quinta-feira, 20 de agosto de 2015

4 comportamentos felinos com explicações curiosamente maléficas


Gatos são animais muito inteligentes. Alguns de seus comportamentos, sobre os quais nem pensamos muito, na verdade mostram o quão manipuladores eles podem ser (e não dizemos isso com desprezo aos felinos, mas sim com a maior admiração possível).

A ciência descobriu coisas interessantes sobre esses nossos companheiros queridos. Por exemplo:

4. O miado dos gatos pode imitar o choro de um bebê humano

Os gatos têm muitas maneiras diferentes de se comunicar, mas o miado é sua vocalização mais comum. Gatos domesticados podem miar para dizer a seus donos que estão com fome, para pedir atenção etc.

No entanto, longe do som unidimensional que os cães usam para se comunicar, os gatos são como equalizadores capazes de ajustar os tons de seus miados para receberem a resposta que esperam.

Um estudo feito por Karen McComb, ecologista comportamental da Universidade de Sussex, no Reino Unido, mostrou que as pessoas podem subconscientemente dizer a diferença entre um miado normal, e um miado que solicita alguma coisa (como comida), apenas ouvindo clipes de diferentes felinos em diferentes situações.

Os participantes do estudo disseram que os sons de miados que solicitavam algo soavam mais urgentes e menos agradáveis do que um miado normal, como os gritos de um bebê humano quando está com fome, por exemplo.

De fato, pesquisas têm demonstrado que o miado de um gato por comida ou atenção compartilha uma similaridade notável na frequência com o choro de um bebê. Não é coincidência – os gatos provavelmente aprenderam a fazer esse som porque dá resultado.

Usando seus conhecimentos em propaganda soviética subliminar, gatos ajustam seus ronronares e miados para incluir esta frequência que, em seguida, solicita que os seus proprietários reajam mais rapidamente. Como nossos animais bem treinados, nós respondemos imediatamente, não só porque o som é irritante para nós, mas também porque estimula o nosso instinto natural de nutrir qualquer coisa que soa como nossos filhos.

3. Seu gato pode deixar seu cocô descoberto como um ato de dominância

Uma das principais vantagens de possuir um gato é que ele instintivamente faz cocô em caixas de areia, cobrindo-o em seguida, eliminando seus resíduos de forma organizada e limpa.

Esse comportamento não vem de um TOC dos felinos. Antes, quando eles não eram domesticados, enterrar seu cocô impedia que seus inimigos o detectassem.

E ainda há outra dimensão do cocô de gato: ele é deixado descoberto somente pelo felino dominante, ou pelo animal que quer desafiar o felino dominante do grupo.

Então, se por um acaso o seu gato não se preocupou em cobrir seu cocô na sua casa… Hum, é isso mesmo que você está pensando.

Alguns animais deixam intencionalmente sua caca descoberta ou em locais bem visíveis (como no tapete de entrada), e esse comportamento pode ter o objetivo de comunicar-nos que eles são o membro dominante da família, e que este território é deles. A atitude é mais comum em casas com mais de um gato.

No mundo maluco da política felina, fezes agem como bandeiras que ditam claramente os limites do domínio de cada animal. Faz sentido que seu bicho de estimação pense que ele manda na casa, pois é isso que de fato acontece.

2. Um gato pode se esfregar em você para dizer que você é dele

Em comparação com cães, que pulam, lambem e se agitam freneticamente quando estão nas proximidades de seus donos, gatos são animas um pouco mais reservados e difíceis de se ler.

Isso não significa que eles não tenham comportamentos sociais que sinalizem conforto e familiaridade. Por exemplo, quando os gatos se esfregam em seus proprietários, eles estão usando seu cheiro para “marcar território”, dizendo que aquele humano é seu.

Os gatos, como muitos outros animais, liberam ferômonios que são usados principalmente para se comunicar com outros gatos sobre temas como identidade, disponibilidade sexual e apropriação territorial. As glândulas mais ativas e importantes que um gato utiliza para enviar essas mensagens estão localizadas na sua cauda, na lateral do seu corpo e no seu rosto.

Assim, quando um gato esfrega-se contra suas pernas ou desliza seu rosto ao longo de sua mão, ele está te envolvendo com estas glândulas, a fim de deixar seu aroma único em você.

Aquele cheiro comunica a todos os outros animais na vizinhança que você e seu gato “estão juntos”. Gatos também podem ter esse contato físico com outros felinos (quando eles esfregam suas caudas uma na outra, por exemplo, isso pode significar que eles estão trocando aromas para se sentirem mais confortáveis um com o outro dividindo o mesmo território).

1. Seu gato lhe traz animais mortos para lhe ensinar a caçar

Não importa quantas roupinhas fofas você coloque em seu gato, ele não vai se transformar em um verdadeiro lorde ou lady. Ele ainda vai trazer animais mortos sangrentos para dentro de casa.

Isso não significa que os felinos são assassinos frios. Há uma razão mais profunda, evolucionária, por trás desse comportamento: gatos se tornaram predadores altamente eficientes ao longo dos anos, com seus dentes afiados, garras retráteis, patas amortecidas para rastejar silenciosamente, visão noturna, velocidade e agilidade. Apesar da sua domesticação, esses animais mantiveram até hoje seus instintos de caça, bem como a sua capacidade de digerir carne crua.

Eles aprendem a caçar com suas mães. As gatas educam sua cria gradualmente, começando por trazer para casa presas mortas para os gatinhos comerem. Só quando eles estão prontos é que a acompanham em uma “viagem selvagem através de alimento”.

Uma vez que as gatas são mais suscetíveis a trazer presas para casa, a explicação mais provável para este comportamento é que elas estão tentando ensinar a você, reles humano péssimo em capturar animais, suas excelentes habilidades de caça. Também é possível que os animais estejam meramente lhe dando um presente, mas parece mais provável que a atitude se relacione com seus instintos caçadores reprimidos pela domesticação.

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