segunda-feira, 26 de abril de 2021

Como preparar o lar para chegada de um filhote?


 
Médica-veterinária lista sete dicas para receber o novo membro da família em casa

A chegada de um filhote ao lar é repleta de descobertas e alegrias, mas esse momento mágico pode se tornar caótico, caso o tutor não esteja preparado para a fase de adaptação do jovem animal, afinal neste período pode ocorrer os choros noturnos e mobílias e itens de decoração podem se tornar os alvos preferidos do cãozinho.

Por isso, é fundamental preparar o ambiente, as atividades e a rotina do novo membro da família. Para facilitar esse momento de adaptação a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Fernanda Ambrosino, listou sete dicas para que o processo ocorra de forma mais tranquila e com bem-estar tanto para o cão quanto para a família, afinal tudo será novidade.

.:. A hora de dormir

As primeiras noites costumam ser desafiadoras, pois o filhote estava habituado ao convívio com a mãe e seus irmãos. Por isso, é comum que o cão sinta medo e um certo desconforto no novo ambiente. O indicado é preparar um espaço especialmente para o pet, que seja confortável e próximo ao tutor, especialmente nos primeiros dias, isso auxiliará o filhote a se sentir mais confortável e a ganhar confiança fazendo com que ele se sinta seguro no ambiente.

.:. É hora de aprender

Com o animal já familiarizado é hora de investir na educação. É nesse momento que os tutores devem mostrar ao filhote o que ele pode ou não fazer. O animal jovem, entre a 3ª e 16ª semana de idade aprende com facilidade e está aberto a novas possibilidades. Por isso, essa é uma fase fundamental para mostrar ao cão todas as situações que podem ser desafiadoras para que ele se adapte e seja possível evitar problemas comportamentais futuramente. É imprescindível que ele seja ensinado sobre as rotinas básicas. Essa fase é ideal para fazer pequenos treinos, mostrando ao animal como se comportar em situações comuns da vida dele, como a hora do passeio, visitas em casa, barulhos desconhecidos, contato com outros animais, idas ao veterinário, entre outros.

.:. Protegendo a mobília

Seja por excesso de energia ou pela troca dos dentes de leite, morder e roer são comportamentos naturais dos filhotes. Por isso, nesta fase, mobílias e itens de decoração podem se tornar alvo dos pets, especialmente quando estão sozinhos. Para evitar esse problema é preciso realizar o enriquecimento ambiental e redirecionar a atenção do animal para o objeto adequado. Os brinquedos inteligentes são ótimos aliados para distrair os cães.  Existem itens especiais que permitem deixar petiscos escondidos, o que garante entretenimento para os pets durante o período. Outra dica é selecionar alguns brinquedos para esse momento, itens especiais que não ficam à disposição do animal o tempo todo, só no momento em que estão sozinhos, assim a novidade estimulará a distração do pet.

.:. Ensine onde é o banheiro do pet

Esse é um dos maiores desafios da adaptação dos jovens animais, pois durante o processo, vasos de plantas, tapetes, móveis e até mesmo as rodas do carro costumam ser alvo dos pets, o que causa uma série de transtornos. Por isso, o tutor deve determinar um local de fácil acesso e higienização para ser o “banheiro” do pet. O uso de tapetes higiênicos pode auxiliar e aumentar as chances de acertos no início do processo de aprendizado. Quando o animal fizer suas necessidades fisiológicas no espaço certo, o tutor pode usar recompensas como carinho ou petiscos, isso fará com que o pet comece a compreender que aquele é o comportamento adequado. Vale ressaltar que no começo é normal que o pet faça xixi no local errado, por isso essa é uma fase que necessita de paciência.

.:. Sociabilização

Outro ponto importante para adaptação dos filhotes é a sociabilização, que deve acontecer no período entre a 3ª e 16ª semana de vida, período em que o animal está mais propenso e aberto a aceitar novidades. O ideal é que o filhote seja apresentado, de forma gradual e positiva a diversos estímulos, como pessoas diferentes, transporte, ida ao médico-veterinário, manipulação, outros animais, objetos e barulhos. Assim, ele vai se adaptar mais facilmente a essas situações e se tornar um adulto mais bem preparado para conviver com elas.

.:. Visitas ao veterinário

Os filhotes precisam ser vacinados na 7ª, 10ª e 13 semanas de vida, ou de acordo com as orientações do médico-veterinário para ficarem protegidos contra as principais doenças infecciosas que acometem os cães. Muito importante também, fazer as vermifugações na 3ª, 6ª e 9ª semana de idade para ficarem protegidos contra as principais verminoses dos cães. Um outro cuidado fundamental é iniciar o controle de pulgas e carrapatos para livrá-los destes parasitas que podem causar doenças nos pets e muitos transtornos aos tutores devido ao difícil controle após a instalação da  infestação nos pets e nos ambientes onde vivem.

.:. Ambiente

Durante esses dias desafiadores da chegada do filhote, seu animal de estimação pode enfrentar uma mudança em seu ambiente. Essa mudança é difícil para nós, mas também cada vez mais difícil para os animais de estimação. Por isso,  garantir que seus animais de estimação estejam o mais livres de estresse possível é indicado. Para esses casos, o uso de feromônios na forma de difusor ajudam os filhotes a se sentirem tão confortáveis e seguros com sua nova família quanto se sentiam com sua mãe e se já possuir um animal adulto no ambiente, o feromônio ajudará também na adaptação do animal adulto com o filhote.

Sobre a Ceva Saúde Animal

A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção. Mais informações em: www.ceva.com.br.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Alimentação errada reduz expectativa de vida das calopsitas pela metade


 
Na maioria das vezes, as aves pet são alimentadas com mix de sementes pouco nutritivas e que apresentam alto teor de gordura, causando complicações no fígado e problemas renais

A alimentação é um dos fatores mais importantes para a qualidade de vida de um pet. No entanto, o manejo inadequado pode passar despercebido em muitos lares brasileiros. Embora as aves pet estejam se popularizando cada vez mais, ainda há muita desinformação sobre as melhores práticas para promover a saúde das aves.

Um exemplo disso é a calopsita, ave doméstica dócil que pode desenvolver várias doenças em decorrência da dieta inadequada. De acordo com a médica veterinária Karoline Lelis, que é especialista em atendimento de aves, na maioria das vezes as calopsitas são alimentadas todos os dias basicamente com mix de sementes, contendo painço, aveia, sementes de girassol, entre outras. Essa rotina reduz consideravelmente a expectativa de vida do animal. “A calopsita pode chegar a 30 anos, só que, com alimentação errada, vemos calopsitas que não chegam nem aos 10 anos de vida em cativeiro, por conta do excesso de gordura”, alerta a médica veterinária.

Isso ocorre porque as sementes apresentam alto teor de gordura e poucos nutrientes. Dessa forma, a alimentação inadequada desencadeia complicações no fígado e doenças renais, entre outros problemas. “A Alimentação errada pode trazer vários tipos de deficiência, pode deixar o empenamento ruim, trazer um problema de fígado, de colesterol. As aves podem esconder muito os sintomas, aparentemente podem parecer que estão bem, mas alguns órgãos já podem estar sofrendo com esse tipo de alimentação”, diz Karoline Lelis.

Outro perigo muito comum, segundo Karoline, é a oferta de alimentação humana para as aves, como pães e biscoitos. Esse é um erro grave porque o sódio, o açúcar e outros ingredientes contidos nos produtos para humanos são altamente tóxicos para as aves. “No longo prazo, isso vai fazer com que a ave realmente tenha problemas sérios, principalmente de desnutrição, e isso não significa uma ave magra. Desnutrição significa faltarem nutrientes adequados para ela sobreviver. Muitas vezes, a ave vai estar gordinha, mas ela está desnutrida”, explica a médica veterinária.

Qual é a alimentação correta para aves pet?

A dieta das calopsitas deve ser composta por ração extrusada indicada para cada espécie e, de preferência, o tutor deve optar por uma ração sem uso de corante. “Se ela tiver uma coloração natural, a ração não vai ter aditivos que podem com o tempo fazer mal à saúde das aves”, explicou Karoline durante entrevista ao Psitacast, podcast especializado em saúde de aves.

A dieta deve ser baseada em ração extrusada, complementada diariamente com verduras e legumes, especialmente por folhosas, como couve, espinafre e almeirão, além da oferta de algumas frutas, porém em menor quantidade. Há alimentos proibidos como alface, que provoca diarreia em calopsitas, e abacate – fruta tóxica para a ave, podendo levar a calopsita ao óbito.

Em último lugar e com menor frequência, é permitida ocasionalmente a oferta de mix de sementes para as aves. “Todas as sementes vão ter um teor elevado de gordura, então elas devem ser sempre oferecidas como petisco, como coadjuvantes na alimentação, e não como uma base alimentar”, explica a especialista. Segundo Karoline, as sementes podem ser oferecidas uma vez por semana ou até a cada 15 dias, recomendação que vai variar a depender da rotina de atividades do animal.

Outra recomendação é adquirir sempre produtos embalados, em detrimento de rações e sementes a granel, para reduzir o risco de contaminação com microrganismos e micotoxinas que podem prejudicar a saúde da ave. Todas essas orientações sobre alimentação também podem ser aplicadas na rotina de outros psitacídeos, como agapornis, periquitos, papagaios, ring neck, entre outras espécies de aves pet.


terça-feira, 13 de abril de 2021

Proteja seu animal! Tome os cuidados corretos com os pets no outono



Problemas respiratórios, oftalmológicos e nas articulações estão entre os principais casos

O outono já começou e é caracterizado por dias mais curtos, com temperaturas frias principalmente à noite e sensação de ar mais seco. Em vista disso, durante a estação, a procura por consultas veterinárias tendem a aumentar em 30%, sendo os casos mais comuns problemas respiratórios, oftálmicos e articulares.

Para cuidar da saúde do seu pet, veja algumas dicas de cuidados durante esta época:

1. Cuidados com os olhos

Ressecamento e irritação da mucosa ocular são os registros mais comuns da estação. Faça sempre a limpeza dos olhos dos pets com água limpa ou solução fisiológica. É importante ficar atento a qualquer alteração para que o animal não venha a ter uma conjuntivite.

2. Dores nas articulações

Os animais seniores ou acometidos por problemas osteoarticulares podem sentir maior sensibilidade ou desconforto no outono. Sintomas de doenças crônicas articulares, como a osteoartrose, podem surgir. Fique alerta em relação à dores nas articulações ou coluna do seu pet. Para prevenir, é importante fornecer uma alimentação rica em proteínas e com protetores articulares (condroitina, glicosamina, colágeno) em toda a vida dos pets para que não venham a sofrer com essas afecções ao envelhecer. Caso perceba alguns desses sinais, procure o médico-veterinário.

3. Evite aglomerações


Vírus e bactérias do aparelho respiratório são também transmitidos pelo ar e cães e gatos podem ser contaminados, e, consequentemente podem gerar enfermidades para terceiros.

4. Cuidado com a gripe

A baixa umidade é comum nesta época o que aumenta a propagação de doenças respiratórias causadas por vírus ou bactérias. As mais comuns são a traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como tosse dos canis, e a rinotraqueíte infecciosa, causada pelo vírus HFV-1, que acomete os gatos. Animais filhotes e idosos são os mais afetados acompanhados dos pets com focinhos mais curtos - como é o caso dos cães da raça Pug e dos gatos Persas. Os sintomas são semelhantes aos da gripe humana, como tosse, febre, coriza, espirros e falta de apetite.

O que pode auxiliar na regressão desses problemas é o uso de inalação, orientada pelo veterinário. Uma dica caseira que também pode ajudar na hidratação das vias aéreas é colocá-los dentro do banheiro quando alguém estiver tomando banho. Eles inalarão o vapor da água e ficarão menos estressados.

5. Cuidados com a alimentação e hidratação dos pets

Para manter a imunidade alta, é necessário cuidar da alimentação e da hidratação. É importante oferecer alimentação de qualidade, rica em nutrientes, que ajude a mantê-los saudáveis.  Nos dias frios, os animais tendem a diminuir a ingestão de água. Por isso, mantenha sempre água limpa e fresca à disposição e ofereça alimentos com maior umidade, como é o caso de sachês e patês completos e balanceados, para aumentar ainda mais a ingestão hídrica dos pets.

6. Cuidados com pulgas e carrapatos


Nessa estação do ano, como as folhas e pastagens estão mais secas, as parasitoses tendem a se proliferar, aumentando as infestações. Tenha cuidado com os locais que seu pet passeia e mantenha-o sempre imunizado contra os endo e ectoparasitas.

7. Vacinação em dia

Mantenha a vacinação dos cães e gatos em dia. Os pets precisam ser imunizados anualmente contra diversas afecções. Essa prática é imprescindível para os manter protegidos e para proteger os demais animais à sua volta.

Kelly Maiara Lopes Carreiro é Médica - Veterinária da Special Dog Company

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Como mudar com seu pet para o exterior


 
Cristina Maya dá dicas de como proceder para levar seu bichinho de estimação na mudança para outro país
“Animal de estimação é como um filho”. Quem tem gato, cachorro, passarinho, peixe, qualquer um desses animais que podem ser criados em ambiente doméstico faz essa afirmação. Não à toa é animal de estimação.

Mas e quando o tutor resolve mudar de país? Cristina Maya, influenciadora digital, criadora da marca Vamu Ver!, afirma nas suas plataformas digitais que o planejamento deve ser redobrado numa mudança de país quando se tem um pet, terminologia em inglês para animal de estimação.

Sem exageros, Cristina ressalta que é preciso providenciar os documentos de transferência do animal antes mesmo da própria documentação. E ainda avisa que o custo pode ser alto.

A pessoa que deseja levar seu pet na mudança para outro país, para a Europa por exemplo, precisa passar por dois processos distintos. O primeiro é o clínico e envolve levar o animal a uma clínica veterinária para colocação de um microchip que vai conter todos os dados do animal e também dos tutores. O segundo passo é providenciar a vacina antirrábica. “Alguns países como o Brasil, infelizmente têm incidência de raiva, que pode ser passada para humanos. Portugal tem um controle muito rígido e é necessária a comprovação da vacinação”, adverte a tutora dos animais.

Na sequência, o tutor deve providenciar a sorologia antirrábica, exame que vai comprovar que o animal está imune a essa doença. No Brasil, esse procedimento é feito no Núcleo de Pesquisas em Raiva, do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

Outro procedimento importante é a desparasitação interna e externa para detectar se o animal tem pulgas, carrapatos ou algum problema de pele. “Em Portugal há uma perícia veterinária no aeroporto e se o animal tiver algum problema desses pode ser proibido de entrar no país”, alerta. Uma avaliação de saúde do animal por um veterinário é necessária para que seja emitido um laudo atestando que o bichinho tem boa saúde e está apto a fazer uma viagem aérea. Cristina ainda ressalta que essa perícia veterinária no aeroporto de destino precisa ser agendada com antecedência. Ela ainda salienta que o país só aceita a entrada de cães, gatos e/ou furões. “Não adianta querer trazer cobra, lagarto, peixe, passarinho que esses animais não são aceitos. Uma vez, um inscrito fez uma pergunta inusitada, se podia trazer um galo no avião, eu fiquei sem entender se era uma brincadeira ou se ele tinha a intenção de trazer um frango assado para degustar”.

O segundo processo é o burocrático e envolve contato com dois órgãos públicos. A Vigiagro – Vigilância Agropecuária Internacional, braço do Ministério da Agricultura brasileiro, que vai providenciar o CVI (Certificado Veterinário Internacional), documento de sete laudas com todas as informações sanitárias do animal. E a DGAV – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, ligada ao Ministério da Agricultura de Portugal, que vai receber essa documentação e analisá-la se está em conformidade com a legislação do país para admissão de animais.

Feito tudo isso é só comprar a passagem e partir para a viagem feliz! Cristina afirma que também é importante verificar com a companhia aérea todos os procedimentos para o transporte do pet. “Há um rigor muito forte também para essa questão de trânsito e transporte internacional de animais de estimação”, alerta.

A influencer destaca que algumas companhias aéreas permitem a viagem do pet na cabine com o tutor, dependendo do tamanho e altura. Atenção também para cães e gatos braquicéfalos, aqueles com o focinho achatado, que não são permitidos em algumas companhias aéreas para voos nem na cabine e nem no porão da aeronave. “Mas, é preciso verificar com antecedência para evitar discussões desnecessárias na hora da viagem. Nossos animais sempre viajaram no porão da aeronave e sempre chegaram bem e vivos. Já viajei com eles do Brasil para os Estados Unidos, ida e volta e também já usamos os serviços de uma empresa aduaneira, pois há a possibilidade de os animais voarem sozinhos, todavia há de contratar uma empresa para esse fim, que não é um processo barato...”, afirma.

Outra questão que Cristina aponta é a quantidade de animais que serão levados na viagem. Ela mesma levou cinco pets, três gatos e duas cadelas. Mas não foi informada pela companhia aérea que não poderia levar todos no mesmo voo. “Eu e meu marido tivemos que correr para o aeroporto comprar passagens separadas. Eu vim com os três gatos e as malas e ele chegou no dia seguinte com as nossas duas cadelas. É muito estresse, pois essas surpresas nada agradáveis podem acontecer, mesmo a gente planejando tudo tim-tim por tim-tim.”

A vida no exterior com o pet

Cristina Maya conta que Portugal é um país de contrastes em relação à criação de animais de estimação. Nos centros urbanos, assim como no Brasil, há pet shops que oferecem serviços inclusive em domicílio para banho e tratamento estético. E os pets são criados dentro de casa. Já em algumas zonas rurais, o cão, por exemplo, é tratado como guarda-costas da casa e fica do lado de fora passando frio numa casinha ou então deitado no chão. “Se morreu, troca, compra ou arruma outro”, lamenta.

Em relação aos tratamentos veterinários, Cristina adverte que é preciso ter uma boa reserva financeira para imprevistos pois, ao contrário do Brasil, os procedimentos não podem ser parcelados no cartão de crédito. “Um de nossos gatos teve de ser castrado e também sofreu uma intervenção cirúrgica na uretra por conta de um problema renal e de uma hora para outra gastamos mais de 5 mil reais, semanas antes de virmos para Portugal. Se tivéssemos de fazer o procedimento aqui, teríamos de pagar o procedimento inteiro na fatura”, relata.

Na opinião de Cristina, mesmo sendo alto, vale o investimento. “São nossos ‘filhos’, serão crianças eternas até a hora da morte. Estou sempre engajada pelo bem-estar animal e procuro sempre ajudar os tutores para que também consigam realizar o sonho de virem para cá e trazerem seus bichinhos de estimação. Somos felizes e faríamos tudo novamente, se possível fosse!”, finaliza.
 
Sobre Cristina Maya

Cristina Maya é YouTuber e criadora do Vamu Ver! marca nacional registrada em Portugal pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o nº 616476. É formada em Letras, lecionou língua inglesa no Brasil. Estudou e morou nos EUA. Atualmente, promove postagens sobre dicas de viagens, além de tutoriais voltados para Portugal, país onde reside.

Ela e seu companheiro, que possui dupla cidadania, chegaram a Portugal em fevereiro de 2018 com malas, cinco animais com visto de residência D7 e com muita esperança de dias melhores em novo país. Por meio das mídias sociais do Vamu Ver! Cristina fornece informações sobre dicas de viagens, gastronomia e compartilha o dia a dia em Portugal e a experiências de uma brasileira no exterior. Devido a parcerias com agencias e hotéis, ela consegue oferecer descontos para a sua viagem e estada, além de vídeos com passo a passo de quem quer visitar ou morar legalmente, em Portugal.  Para mais informações, acesse https://vamuver.com/

terça-feira, 6 de abril de 2021

Conheça 15 plantas ornamentais que são tóxicas para cães e gatos



Para professora da USP, as plantas podem decorar casas e apartamentos desde que permaneçam em locais de difícil acesso aos animais, evitando que eles comam ou entrem em contato com elementos tóxicos.

O uso das plantas ornamentais é bastante comum para complementar decoração de casas e apartamentos – mas elas podem fazer mal a cães e gatos, podendo levar até à morte. Pensando nisso, quatro grupos de alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo, liderados pela professora Silvana Lima Górniak, realizaram uma lista com as espécies que podem causar intoxicação dos pets e quais são os sintomas que devem ser observados.

De acordo com Górniak, é comum que os animais de estimação comam plantas e grama. “De maneira geral, os animais não são herbívoros, mas esse é um comportamento corriqueiro para gatos e, principalmente, cães. Quando são muito jovens, podem comer plantas por causa do crescimento dos dentes, mas quando crescem podem acabar ingerindo folhas e flores por busca de novas aventuras ou, até mesmo, para chamar atenção dos donos”, explica Silvana.

Devido a esse comportamento, a professora acredita que o conhecimento da toxicidade das plantas ornamentais pode evitar que cães e gatos sejam injuriados por elas. “Não significa que as pessoas não possam ter essas plantas em casa. O ideal é saber quais delas possuem substâncias tóxicas e deixar longe do alcance dos animais. Mas, em caso de intoxicação, mesmo que o dono não saiba o que fez mal ao pet, é importante leva-lo ao médico veterinário e informar o tipo de plantas que possui em casa. Dessa forma, o profissional pode identificar melhor qual pode ser a causa da intoxicação”, disse Górniak.

Confira abaixo as 15 plantas ornamentais que são tóxicas aos animais de estimação:

1. Comigo-ninguém-pode: Devido à beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar, a Diffenbachia sp é facilmente encontrada nos lares brasileiros e é campeã como causadora de intoxicação em animais. Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos. A intoxicação pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta ou por contato com a pele. Os sintomas variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa. “Essa planta foi a campeã de ingestão por cães e gatos. É conhecida pela beleza de suas folhas e facilidade de cultivo, mas quando em contato com os animais, pode levar à morte facilmente por asfixia. Para se ter noção, meia folha é o bastante para matar um humano”, disse a professora da USP Silvana Górniak.

2. Copo-de-Leite: O Zantedeschia aethiopica possui o mesmo mecanismo de toxicidade que a Comigo-ninguém-pode, com o mesmo princípio ativo – o oxalato de cálcio. A ingestão dessa planta por animais de estimação pode causar irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

3. Antúrio: Todas as partes da planta Anthurium spp possuem oxalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.

4. Avenca: A planta Adiantum capillus-veneris, que não é nativa do Brasil, é bastante cultivada como planta medicinal e pela crença popular de espantar o mau-olhado. A ingestão dos brotos da Avenca, no entanto, pode causar câncer nos animais.

5. Azaleia: A Azalea sp é considerada um símbolo da cidade de São Paulo, sendo encontrada facilmente nos lares como planta ornamental. Seu princípio ativo é a andromedotixina, uma substância que, quando ingerida, pode causar distúrbios digestivos durante até 6 horas após o consumo, além de provocar disfunções cardíacas.

6. Bico-de-papagaio: A Euphorbia-pulcherrima possui uma seiva leitosa tóxica, chamada látex irritante, que em contato com a pele dos animais, pode causar lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão dessa planta pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite em gatos e cachorros.

7. Coroa-de-Cristo: O conhecido arbusto espinhoso, Euphorbia milii, encontrado em jardins e calçadas, possui como substância tóxica o látex irritante, substância que ao entrar em contato com o animal de estimação – seja pela pele, ou ingestão – pode causar reações inflamatórias como inchaço, dor e vermelhidão.

8. Espada-de-são-jorge: A Sansevieria trifasciata é uma planta ornamental muito utilizada nos lares brasileiros pela crença popular de que traz prosperidade. No entanto, a Espada-de-são-jorge possui substâncias de alta toxicidade. Entre os males que pode causar aos animais de estimação está a dificuldade de movimentação e de respiração devido à irritação da mucosa e salivação intensa.

9. Espirradeira: A Nerium oleander, mesmo que bastante utilizada como ornamento em jardins, contém substâncias tóxicas em todas as partes da planta. Esses princípios ativos podem causar arritmias, vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, coma e morte em humanos e animais domésticos. Os sintomas de intoxicação pela Espirradeira podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão.

10. Fumo-bravo: A planta Solanum mauritianum, com altos níveis de toxicidade, tem como principal composto a Solasodina – presente em toda planta, mas mais concentrada nos frutos. A ingestão do Fumo bravo pode causar diarreia, inflamação do duodeno (parte inicial do intestino delgado), elevação das enzimas hepáticas, gastrite, náuseas, sintomas neurológicos e vômitos em cães e gatos que a ingerirem.

11. Lírio e Lírio-da-Paz: Muito encontradas nas casas brasileiras como plantas ornamentais, todas as partes do Lilium sp e do Spathiphyllum wallisii são tóxicas. A ingestão das plantas pode causar irritação oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves. Ainda podem aparecer como sintomas da intoxicação pelo Lírio/Lírio da paz alterações nas funções renal e neurológica.

12. Maconha: O principio ativo na maconha, ou Cannabis sativa é o tetrahydrocannabinol (THC), que deve agir no sistema nervoso central. Os sintomas são depressão, desorientação, perda da coordenação muscular e coma. Normalmente se desenvolvem entre 1 e 3 horas após a ingestão. De acordo com Silvana Górniak, professora da USP, a inalação da fumaça da queima da maconha pode ainda dilatar a pupila dos cães e gatos, causando fotofobia. “Muitas vezes os proprietários de animais domésticos gostam de oferecer a eles tudo que é comum ao humano. Nos Estados Unidos tiveram muitos casos de intoxicação de cães e gatos pela inalação da maconha, que, dependendo do tempo de exposição, pode até matar os animais”, disse a médica veterinária.

13. Mamona: O princípio ativo tóxico do Ricinus communis é a ricina, que está presente nas sementes da planta. Os sintomas da ingestão da mamona acontecem no sistema nervoso e podem ser observados aproximadamente após 24 horas da ingestão. O animal pode apresentar vômitos, diarreia, produção excessiva de saliva, sensibilidade abdominal, cólicas, sangue nas fezes, hipertermia e desidratação. A intoxicação em animais ocorre frequentemente por ingestão de óleo de rícino, torta de mamona, ou resíduos da planta usados como adubo.

14. Tomate verde: A substância tóxica do Solanum lycopersicum é chamada tomatina e é encontrada em altas concentrações nas folhas e frutos verdes – mas se transforma em substância inerte nos frutos maduros. A ingestão do tomate verde pode causar arritmias cardíacas, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômitos.

15. Violeta: O caule e as sementes da Viola odorata são altamente tóxicos. A ingestão dessa comum planta de ornamentação pode causar, na ingestão de altas doses, severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de vômitos e diarreias. Os princípios ativos tóxicos são violinha, acido tânico e salicílico.