feliz. A localização e a manutenção da caixa sanitária é um ponto importante. Muitas pessoas costumam colocar a caixa sanitária em um local escondido ou próximo ao pote de água e comida do gato. Porém, essa disposição pode afugentar o gato de usá-la ou até mesmo de se alimentar bem ou beber água.
Para um correto manejo e a maior satisfação do felino, a caixa de areia deve estar em um local arejado, mas não frio e que proporcione alguma privacidade ao gato, de fácil acesso e com pouco barulho. O barulho deixa o gato nervoso e ele não vai querer se aproximar.
Coloque em locais diferentes da casa ao menos duas caixas sanitárias. Se tiver mais de um gato, o número de caixas pela casa deverá ser sempre uma a mais do que o número de gatos. Se tiver dois gatos, três caixas devem estar dispostas em locais diferentes.
O uso de odorizadores de ambiente com cheiro forte muito próximos à caixa de areia também pode desagradar o animal, que vai evitar o local. Após higienizar a caixa, enxague bem para retirar qualquer resíduo de sabão ou desinfetante e também o cheiro. Se a caixa não cheira bem a você, certamente não agrada seu gato também. Uma caixa sanitária bem lavada não deve exalar cheiro algum.
O tipo de areia ou sílica usadas na caixa são fundamentais para o correto uso e preferencia. Evite mudanças repentinas no tipo de material usado, pois os gatos tem suas preferencias e demoram a se adaptar a novidades, principalmente se causar algum desconforto. Estudos mostram que a maioria dos gatos preferem areia com granulado fino e textura macia, que realmente reduza o odor. Porém, gatos adultos recolhidos da rua podem ter outras preferências e demorar a se adaptar.
A quantidade de areia na caixa não deve ultrapassar quatro a cinco centímetros e, diariamente, deve-se retirar as fezes e urina da caixa, pois muitos gatos se recusam a usar uma caixa suja e podem eleger outro local da casa como sanitário.
Caso seu gato repentinamente comece a urinar ou defecar fora da caixa e o problema não for de manejo conforme os descritos acima, vale a pena uma observação mais cuidadosa e detalhada. Esse comportamento pode sinalizar algum problema de saúde.
Os gatos são animais muito reservados e demoram mais para sinalizar problemas de saúde. Por isso um dono de gato deve ser atento, conhecer rotina e hábitos de seu animal. Sutis mudanças na rotina podem indicar que algo está errado e que já é hora de consultar o veterinário. Somente após excluir a possibilidade de alguma doença, deve-se pensar em um problema somente comportamental.
(Fernanda Fragata é veterinária formada pela Universidade de São Paulo, é diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Escreve no site de ÉPOCA sobre saúde e comportamento animal às segundas-feiras)
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Festa animal
Comemorar os aniversários do animal de estimação está se tornando um ato comum. Tanto que já começam a surgir empresas especializadas em promovê-los.
Usando um chapéu de festa, Giuseppe chegou em sua festa de aniversário, uma pool party, numa casa no Lago Sul, todo penteado e perfumado. Ansioso, perambulou por todos os cantos do espaço à espera dos convidados. Em pouco tempo, cerca de 30 amigos já estavam presentes. Eles nadaram, correram, se divertiram e, no fim do dia, se reuniram para o parabéns em volta de uma mesa redonda, salivando pelo bolo. Fora o fato de que o bolo em questão era feito de carne, e que a maioria dos convidados tinha quatro patas, a festa de aniversário de Giuseppe, o golden retriever da empresária Bruna Borges, era igual a qualquer outra.
Cachorro ou criança. Não importa. A premissa é simples: quando se trata dos familiares e melhores amigos, comemorar a data do aniversário é um compromisso de afeto. E a tradição não seria diferente quando os amigos em questão são os animais. Mas, enquanto alguns se contentam com um abraço apertado no seu cão ou gato, outros decidem comemorar a data com tudo o que uma boa festa pede: bolo, vela, balão, convidados.
O mercado pet trata de atender a essa demanda de donos apaixonados. No Brasil, além de salões de festas especializados, existem bufês que adaptam as famosas comidas de festas para o paladar animal, serviços de cerimonial, consultoria e transporte dos ilustres convidados. Em Brasília, a marca Theo e Leo (www.theoeleo.com.br) se especializou em elaborar quitutes naturais e sem conservantes para a comemoração, feitos sob encomenda. “Nossos clientes são pessoas que têm o pet como membro da família. A maior procura é pelo bolo naked para cães, os kits de refeição de aniversário e o kit festa completo”, conta a empresária Thais Souza. Com vendas exclusivas pela internet, seu negócio vende pelo menos quatro itens de festa por mês, além de fazer uma média de três festas personalizadas mensais.
Bruna Borges, a dona de Giuseppe e de outros seis cachorros, tem inúmeras festas pets no currículo. Todo ano comemora o aniversário de cada um de seus "filhos", como costuma chamá-los. “Já fizemos uma superfesta com um monte de cachorros na beira do lago Paranoá. Os donos levaram cangas e toalhas para sentar no chão e os cachorros ficaram nadando no lago. Levamos petiscos para eles e comidas para nós. No pet shop e aqui em casa já rolaram várias festinhas também. É uma maneira de retribuir tanto amor e carinho que recebo”, relata. Dona de um pet shop, o Kinder Borges, ela tratou de reservar um espaço para as festas. “No mês que vem, faremos um evento para dois cães com direito a muitos convidados, petiscos personalizados, bolo e decoração temática de pirata”, revela.
Mesmo sendo uma prática cada vez mais comum, existe o time dos que não apoiam esse tipo de comemoração, tachando-a como desperdício de dinheiro ou afetação. Apesar disso, os donos dizem que o segredo está na dose: basta não exagerar e aproveitar para agradar aos bichinhos e promover uma confraternização entre os donos.
A bióloga Adriana Borges é dona do maltês Zeca. “Eu e meu marido ainda não temos filhos, então o Zeca é o bebê da família. Está sempre conosco, participa de todos os momentos das nossas vidas. Então, quando ele completou 1 ano, achei que seria legal se oferecêssemos um bolinho especial para que a data não passasse batida”, conta.
Com um investimento de R$ 50, ela convidou um par de amigas que têm cachorros, encomendou um bolo especialmente feito para cães, comprou suco e pão de queijo para os convidados “humanos” e ofereceu petiscos para os demais cachorros que aparecessem na festa, feita no pet shop. “Foi tudo tão simples. Depois do parabéns ele comeu o bolo com os outros cachorros. Na verdade, o cachorro maior, um buldogue campeiro, deu uma bocada e quase foi o bolo todo. Foi muito divertido”, conta.
A empresária Thais diz que nesse tipo de festa imprevistos são normais. “Já aconteceu de um dos ‘cãovidados’ se apaixonar e ficar a festa toda cutucando uma fêmea com o focinho! Também tivemos uma cachorrinha de pequeno porte que conseguiu pular na mesa do bolo e tentou devorar tudo”, lembra.
Thais alerta que o evento deve levar em consideração a personalidade do animal. “O sucesso da festa pet é não forçar o bicho a uma situação à qual ele não esteja habituado, por exemplo, convidar vários pets e o aniversariante ser um animal que não é sociável”, alerta. Outros cuidados básicos são essenciais. Enfeites não comestíveis, que podem ser devorados pelos convidados, devem ser evitados. Balões de festa também são dispensáveis, uma vez que, quando estouram, irritam os ouvidos sensíveis dos animais, que podem ficar assustados ou agressivos. Pelo mesmo motivo, música alta também não é recomendada. Por fim, a regra principal: bolo de verdade, brigadeiro e docinhos não são comidas para animais e não devem ser oferecidos para os bichos.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Placa de identificação para pets: importância e cuidados
Entenda o que leva o seu animal de estimação a fugir e compreenda a importância da placa de identificação para pets.
Um cachorro é popularmente conhecido por sua lealdade para com o seu dono, mas mesmo assim, por muitas vezes o animal acaba fugindo. Pode-se ter a impressão de que o cão fugiu por falta de amor ou qualquer outro tipo de desavença com o seu dono. Porém, na maioria das vezes isso acontece por puro instinto ou curiosidade do animal, portanto, nesses casos, se faz necessário uma placa de identificação para pets a fim de garantir o retorno seguro do seu amigo.
A placa de identificação para pets não é garantia do retorno do animal, mas é sua maior esperança de reencontro. Uma pequena placa de qualidade não incomoda o animal. Ela deve conter informações básicas (nome do pet e uma forma de contato com o dono) para que alguém possa ajudar o bichinho a retornar para a casa. O uso da placa de identificação para animais de estimação é a pratica mais comum e barata para sanar casos de fugas e desencontros.
Outras informações sobre a perda e identificação do animal
Para quem se mudou para uma casa nova, é importante saber o cão costuma querer voltar para a antiga, pois aquele era o seu lar. Nos primeiros dias é necessário ter bastante atenção e garantir que o portão esteja sempre bem trancado. Se a casa for movimentada, um portãozinho ou um obstáculo pode ser uma boa opção. Durante o passeio é essencial verificar a resistência da coleira e se a mesma está devidamente presa.
Se o pet fugiu, a primeira coisa a fazer é tentar andar um pouco pelos arredores do bairro procurando e coletando informações. Se o caso for uma fuga durante ou depois da mudança, o ideal é voltar para a casa antiga ou tentar fazer um possível caminho que o cachorro possa ter percorrido. É possível que, em outras situações, você acabe encontrando o animal de outra pessoa e nesse caso, é só seguir os procedimentos que você gostaria que fizessem com o seu pet desaparecido. Entre em contato com o dono ou faça um cartaz avisando que você o achou, caso o animal não tenha identificação.
Uma coisa importante sobre a placa de identificação para pets é a maneira que se pode conseguir uma. O dono pode ir ao pet shop e confeccionar uma especial para o cão ou simplesmente fazer uma carteira de identificação para ele, o RGA. Para fazer o RGA do animal é necessário comparecer ao Centro de Controle de Zoonose. Lá a carteirinha do pet será feita adequadamente e o animal receberá uma placa de identificação que deverá permanecer presa à coleira. Os pets agradecem.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Tráfico de animais no Brasil e suas consequências
Até onde um hábito nocivo deve ser preservado como patrimônio cultural?
Uma cena comum no Brasil , e considerada até bonita por muitos, é a da casinha com gaiolas de passarinhos penduradas para fora. Para muitos, essa cena mostra o amor do dono da casa pela natureza e pelos animais. E na maioria das vezes, o amor é real e a pessoa nem imagina as consequências que estão por trás do simples fato de comprar um passarinho em uma feira-livre. No entanto, devido ao imenso volume do comércio ilegal de animais silvestres brasileiros, esse hábito aparentemente inocente acaba sendo responsável por sustentar uma das maiores ameaças à biodiversidade brasileira.
Atualmente, a retirada de espécies selvagens da natureza para suprir o mercado de bichos de estimação é a modalidade de comércio ilegal que mais incentiva o tráfico de animais silvestres no Brasil. Vale lembrar que espécies da fauna silvestre são diferentes das espécies domesticadas pelo homem há milhares de anos. Para que uma espécie passe a ser considerada doméstica (e não amansada ou domada) é necessário que ocorra seleção de certas características, com diferenciação genética e fenotípica, a ponto de se tornar uma espécie distinta da parental, como ocorreu com gatos, cachorros, bois, porcos, etc.
A retirada de animais silvestres da natureza, não apenas gera sofrimento animal, mas pode ter consequências ambientais graves, com ameaça de extinções locais ou extinção da espécie como um todo, até desequilíbrios ecológicos com consequências econômicas.
Os animais mais procurados pelo comércio ilegal para animais de estimação no Brasil são as aves canoras, papagaios, araras, répteis como iguanas e cobras, e pequenos mamíferos, como saguis e macacos-prego. No entanto, as aves são de longe os maiores alvos do comércio ilegal não só pela enorme demanda – é um traço cultural do brasileiro querer possuir aves de gaiola em casa – mas também por sua riqueza e relativa facilidade de captura.
Apesar de ser uma atividade tão relevante, estimativas confiáveis acerca do volume do tráfico de animais no Brasil ainda são escassas. A principal e mais citada fonte de informação publicada ainda é o 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais Silvestres, lançado em 2002, pela Rede de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – RENCTAS. Neste relatório, os autores estimaram que todos os tipos de exploração ilegal de animais silvestres seriam responsáveis pela retirada de 38 milhões de animais da natureza brasileira, número que não inclui peixes ou insetos.
Ainda não existe uma estimativa única oficial, mas diversos números de levantamentos de diferentes instituições governamentais, como, por exemplo, o IBAMA e a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, permitem extrapolações que assustam pelo enorme volume de animais ilegalmente retirados, transportados, comercializados e possuídos: segundo um levantamento realizado pelo IBAMA, em 2002, os Núcleos de Fauna e os Centros de Triagem de Animais Silvestres receberam um total de 44.355 espécimes provenientes de apreensões, sendo que destes, 82,71% eram aves, 13,75% répteis e 3,54% mamíferos. Já de acordo com um levantamento realizado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) do Estado de São Paulo com dados referentes ao ano de 2006, apenas naquele ano e somente no Estado de São Paulo, foram apreendidos pela PMA (excetuando-se então apreensões realizadas pelas polícias Civil, Federal, Rodoviária) 30.216 animais, sendo que destes 26.313 eram aves.
Por fim, em uma tentativa de utilizar metodologia científica para quantificar a atividade de venda ilegal de aves em Recife, dois pesquisadores de Pernambuco analisaram oito feiras-livres na região metropolitana e chegaram à conclusão que apenas as feiras analisadas podem ser responsáveis pelo comércio ilegal de 50 mil aves silvestres por ano, movimentando quase 630.000,00 dólares. Obviamente esses valores variam de forma marcada de local para local, mas basta lembrar que o Brasil tem mais de cinco mil municípios que em sua maioria possuem no mínimo uma “feira-de-rolo” (feira-livre onde também são comercializados animais e mercadorias ilegais) para começar a se ter uma ideia da importância desta atividade ilegal, tanto em termos econômicos quanto ecológicos.
Os principais defensores da manutenção de animais silvestres como animais de estimação alegam que este é um traço cultural do brasileiro e, como tanto, deveria ser preservado. Contudo, a meu ver, culturas são dinâmicas e devem evoluir. Obviamente patrimônio cultural valioso como música, dança, histórias, tradições, receitas, ente outros devem ser mantidos. No entanto, costumes claramente nocivos podem e precisam mudar. Ou alguém argumenta que (guardadas as devidas proporções) escravidão, mulheres que não trabalhavam e não tinham direito a voto, ausência de controle de natalidade, palmadas em crianças, racismo e homofobia deveriam ser mantidos como patrimônio cultural porque um dia fizeram parte dos costumes aceitos em nossa sociedade?
Há uma corrente que propõe que animais silvestres sejam reproduzidos em cativeiro com fins comerciais, o que, de acordo com os defensores desta ideia, não apenas supriria a demanda por animais silvestres de estimação, como criaria uma indústria poderosa, que, entre outros benefícios, criaria empregos, geraria impostos e movimentarias indústrias relacionadas. O argumento é válido e será discutido no próximo texto.
Por agora é importante ressaltar que enquanto discutimos o assunto calmamente, milhares de animais sofrem maus-tratos e nossa biodiversidade está sendo erodida severamente e sem retorno.
FONTES
- Regueira, R.F.S. Bernard, E. 2012. Wildlife sinks: quantifying the impact of illegal bird trade in street markets in Brazil. Biological Conservation (149): 16-22;
- RENCTAS, 2001. 1º Relatório Nacional sobre o tráfico de Fauna Silvestre. 107p.
*Juliana Machado Ferreira é bióloga, com mestrado e doutorado em Genética, Diretora Executiva da Freeland Brasil e colaboradora da SOS Fauna. Nutre uma admiração profunda pela biodiversidade global e um otimismo incorrigível em relação ao futuro da humanidade e de todas as formas de vida.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Como Se Comunicar com seu Gato
Escute seu gato. Ao observar as ações de seu gato enquanto ele mia, será possível distinguir quais miados se associam a determinados pedidos (ou protestos). Alguns miados comuns incluem:
.::. Miado curto: Cumprimento padrão
.::. Miados múltiplos: Cumprimentos animados
.::. Miado meio alto: Pedido por algo como comida ou água
.::. Ronrom longo: Uma exigência por algo
.::. Ronrom meio alto: Uma reclamação ou desgosto
.::. Miado pouco mais baixo do que o meio alto: Implorando por algo como comida
.::. Miado alto: Raiva, dor ou medo
.::. Tagarelar (ficar batendo os dentes rapidamente): Ânimo, frustração
.::. Ciciar (algo entre um miado e um ronrom com crescente inflexão): Cumprimento amigável entre a gata mãe e os filhotes.
.::. Ronrom: Convida para um contato aproximado ou atenção
.::. Silvo: Um sinal sério de agressão.
Observe seu gato. Visto que gatos são mais “fluentes” em linguagem corporal, certos gestos acompanharão vocalizações para reforçar as mensagens.
.::. Cauda para cima com uma volta na ponta: Feliz
.::. Cauda se contraindo: Animado ou ansioso
.::. Pelo na cauda se arrepiando: Muito animado
.::. Cauda vibrando: Muito animado e feliz em ver você
.::. Pelo na cauda se arrepiando enquanto a cauda se dobra na forma de um N: Extremamente agressivo
.::. Pelo na cauda se arrepiando, mas a cauda está baixa: Agressivo ou assustado
.::. Cauda baixa e entre as pernas: Assustado
.::. Pupilas dilatadas: Bastante brincalhão ou animado; também pode ser sinal de agressividade
.::. Piscando lentamente: Afeição, indicando que o gato se sente confortável com quem estiver por perto
.::. Erguendo o nariz e recuando levemente a cabeça: “Eu conheço você.” Gatos sentados na janela podem cumprimentá-lo desta maneira se você passar por ele
.::. Se o gato se esfregar em você, isso significa que ele lhe marcou como propriedade
.::. ”Beijo” de nariz molhado: É um gesto de afeição próprio dos gatos
.::. Orelhas para trás: Medo, ansiedade, ou em um modo muito brincalhão; também usado quando cheiram algo que querem conhecer melhor
.::. Língua saindo rapidamente e lambendo o lábio inferior: Preocupado, apreensivo
.::. Esfregando cabeça, corpo e cauda contra uma pessoa ou animal: Ritual de saudações
.::. Dando-lhe cabeçadas: Amizade, afeição
.::. Cheirando o rosto: Confirmando identidade
.::. Arranhando: Um gato irá lhe arranhar sutilmente como um sinal de felicidade ou de diversão; de qualquer modo, seu gato conhece e ama você
.::. Lambendo você: O maior sinal de confiança. Seu gato pode considerá-lo parte da família, como uma mãe limpando os filhotes. Também pode ser que você apenas tenha algo gostoso na mão.
Converse com seu gato. Como mencionado, gatos estão sempre aprendendo a se comunicar conosco. Quanto mais você se comunica com o gato, mais rápido ele irá aprender.
.::. Use um tom de voz razoavelmente elevado para indicar amizade e um tom de voz mais baixo para indicar desgosto ou agressividade.
.::. Repita a mesma palavra, dormir ou cama, sempre que for para cama. Eventualmente, seu gato começará a associar o som da palavra repetida com suas ações, podendo até entrar no quarto antes de você. Use a palavra banho consistentemente cada vez que estiver pronto para tomar um, e eventualmente seu gato poderá acompanhá-lo ao banheiro e sentar perto da banheira para esperá-lo.
.::. Se você piscar lentamente ao fazer contato olho a olho com seu gato, ele normalmente responderá aproximando-se para ser acariciado. Isto é visto como um gesto pouquíssimo ameaçador.
.::. Seja consistente. Um erro comum que donos de bichinhos cometem é dizer “não” e brincar com o gato ao mesmo tempo. Isso confunde a cabeça do animal. Portanto, se você que seu gato vá embora, um firme “até mais” e um empurrãozinho gentil, sem demonstrar afeição, irá fazer com que o bicho saiba que a presença dele não é desejada no momento. A maioria dos gatos tentará invadir seu espaço pessoal duas ou três vezes, geralmente vindo de direções diferentes. Ao dizer “Até mais”, seja paciente.
.::. Desenvolva um “tom de comando” para usar com seu gato quando ele estiver fazendo algo que você considera errado. Use uma voz que surja naturalmente e que possa ser replicada facilmente, mas que também seja distinta de sua voz comum. Se você usar essa voz seriamente por algumas vezes, seu gato aprenderá a associá-la com a ideia de que ele está causando desagrado.
.::. Faça um rápido e direto silvo ou som de cuspe como um comando de “não”. Isto é semelhante ao som feito pelo próprio bicho para dizer “não”.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Saiba como preparar seu bicho de estimação para o frio
Filhotes e animais idosos adoecem com facilidade nos dias frios, por isso, pedem mais atenção dos donos.
A temperatura cai e você corre para se agasalhar e aquecer a casa, na tentativa de aumentar o conforto e evitar doenças respiratórias como gripes e resfriados. No entanto, se você tem animais de estimação, saiba que os cães e gatos também precisam de uma atenção especial nessa época do ano. Para ajudar você com esses cuidados específicos, o UOL Casa e Decoração dá dicas de como manter seu bichinho aquecido e saudável durante os meses mais frios do ano.
Bem quentinho
– Para saber se o animal está com frio, basta observá-lo. Muitos tremem, enquanto outros se escondem em cantinhos ou se encolhem para dormir, protegendo o focinho entre as patas e o rabo.
– Cães de pelo curto e mais magros tendem a sentir mais frio. Por sua vez, as raças que são naturais de locais onde a temperatura é mais baixa, como o São Bernardo e o Husky Siberiano, são mais tolerantes. Os gatos, por outro lado, gostam de ambientes aconchegantes e quentes em qualquer época do ano.
– Se você tem um pet mais novo ou já velhinho, fique bem atento ao seu conforto e bem-estar nos dias de baixas temperaturas. Filhotes ainda estão em processo de desenvolvimento do sistema imunológico, enquanto nos bichos idosos, as defesas do organismo estão se tornando mais fracas. Então, nesses casos, as doenças respiratórias que seriam facilmente combatidas pelo organismo de animais adultos podem evoluir, por exemplo, para broncopneumonia, um quadro de saúde que pode ser bastante grave.
– É indicado que o animal durma em um local fechado durante todo o ano para não fique exposto às correntes de ar. Mas é importante seguir à risca essa recomendação no outono e no inverno, quando os termômetros despencam durante a madrugada.
– Nesses meses mais frios, recorra a cobertores e mantas para os bichinhos. Porém, evite produtos feitos de lã, porque o tecido favorece o acúmulo de ácaros, o que pode desencadear alergias em animais que já tenham predisposição ao problema. Dê preferência aos confeccionados em tecidos como algodão.
– Aos cães que sofrem com as baixas temperaturas, o uso de roupinhas pode ser uma solução. Porém, é preciso escolher bem antes de comprar. As melhores são as feitas de tecidos naturais, com tamanho adequado ao corpinho do animal para não limitar seus movimentos.
– Os gatos, de modo geral, não se sentem muito bem com roupas ou qualquer outro acessório. Em especial os gatos muito peludos, como os das raças persa ou himalaio, podem até usar roupa, mas o ideal é que não permaneçam com ela o dia todo.
Banho e tosa
– Banhos semanais não são indicados em nenhuma época do ano, porque o processo de higienização pode remover a oleosidade natural da pele que protege os animais de doenças como infecções por bactérias e fungos. Para a maioria dos pets, os banhos a cada duas ou três semanas são suficientes.
– No frio, após o banho, é essencial secar bem os pelos dos animais e evitar que eles saiam úmidos ao vento.
– A tosa deve ser evitada durante todo o período de temperaturas baixas, especialmente no caso dos cães que ficam na área externa da casa. Se necessário, opte pela tosa higiênica (focada nas patas, barriga, região anal e íntima) ou apenas tire um pouco do comprimento em torno dos dedos e da face do cão.
– Animais precisam de mais calorias para manter o metabolismo ativo quando as temperaturas estão muito baixas. Por isso, pode ser interessante fornecer uma alimentação mais calórica. No entanto, antes de trocar a ração ou de escolher complementos alimentares, consulte o médico veterinário responsável por seu bichinho.
– Por fim, para garantir o bem-estar do pet, a vacinação precisa ser mantida em dia. A imunização diminui os riscos relacionados a doenças respiratórias típicas dessa época, como a traqueobronquite infecciosa, também conhecida como tosse dos canis, e a rinotraqueíte, a gripe dos gatos.
Consultoria: Palloma Rose, médica veterinária da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Rubens Antônio Carneiro, médico veterinário da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
terça-feira, 6 de maio de 2014
Você conhece ferret, porquinho da índia e chinchila?
Você está pensando em ter um pet de estimação? Na maioria das vezes, ao se falar em bichinho para ter em casa, cães e gatos são os mais lembrados. Porém, eles ao são os únicos pets que se adaptam bem à família. Há inúmeras opções de animais de estimação que são legalizados e que podem ser um pet mais adequado do que os cães e gatos.
Para ajudar na sua escolha, separamos alguns deles com as suas devidas características, para que você tenha mais opções. Está preparado para adotar um deles?
Chinchila
Características do pet: esse bichinho é muito dócil, higiênico e muito silencioso, ou seja, pode ser um bom companheiro para quem vive em apartamento. Possui pelo denso, é mais ativo à noite, quando brinca bastante. Vive aproximadamente 15 anos, pesa de 300 g a 800 g e mede de 20 a 30 cm.
Cuidados: precisa de alimentação adequada e balanceada. Há ração específica para esse pet. Você poderá oferecer também frutas como pera e maçã. Ele pode ser criado em grandes viveiros apropriados, cheios de luares para que possa se exercitar bastante. Claro que quando você estiver em casa, a sua companhia será sempre bem-vinda e ele poderá ser solto para ficar com você. Ao contrário dos cães e gatos, o banho dado na chinchila não é com água e sim oferecendo um pó próprio para que ele mesmo se banhe.
Ferret
Características: muito rápido e esperto, o ferret também pode ser um ótimo bichinho de estimação. Muito brincalhão e bastante aventureiro, gosta e precisa de atenção. Vive aproximadamente 10 anos.
Cuidados: se alimenta com ração seca apropriada para ele e esporadicamente, podem receber pequenas porções de frutas. Deve ficar sempre protegido do frio e do calor excessivo e se ele for ter uma gaiola para ficar enquanto dorme, essa precisa ser grande e adequada para o animal. Porem, ele não é um bichinho que deva ficar muito tempo preso. Você pode usar a gaiola grande apenas para que ele durma com segurança. Durante o restante do dia, deve ficar dentro de casa com os demais familiares.
Porquinho da índia
Características: com hábitos diurnos, o porquinho pode ser considerado um ótimo bichinho de estimação. Pode ser um pouco arisco quando é mais novinho, mas com o contado diário com o seu dono, ele vai se acostumando ao toque e se torna bastante carinhoso. Vive entre 4 e 7 anos.
Cuidados: se alimenta de ração, frutas, alfafa, feno, legumes e folhas verdes. Além de deixa-lo solto com a família, pode ser oferecida uma gaiola grande e apropriada para que ele possa dormir em segurança. Nesse caso, a gaiola deve ficar protegida do vento, do sol e do calor. De preferência, deve ser mantida dentro de casa. O banho de sol deve ser diário.
Fonte: Milena - Yahoo Contributor Network
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Bichos de estimação ganham áreas nos condomínios
Eles são uns fofos (alguns), fazem a maior companhia - uma sujeira danada, é verdade - e merecem toda a atenção e carinho de quem os cria. Pois bem, pensando no "melhor amigo do homem", a novidade agora entre incorporadoras e grandes condomínios - a maioria tipo clube - é destinar uma área reservada para cachorros.
Os chamados "pipi-caca-dog" ou "pet play", na opinião do arquiteto Antônio Caramelo, é "uma grande sacada", tendo em vista o número de animais que existem no país. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21 milhões de gatos.
"E os donos deles estão dispostos a pagar pelo conforto dos seus melhores amigos. Aqui na Bahia o pet play ainda é novidade, mas acredito que é uma tendência que veio para ficar".
Caramelo destaca que o item é ainda uma questão de segurança, já que morador não precisa sair do edifício onde mora com o animal. "Eles podem passear e brincar com seus animais com maior comodidade, segurança e conforto", afirma o arquiteto.
Sem estresse
Gerente-geral do Le Parc Residential Resort, na avenida Paralela - condomínio com 18 torres, 1.138 unidades e cerca de 200 animais cadastrados - Cristiano Muller acredita que, diariamente, uma média de 60 cachorros devam utilizar o espaço, com 30 m².
"Lá tem areia, grama, brinquedo, obstáculo. É bom, pois possibilita que o animal se solte, gaste energia, não fique estressado dentro do apartamento".
De acordo com a gerente comercial da Via Célere, Sabrina Mota, com 17 m², o "pet play" do Première Jaguaribe - entrega este mês - prevê túnel (com 280 cm de comprimento) e pneu com regulagem de altura.
"O espaço vai ficar ao lado do parque infantil, o que deve permitir uma maior interação dos animais com as crianças", diz.
Administradora do Elegance Garibaldi Condomínio Clube - quatro torres, 31 pavimentos, cada) -, Elane Santos conta que para fazer a manutenção do local, pelo menos uma vez ao dia, "um funcionário o lava com água, sabão e vassoura".
"Também realizamos desinsetização periódica e o combinado é que cada morador recolha os dejetos do seu animal. A aceitação do espaço aqui é muito grande", conta Elane.
Com 80% das obras concluídas, o empreendimento Morada das Águas, em Buraquinho (Lauro de Freitas), vai contar com nada menos que cinco "cantinhos do melhor amigo", como foi intitulada a área.
Uma para cada torre, como explica Francisco Emílio, sócio-diretor da MFP Construtora. "As pessoas estão cada vez mais isoladas, solitárias e o cachorro faz uma grande companhia. É uma ideia e tanto", diz Emílio.
Cuidados com o espaço para os animais:
Segurança e comodidade
Com “pet play” ou “pipi caca dog”, o morador não precisa sair do edifício onde mora para passear com o animal de estimação
Saúde do animal
Segundo o administrador do Le Parc, Cristiano Muller, a área possibilita que o bicho “se solte, gaste energia e não fique estressado dentro do apartamento”
Manutenção do local
A limpeza do local deve ser feita pelo menos uma vez ao dia, com água, sabão e vassoura. Além disso, cada morador tem de recolher os dejetos do seu animal
Preocupação sanitária
Para uma melhor higiene do local, é necessário também realizar desinsetização periódica, combatendo pulgas e carrapatos
Ser social
Segundo o médico veterinário Stéfano Lima, que trabalha com clínica comportamental (ou zoopsiquiatria), cachorro é um ser social e precisa ser estimulado, correr, ter contato com outros animais
Demanda
Segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21 milhões de gatos
Fonte: A Tarde
sexta-feira, 2 de maio de 2014
O que fazer quando o animal morre?
Em média, os cães vivem por aproximadamente 12 anos, mas existem casos de animais que chegam aos 20 anos de idade e sem problemas de saúde. A única certeza que se tem é a de que um dia chegará o momento em que o dono terá que dar adeus ao seu companheiro. Durante os anos de convívio, criam-se muitos laços afetivos com o animal, fazendo com que esta hora seja muito dolorida.
Segundo a psicóloga Carolina Torres, no caso de crianças que passam pouco tempo com os pais ou de adultos que optam por não ter filhos, o drama vivido ao perder o cachorro é similar a morte de um parente próximo. O luto neste caso passa pelas 5 fases: negação, raiva, tristeza (que pode chegar a depressão), culpa e a aceitação da perda. No caso das crianças, o ideal é dar a oportunidade para compreender o que está acontecendo com o animal. Normalmente as crianças reagem com mais naturalidade do que os adultos, dando carinho, tendo compaixão, sem culpa ou pena, sendo até mais cuidadosas nos últimos momentos de um bichinho do que alguns adultos conseguiriam ser.
A professora de Inglês, Érica Pucci, viveu este triste momento recentemente quando perdeu a sua pitbull Cailín. A cadelinha de Monte Verde que foi vítima de maus tratos e vivia na rua, apesar de ter 'donos', foi adotada por Érica em 2010. Ao longo de quase três anos as duas tornaram-se inseparáveis. Em julho deste ano, por conta de uma cirurgia para a retirada de um tumor, Cailín pegou uma bactéria oportunista que provocou falência renal. "Ela precisou ser eutanasiada, o que me causa grande culpa até hoje. Estava tão abalada com a situação toda, que não me recordo bem como foi a decisão de permitir ao veterinário que a prefeitura a levasse e não fazer a cremação particular ou enterrá-la. Outro arrependimento esse". Tanto Érica quanto seu outro cão, Pacheco, sofreram muito com sua ausência. E pensando nele, outros dois cães foram adotados.
Não é somente o lado psicológico que precisa de auxílio nessas horas, o lado burocrático também merece atenção. A veterinária Geovana Angelico explica as opções que existem para este momento: "Se seu animal morrer em uma clínica, cabe ao veterinário informar ao dono as possibilidades que ele tem. Alguns locais particulares até oferecem o serviço de remoção e salas para velar o animal. E para quem pensa em enterrar o cão no quintal, um aviso: este procedimento pode contaminar lençóis freáticos, solo ou até transmitir doenças". Confira quais são os serviços oferecidos gratuitamente e os pagos:
Cremação coletiva da prefeitura
O que fazer? - Leve seu animalzinho até uma clínica veterinária que aceite encaminhá-lo para o Centro de Zoonoses. Algumas clínicas cobram taxas para receber e armazenar estes animais, mas o serviço de cremação é gratuito.O que é feito com o animal? - Os animais são colocados juntos em um incinerador (como os usados em cremações humanas) e no final do procedimento as cinzas são descartadas. Por ser uma cremação coletiva, os donos não têm a opção de ficar com as cinzas de seu pet depois.
Cremação particular
O que fazer? - Ligar para o estabelecimento especializado e pedir a remoção (caso necessário), ou levar o animal até o local. Algumas empresas possuem planos em que o pagamento pode ser parcelado com o animal ainda em vida.
O que é feito com o animal? - Depois de ser velado, o cão é levado ao incinerador. Após o procedimento, o dono recebe as cinzas em uma urna - escolhida dentre uma enorme variedade de modelos, tamanhos e preços. Os preços, apenas da cremação, podem variar entre R$ 500,00 e R$ 1.300,00.
Enterro
O que fazer? - Ligar para o estabelecimento especializado e pedir a remoção (caso necessário), ou levar o animal até o local. Algumas empresas possuem planos em que o pagamento pode ser parcelado com o animal ainda em vida.
O que é feito com o animal? - Depois de ser velado, o cão pode ser sepultado com caixão de madeira, papelão tratado ou manto de algodão (pode ser um lençol). O local recebe uma lápide com o nome, data de nascimento e morte do animal e o jazigo recebe jardinagem completa. O valor varia entre R$ 900,00 e R$ 1500,00 e a manutenção anual fica em aproximadamente R$ 130,00.
Projeto de lei autoriza o sepultamento de animais em cemitérios públicos
Este projeto de lei, de autoria dos vereadores Roberto Tripoli (PV) e Antonio Goulart (PSD), prevê que o animal de estimação possa ser enterrado no jazigo ou túmulo de cemitérios municipais, desde que sua família humana tenha um.
Como consta no projeto: "Os animais domésticos atualmente são considerados membros das famílias humanas, principalmente os cães e gatos, com os quais as pessoas mantêm estreitos vínculos afetivos. Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar o cadáver".
O vereador Tripoli ainda acrescenta: "Não vai ter nenhuma cerimônia, não vai ter velório, apenas o sepultamento. Se o dono do animal e do jazigo quer assim, devemos atendê-lo. Se o animal é o melhor amigo em vida também pode ser na morte".
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