segunda-feira, 14 de julho de 2014
Animais de estimação estão vivendo mais e melhor
Estudo feito por um hospital veterinário de São Paulo revelou que a estimativa de vida dos animais dobrou nos últimos 10 anos.
Estima-se que atualmente no Brasil existam 31 milhões de cães e 15 milhões de gatos domésticos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a segunda maior população de cães e gatos do planeta é do Brasil. Os animais de estimação que antes eram vistos como guardiões de casa, hoje são integrantes da família e estão ultrapassando as barreiras da idade vivendo cada vez mais.
Um estudo feito por um hospital veterinário de São Paulo revelou que a estimativa de vida dos cães e gatos dobrou nos últimos 10 anos. Uma década atrás, um cão vivia geralmente até os nove anos. Hoje, chega facilmente aos 18, da mesma forma como os felinos. "Eu já atendi um cachorro de 22 anos e fiz algumas cirurgias em animais de 16, 18 e 19 anos", conta a médica veterinária Isadora Apude Belletti.
De acordo com Isadora Apude, um conjunto de fatores justifica essa longevidade da vida dos bichinhos. Cada vez mais cercados pelos cuidados dos donos, ela explica que a ligação entre animal e proprietário mudou muito nos últimos anos. "Antes o lugar do animal era só no quintal para proteger a casa, agora o cachorro, por exemplo, é criado como um filho, ele está dentro de casa, criou-se um núcleo de afeto bem maior", afirma.
Tratamentos veterinários específicos para cada espécie, alimentos próprios e com maior qualidade, vacina, banho, tosa e exames, esses são outros pontos levantados pela médica veterinária que justificam a estimativa de vida do pet. "É gratificante ver o seu animal se alimentando bem e ser bem cuidado. A alegria que o bichinho nos proporciona compensa todo o cuidado e gasto para manter uma boa qualidade de vida para ele", diz Isadora.
O melhor amigo
Na casa do aposentado Eduardo dos Santos, 64 anos, o cachorrinho Toby já deixou de ser o melhor amigo do homem para se tornar um integrante da família. Com dezoito anos, pelos grisalhos, passos lentos e tortos, o animal da raça poodle acompanhou muitas mudanças do lar que o escolheu como animal de estimação.
Foi em Manaus, capital do Amazonas, onde Toby com seu jeitinho de olhar conquistou o coração de Eduardo. "Estava com minha esposa e meu filho mais novo, quando decidimos comprar um cão. Quando vimos aquele pretinho, logo apaixonamos pela forma dele olhar. Desde então, ele está conosco para todo lugar que vamos", conta o aposentado.
Depois de presenciar mudanças de cidades, casas, apartamentos, casamentos dos três filhos do dono e o nascimento dos netos, Toby enfrenta agora uma fase que animais de todas as espécies enfrentarão: a velhice. Um cachorro torna-se idoso quando atinge 75% de sua expectativa de vida e, em geral, não é fácil conviver com totós na terceira idade.
"Os sintomas da idade apareceram faz pouco tempo, há um ano e meio. Mesmo enfrentando a cegueira de um olho, o problema de surdez e um câncer na pele, o Toby continua forte e não deixou de passear duas vezes ao dia", revela Eduardo. Para ele, o cachorrinho pode até ter pouco tempo de vida, mas se tornará sempre presente na história, "dezoito anos é uma vida!".
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