terça-feira, 28 de setembro de 2021
Hora de viajar: Quais os cuidados ao levar os pets?
Médicas-veterinárias listam dicas para uma viagem segura ao lado dos cães e gatos
Viajar e recarregar as energias faz parte da rotina dos humanos e, seja para onde for, essa é uma atividade também muito apreciada pelos cães, que encaram cada saída de casa como uma oportunidade para explorar novos lugares; para eles, as viagens são sempre uma aventura incrível.
Os roteiros mais apreciados pelos tutores costumam ser aqueles que permitem o trajeto de carro. Nesse caso é importantíssimo prezar pela segurança do pet e dos outros ocupantes do veículo. Então, o primeiro passo é ter uma caixa de transporte adequada para o animal. “Além disso, também é possível usar outros acessórios específicos, como o cinto de segurança adequado ou cadeirinhas e cestinhas. O pet precisa estar acostumado ao uso desses acessórios e deve-se seguir a recomendação do veterinário de acordo com o porte do animal. O cão não pode ficar solto no veículo e nem mesmo no colo, pois isso coloca a segurança de todos os ocupantes em risco”, detalha a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Fernanda Ambrosino.
Um ponto de atenção, antes de pegar a estrada, é a vacinação. É fundamental que o animal tenha a imunização em dia e que a carteirinha de vacinação esteja sempre em mãos. Para viagens com distâncias mais longas é aconselhável ter um atestado de saúde animal emitido por um veterinário, alguns locais inclusive exigem a documentação para liberar a entrada do pet.
A vermifugação, bem como o uso de produtos ectoparasiticidas que protegem contra a ação de pulgas e carrapatos também devem ser realizados antes do passeio. “Dessa forma o animal estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar e a saúde do pet durante a viagem”, afirma Fernanda.
Outra dica é preparar uma mala com todos os itens do cão, como brinquedos, os potes de água e comida, a ração que ele está adaptado, toalha e shampoo caso o animal precise de banho em algum momento, caminha ou cobertor, e os outros adereços que o pet goste e que fazem parte do dia a dia. A coleira com identificação com dados como, nome e telefone do responsável é outro item que não deve ser esquecido.
“Vale ressaltar que se o animal faz uso de alguma medicação é indicado levar uma quantidade um pouco maior do que a necessária para os dias que irão passar longe de casa, dessa forma caso haja qualquer imprevisto o animal não corre o risco de ficar sem o medicamento”, conta Fernanda.
Para que o cão tenha mais conforto durante o trajeto o indicado é que antes de viajar o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao animal, para evitar que ele viaje de estômago cheio e passe mal no meio do caminho. “Além disso, passear e brincar bastante com o pet ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cão durma durante uma parte do percurso”, conta a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Nathalia Fleming.
Caso o cão seja sensível ao movimento do carro e sinta-se mal com frequência, o tutor poderá conversar com o médico-veterinário de confiança sobre algumas medicações específicas que podem ajudar neste momento. Além disso, os feromônios podem auxiliar para que a viagem seja mais confortável, trazendo a sensação de conforto e segurança para os pets e também na adaptação no novo lugar.
Viajar em horários mais frescos do dia, como perto do amanhecer ou anoitecer, ajuda a evitar que o pet sofra com o estresse térmico, que pode acontecer principalmente quando o sol bate diretamente sobre ele. “Vale lembrar que o animal não deve ser deixado sozinho no carro sob nenhuma condição, pois os cães não transpiram como nós e podem sofrer casos de hipertermia. Caracterizada pelo aquecimento corpóreo anormal que em casos graves pode levar o animal ao óbito”, alerta Nathalia.
As paradas programadas também devem entrar no planejamento. É indicado pausas a cada duas horas para fornecer água ao pet e permitir que ele faça suas necessidades e caminhe um pouco.
É importante também atenção ao chegar no destino. Caso o animal vá para um lugar com piscina ou lagos é preciso que os mergulhos sejam feitos com supervisão, mesmo que o pet saiba nadar. Além disso, é preciso cuidados com a pele e pelo do animal, para evitar as dermatites e, claro atenção especial as orelhas. “O excesso de umidade pode estimular o surgimento das otites, por isso, a melhor maneira de prevenir o problema é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade”, conta Fernanda.
Já no caso das viagens de avião, é importante entrar em contato com a companhia aérea para saber quais são as exigências para o transporte do pet. “Cada companhia tem o seu protocolo de transporte animal. Caso o tutor pretenda fazer uma viagem internacional com o pet é importante verificar as exigências do país de destino e das empresas aéreas. Alguns locais exigem exames específicos que precisam ser feitos com antecedência”, explica Fernanda.
E os gatos?
Os gatos não são grandes fãs de viagens. Por serem animais territorialistas, eles não apreciam movimentações diferentes, ambientes estranhos e pessoas desconhecidas.
“Para quem tem gatos, o ideal é deixá-los sob os cuidados de um pet sitter ou contar com alguém de sua confiança que possa ir em casa trocar a água, colocar comida e limpar as caixinhas de areia diariamente”, explica Nathalia.
Caso o animal acompanhe o tutor no passeio será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do pet, como usar feromônios espécie-específicos e
acostumá-lo o a usar a caixa de transporte com antecedência.
Para os felinos idosos, a recomendação é evitar as viagens, pois o estresse do transporte e do novo ambiente pode ser desgastante demais para os gatos e ocasionar sérios problemas de saúde.
Sobre a Ceva Saúde Animal
A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção. Mais informações em: www.ceva.com.br
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Você sabia que é preciso cuidar da saúde dos rins dos gatos?
Assim como para os humanos, os rins desempenham um papel fundamental para a saúde dos gatos. O órgão é responsável por auxiliar no controle de substâncias como sódio, potássio, contribuir com equilíbrio hormonal, ajudar na filtragem do sangue e na produção de urina, entre outras funções.
Mas, você sabia que os gatos podem ser mais propensos ao desenvolvimento de problemas nos rins? Estudos indicam que um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para manutenção da saúde dos gatos.
“O avanço da idade, doenças inflamatórias e até mesmo o estilo de vida do animal podem impactar o funcionamento adequado dos rins do pet”, explica a médica veterinária e gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Priscila Brabec.
Com origem multifatorial e silenciosa, as patologias renais muitas vezes só são diagnosticadas quando os sinais clínicos são mais evidentes, com animal apresentando sintomas como vômito, anorexia e perda de peso. Por isso é fundamental que o tutor realize check-ups periódicos e ao notar qualquer mudança no comportamento do pet é preciso buscar a orientação do veterinário.
Além disso, manter a hidratação adequada do pet ajuda muito a proteger os rins além, de facilitar a distribuição adequada de nutrientes para todo o organismo, sendo essencial para a saúde geral do gato.
Assim como em outras doenças que afetam os felinos, a prevenção é sempre a melhor estratégia para assegurar o bem-estar do pet. Por isso, Priscila listou seis dicas para ajudar os tutores nos cuidados com a saúde renal dos gatos. Confira:
Incentive a ingestão de água: Os gatos são naturalmente seletivos e por isso precisam de estímulos para se manterem hidratados. Ter vários potes de água espalhados pela casa, essa é uma ótima estratégia para estimular a ingestão de água pelos felinos. Afinal, quanto mais fácil for o acesso à água, mais incentivamos a ingestão. Mas é importante lembrar de sempre deixar a água limpa e fresca, caso contrário o gato não irá beber.
Fontes de água podem ser uma alternativa: Um fato interessante é que alguns gatos gostam de tomar água em movimento. Por isso, as fontes de água podem ser um atrativo e os estimulam a se manterem hidratados.
Alimentação úmida para ajudar na hidratação: Adicione uma alimentação úmida na rotina do pet. Os sachês e patês específicos para gatos tem mais água em sua composição se comparados à ração seca, ajudando a manter o pet hidratado e é uma forma de ingerir mais água. Além disso, a palatabilidade do item é atrativa para o gato.
Busque novas formas de estimular a ingestão de água: Nos dias mais quentes o tutor pode fazer um sorvete para o gato, congelando uma pequena porção de sachê, por exemplo. Dessa forma o animal terá um item diferente para se distrair e brincar enquanto se hidrata. Basta colocar o conteúdo do sachê em forminhas de gelo, congelar e depois oferecer ao gato.
Estimule os exercícios: A atividade física é fundamental para manter os gatos ativos e para contribuir com a manutenção do peso e da saúde geral do pet. Os gatos precisam de estimulo para se exercitar, por isso a dica é investir em itens que o estimulem a caçar como bolinhas ou varinhas, por exemplo.
Mantenha o equilíbrio nutricional: É importante que o gato tenha uma nutrição balanceada para manter o bom funcionamento do organismo. Os suplementos alimentares também podem contribuir em alguns casos específicos.
“É importante ressaltar que não existe cura para a doença renal, por isso, métodos preventivos e o acompanhamento do médico-veterinário são fundamentais”, finaliza Priscila.
Sobre a Avert Saúde Animal
Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Empreendedorismo PET - Ele agora é mentor
Antes, morador de rua. Hoje, CEO da Comport Pet, Cleber Santos presta consultoria para a estruturação de mais de 100 novos negócios do setor
Com meta de alcançar R$ 2 milhões em faturamento ao final de 2021, planeja iniciar uma rede de franquias no próximo ano e consolidar seu projeto de capacitação de profissionais para um dos mercados que mais cresce no Brasil.
É setembro e Cleber Santos, CEO da Comport Pet, faz seu oitavo voo últimos 30 dias. O destino é Salvador, onde vai prestar consultoria a um novo empresário do setor PET. Serão três dias de treinamento sobre estruturação e gestão de um hotel para cachorros, incluindo as áreas administrativa, operacional e comercial.
No seu caderno de anotações, dados de mais 16 negócios em formação e expansão (já em obras) sob sua tutela, em cidades do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, DF e Tocantins. Com esses, já ultrapassam cem hotéis ou creches que receberam o pontapé inicial ou passaram por um processo de reestruturação por suas mãos.
Quem conhece a trajetória do baiano de 32 anos, hoje morador de São Paulo, sabe que essa é uma nova etapa de uma série progressiva de projetos. De morador de rua - com seu cão Grafit - a mentor de negócios. As oportunidades foram criadas ao ponto de chamar a atenção de quem estava em volta perceber seu dom com os animais. Aos 14 anos, conseguiu uma vaga como ajudante geral em um pet shop no bairro Taboão da Serra. Aos 18, iniciou no serviço militar. Logo se aproximou do canil do exército, para o qual foi contratado por cinco anos. Em outra experiência, dessa vez em um hospital veterinário, pode oferecer aos clientes o serviço de passeios (dog walking) e adestramento.
Tino comercial
“Entre cartões e panfletos distribuídos, dei origem aos primeiros clientes da Comport Pet”, conta Santos sobre a empresa que hoje fatura aproximados R$ 2 milhões ao ano.
Com clientes crescendo e em bairros de alto padrão da capital paulistana, adquiriu sua primeira sede relativamente rápido e foi trocando de casa ano a ano para caber mais cachorros. Do espaço de 100 m2, em 2009, passou para os atuais 700 m2 para abrigar os 130 pets que chegavam diariamente para passar o dia ou pernoitar, além dos pacientes das terapias oferecidas, entre musicoterapia (que ajuda na parte cognitiva dos animais).
Os cursos feitos em países como EUA, Canadá e Alemanha – todos com investimento próprio – lhe conferiram o título de especialista em comportamento animal – uma atuação especializada na área cognitiva, tornando o aprendizado mais rápido e prazeroso, o que lhe deu respaldo para cobrar o dobro ou até o triplo, em relação à média do mercado. Mesmo assim, com a agenda cheia de clientes, entre eles famosos.
A forma de vender seu trabalho é própria de quem é responsável de perto pelo marketing da empresa, dividindo as outras funções corporativas com Dan Batista, esposa e sócia (administrativo e financeiro). Cleber é hoje presença ativa nas redes, fazendo posts diários informativos e descontraídos, e lives com clientes e parceiros, conquistando um número significativo de seguidores. O bom tato comercial também rendeu negociações com a indústria pet, entre elas de embaixador de marcas de roupas e de acessórios - chegando a assinar uma linha completa de camisetas feitas exclusivamente para donos de animais de estimação.
A pandemia e a nova frente de trabalho
“Com reduções de salário durante a pandemia, muitas pessoas buscaram o curso de Dog Walker para complementar a renda. Outras, pelo desemprego, decidiram empreender em áreas que tinham afinidade, como a do cuidado com os animais de estimação (Cleber cita aqui o exemplo de profissionais das áreas financeira e de comunicação, por exemplo, que decidiram mudar a direção de suas carreiras). É um mercado muito mais afetivo que comercial. A maioria ama pets, mas não sabe sobre gestão”, explica.
Com isso, uma outra frente de trabalho do empresário foi impulsionada: as capacitações. A grade de disciplinas, até então restrita aos cursos de Adestramento e Dog Walker, foi ampliada para receber um número inédito de alunos por mês.
Santos conta que, somente no último ano, passaram pelas aulas mais dois mil alunos (de um total de 10 mil, desde o início das turmas anos atrás). Os valores dos cursos variam entre R$ 400 e R$ 20 mil para classes de Adestrador, Dog Walker, Monitor, Day Care, Banho e Tosa, Gestão Administrativa e Educação Sanitária.
Dos cursos, Santos conta que o salto para as consultorias foi rápido. "Elas existem para quem precisa se atualizar e para aqueles que desejam empreender no setor, mas não sabem por onde começar. Já ajudamos a dobrar o faturamento de muitos proprietários de Day Care, de Hotéis e de Pet Shop. Nossas turmas hoje têm fila de espera”, comemora.
Franquias
Hoje, Santos está 100% focado nos cursos e nas consultorias, apesar de reservar dois dias da semana para o atendimento presencial de casos mais complexos. "Foi criado um CNPJ só para as capacitações, conta.
O empresário relata também que acabou de adquirir um terreno ao lado da sede para dobrar de tamanho. Na reforma está prevista uma sala de aula, já que hoje são utilizados espaços alugados de coworking. O investimento em automação também foi feito para ministrar aulas presenciais e remotas ao mesmo tempo. A meta é apostar cada vez mais nas formações e aumentar a agenda de consultorias em outras cidades.
Entre os planos de 2022 está a abertura de franquias com foco em expandir o modelo de gestão e a metodologia comportamental criada. “A proposta é começar com o serviço de adestramento, em seguida de creche e hotel. Será uma correria, mas é uma forma de devolver as oportunidades que recebi. É o que me motiva”, conta o segredo de quem não para de empreender.
Mais informações, acesse: https://comportpet.com.br/historia-comportpet-cleber-santos
Dados de mercado: O mercado de pet faturou R$ 40,1 bilhões em 2020 – 13,5% a mais do que em 2019. Além disso, o segmento gerou 2,4 milhões de empregos em 2020. A indústria deve crescer em 2021 17,8% este ano.
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
Raiva canina e felina: Como prevenir?
A imunização anual dos animais é indispensável para protegê-los contra a doença
Agosto é conhecido como o mês da vacinação contra raiva canina e felina. Mas, pouco se fala sobre os perigos desta doença e como ela age no organismo dos animais. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Mas, e como os pets contraem a raiva? O contágio direto acontece por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida, sendo a última a via mais comum de infecção. Além disso, a doença também pode ser transmitida de forma indireta, ou seja, o pet pode ser contaminado ao lamber ou morder um objeto que teve contato com um animal com raiva, ou caso tenha um ferimento na pele que entre em contato com secreções contaminadas, ele também pode se infectar. Os principais transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os pets de forma acidental.
O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. “A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Fernanda Ambrosino.
A salivação excessiva, um dos traços mais conhecidos da raiva, é apenas o primeiro sinal apresentado pelos cães, que manifestam os sintomas da doença de 3 a 6 semanas após o contágio. Após o início da sintomatologia a evolução da doença se divide em duas etapas: raiva furiosa e raiva paralítica.
“Nos primeiros dias os animais apresentam mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Outra característica é que os animais se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. Essa fase dura em média quatro dias, após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. É nessa fase que a salivação excessiva começa”, detalha Fernanda.
A raiva não tem cura e não existe tratamento para enfermidade, sendo dessa forma, fatal para os animais e seres humanos afetados. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.
A prevenção é fundamental para manter cães e gatos protegidos. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser vacinados anualmente.
“É importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção contra doenças indispensável na vida dos pets. Os tutores devem realizar a revacinação anual contra raiva e seguir o calendário de imunização estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou não realizar a imunização do pet o deixará vulnerável para o contágio pelo vírus da raiva e por outros agentes”, finaliza Fernanda.
Sobre a Ceva Saúde Animal
A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção. Mais informações em: www.ceva.com.br
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Cães idosos precisam de cuidados especiais?
Médica veterinária listou oito pontos importantes para o cuidado de animais com idade avançada
Pelos brancos, passos mais lentos, sonecas mais longas, mas o mesmo companheirismo de sempre, assim são os cães idosos. Esses animais, que partilham diversas memórias com seus tutores, precisam de cuidados diferenciados nessa fase da vida.
É preciso atenção com exercícios, socialização, mobilidade, nutrição, entre outros. Tudo precisará ter um olhar especial de acordo com as necessidades do animal, levando em consideração sua personalidade e também sua rotina.
Além disso, as visitas ao veterinário devem ser mais frequentes. Enquanto os cães mais jovens passam por avaliações anuais, os idosos precisam ter a saúde conferida a cada seis meses. Dessa forma é possível avaliar mais de perto o pet.
O tema gera muitas dúvidas, por isso, para auxiliar os tutores a médica veterinária e gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Priscila Brabec listou oito pontos importantes para o cuidado com o cão idoso. Confira:
.:. Compreenda as mudanças do pet: A senilidade poderá mudar o comportamento do cão. Ele poderá por exemplo, terá menos disposição para brincadeiras, mobilidade reduzida, ficar mais apegado ao tutor, aumentar a ansiedade/medo. Essas mudanças no comportamento podem acontecer por fatores como: desgaste e dor nas articulações, redução da massa magra, redução da cognição, visão e audição. Por isso, é preciso compreender e acompanhar constantemente o pet junto ao veterinário de confiança.
.:. Mantenha uma rotina de exercícios: É importante manter uma rotina de exercícios e passeios com o cão, claro, sempre ajustando as necessidades e interesses do cão. O tutor pode adaptar a intensidade e a duração das atividades respeitando a disposição do pet.
.:. Estimule a mente: Atividades que estimulem a mente do cão também são muito importantes. Por isso, mantenha uma rotina de atividades que envolvam essa estimulação como por exemplo: comedouros lentos, brinquedos que podem ser recheados com alimentos, brincadeiras com pessoas, esconder petiscos entre outros. Avalie sempre se o cão está reagindo positivamente ao estimulo.
Adaptar o ambiente é importante: A diminuição da mobilidade pode fazer parte do envelhecimento. É possível que ele ande mais vagarosamente e evite caminhar por longas distancias, especialmente no ambiente domiciliar. Se necessário, aumentar o número de caminhas, potes de água e alimento para melhor acesso, uso de rampas para subir e portões para evitar quedas e acidentes.
Cuidados com a higiene: Opte por banhos em dias de temperatura amena, sempre usando um shampoo específico para cães e seque bem a pele e pelos. É preciso também atenção especial aos dentes, o acúmulo de tártaro, além de estimular a proliferação de bactérias, pode causar diversos problemas e dificultar ainda mais a mastigação do pet. As orelhas são outro ponto importante, é preciso mantê-las sempre limpas e secas para evitar otites, por exemplo.
Atenção com a alimentação: As necessidades nutricionais de um cão idoso são diferentes de um cão jovem, por isso, esteja sempre atento a alimentação e converse com o médico veterinário para saber qual alimento atenderá melhor as necessidades nutricionais do seu pet.
.:. Suplementos podem ajudar: Os suplementos podem ser benéficos aos animais idosos, contribuindo para o bem-estar e qualidade de vida. Alguns exemplos são: ácidos graxos essenciais (ômega-3), Betaglucanas que auxiliam no suporte ao sistema imunológico, aminoácidos essenciais (BCAA´s) e colágeno hidrolisado que podem auxiliar na musculatura, simbóticos para a saúde intestinal, colágeno tipo II, condroitina e glucosamina para articulações e vitaminas C e E como antioxidantes. Lembrando que é sempre muito importante a avaliação do médico veterinário para o uso da suplementação de acordo com a necessidade do cão.
.:. Curtam momentos juntos: Dedique-se a curtir os momentos do dia-a-dia com seu cão! Brinque e interaja com ele, isso irá estimulá-lo a se manter ativo e também estreitar os laços entre o cão e o tutor.
Sobre a Avert Saúde Animal
Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br
segunda-feira, 19 de julho de 2021
Cannabis medicinal é promessa de tratamento para doenças em animais
* Barbara Arranz é biomédica, especialista no uso de cannabis medicinal e CEO da Linha Canabica
Com o avanço das pesquisas, o uso da maconha medicinal em seres humanos tem se mostrado cada vez mais positivo, com resultados importantes alcançados diante de diversas doenças. Mas se a cannabis possui propriedades que ajudam a combater males como dores crônicas e epilepsia, será que não pode auxiliar no controle dessas e de outras condições nos pets? De acordo com estudos prévios, tudo indica que sim.
Embora o número de experimentos ainda seja escasso, temos referências animadoras nessa área. A começar pela própria epilepsia, a doença neurológica mais comum entre cães, atingindo cerca de 5% dos animais dessa espécie. Estima-se que de 20 a 30% dos cachorros com o problema não respondem bem ao tratamentos disponíveis. Além disso, medicamentos veterinários hoje utilizados nessas circunstâncias podem gerar efeitos colaterais que deixam os bichos mais fragilizados.
Um estudo em andamento nos Estados Unidos, com previsão de ser concluído ainda em 2021, procura mostrar como a cannabis ajuda no enfrentamento da doença. A pesquisa, denominada “Eficácia do canabidiol para o tratamento da epilepsia canina”, quer encontrar um medicamento à base de cannabis que funcione na grande maioria dos casos e não resulte em reações adversas significativas.
Após uma avaliação completa das crises nos cães participantes, incluindo exames de sangue e ressonância magnética cerebral, um grupo de animais recebeu óleo de cannabis, enquanto outro recebeu medicamentos convencionais para epilepsia e a um terceiro foi administrado placebo. Quando concluído, esse será o primeiro grande experimento sobre o tema, trazendo respostas mais claras e científicas sobre o poder da maconha medicinal nos animais.
Mesmo antes da validação das pesquisas, a Nordic Oil, produtora de óleo de canabidiol, acredita no poder medicinal da maconha e em sua capacidade de levar aos animais benefícios similares aos que proporciona ao ser humano. Por isso, fez uma parceria com o abrigo de cães Paradise of Dogs, na Hungria. O objetivo era doar óleo de cannabis para que Nicole, proprietária do local, pudesse usá-lo em cães com diversos problemas de saúde que chegavam ao local.
O produto foi aplicado diretamente na boca dos animais ou diluído na água deles. De acordo com a proprietária do abrigo, os resultados foram impressionantes, e os cães estão conseguindo controlar melhor epilepsia, artrose, infestação por ácaros e até ansiedade.
Pesquisadores descobriram que o sistema endocanabinoide, presente no cérebro e em outras partes do corpo humano, também é encontrado em outros mamíferos. Seus receptores reagem aos canabinoides, principais componentes da maconha, ajudando a lidar com uma série de doenças, como epilepsia, dores crônicas, Parkinson e insônia.
Embora ambas espécies possuam o sistema endocanabinoide, a maneira de usar o óleo de cannabis é diferente em cada caso. Existe um protocolo para introdução do óleo de cannabis em animais chamado Low Dose. De acordo com ele, é prudente começar a introduzir a cannabis nos animais a partir de uma dosagem bem baixa, para ir acostumando seu organismo aos poucos. Esse período de introdução deve durar entre cinco e dez dias, podendo se estender caso o veterinário perceba que há necessidade de um tempo maior.
É muito importante que tanto o veterinário treinado quanto o dono do animal prestem atenção no comportamento do pet, mesmo nessa fase de introdução do óleo. Assim como acontece com seres humanos, a dosagem de cannabis pode ser aumentada ou diminuída a depender das reações do organismo do animal.
A cannabis é uma planta que possui baixa toxicidade. Reações adversas em animais são raras e geralmente estão associadas a casos de superdosagem ou ingestão da versão in natura. Nesse sentido, cabe ressaltar que não se deve jamais oferecer a planta para os pets, uma vez que a maconha tem também THC, substância psicoativa. Aliás, o uso da cannabis medicinal, seja nas pesquisas, seja na vida real, precisa contar com o acompanhamento de veterinários especializados.
terça-feira, 6 de julho de 2021
Aves pet podem ser intoxicadas após uso abusivo de medicamentos e vitaminas
Uso indiscriminado de substâncias gera principalmente quadros de toxicidade, além de complicações nos rins e fígado do animal
Os proprietários de aves pet frequentemente se deparam com propagandas de vitaminas e medicamentos em pet shops e nas redes sociais, além de conselhos para ministrar substâncias por conta própria. Essa cultura vai desde a recomendação de produtos veterinários até receitas caseiras, como pingar gotinhas de vinagre no bebedouro da ave pet.
Embora esses conselhos possam parecer inofensivos ou até mesmo confiáveis, na verdade, eles representam um sério risco para a saúde de aves como calopsitas, periquitos, papagaios, entre outras espécies de psitaciformes. A cultura de ministrar substâncias sem prescrição e acompanhamento de um médico veterinário envolve perigos relacionados com a ausência de diagnóstico, administração de doses inadequadas, riscos de intoxicação e desenvolvimento de resistência aos medicamentos.
Medicamentos para aves
O uso de um medicamento deve ser certeiro, levando em consideração a espécie de ave atendida e o peso do animal, então a definição de dose depende do caso clínico de cada paciente. “Para cada medicamento, seja qual for, dentro da classe de vitaminas, anti-inflamatórios, antibióticos e antiparasitários, a gente tem uma dose específica para as espécies de aves psitaciformes. As doses são diferenciadas, existem cálculos que fazemos de acordo com o peso”, explica a médica veterinária Dra. Marta Brito Guimarães, que é doutora em Ciências e professora no Ambulatório de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
Quando um tutor de ave decide ministrar um medicamento por conta própria, pode gerar dois erros graves: superdose e subdose. Com a superdosagem, o excesso de medicamento pode causar alterações hepáticas e renais na ave, a depender da metabolização da medicação. Já com a ocorrência de subdose, a substância não vai provocar o efeito desejado para algum tratamento. Além disso, no caso dos antifúngicos e antibióticos, as subdoses representam um grande problema porque geram o risco de desenvolvimento de resistência de patógenos ao uso de medicamentos, comprometendo a eficácia das substâncias.
Em razão de desconhecimento e venda inapropriada de medicamentos veterinários, proprietários de aves estão colocando a saúde dos pets em perigo. Isso pode agravar uma doença ou ferimento pré-existente e em alguns casos até mesmo levar ao óbito do animal. “Existem as medicações que chamamos de nefrotóxicas ou hepatotóxicas. Isso significa que os medicamentos têm uma ação tóxica para os rins, fígado ou até para o desenvolvimento do animal e isso acaba acarretando numa piora do quadro clínico”, alertou a Dra. Marta em entrevista ao podcast Psitacast.
Supondo o caso de uma ave que tenha lesão ou resistência renal, se ela receber um medicamento nefrotóxico, poderá ter insuficiência renal e até morrer, por exemplo. Além disso, a atitude de um proprietário de ave que medica o animal sem prescrição acaba prejudicando o atendimento veterinário. Como exemplo, se um tutor ministra um antiparasitário sem a solicitação do médico veterinário, a medicação pode camuflar o quadro real da ave e dificultar o posterior atendimento do paciente. “A medicação acaba mascarando sinais clínicos, dificultando principalmente o diagnóstico das doenças”, alerta a Dra. Marta.
Segundo ela, as substâncias mais utilizadas indevidamente são os antibióticos. “Como os sinais clínicos das aves são inespecíficos, tudo se confunde, e quando o tutor fala o que está acontecendo em um pet shop, na maioria das vezes é indicado o uso de um antibiótico”, afirmou a médica veterinária em entrevista ao Psitacast.
Enquanto, para a medicina humana, a comercialização de antibióticos é restrita e as farmácias só liberam a venda do produto mediante apresentação de receita médica, o mesmo não acontece na área de saúde animal. A venda indiscriminada principalmente de antibióticos por meio da indicação de balconistas de pet shops e sem prescrição é preocupante. “No campo veterinário, ainda há uma luta para que não possam comprar diretamente no balcão. A indústria veterinária está levando isso em consideração para que não haja resistência ao uso de antibióticos”, disse a Dra. Marta.
O uso indiscriminado de vermífugos também representa um problema. O ideal é que a ave seja medicada somente após diagnóstico e realização de exame coproparasitológico para identificar a presença de um determinado parasita. Assim, o tratamento será assertivo de acordo com o patógeno encontrado, com o remédio correto e a dose adequada para não intoxicar a ave.
Até mesmo receitas caseiras que parecem inofensivas trazem sérios prejuízos para as aves pet. A cultura de adicionar vinagre na água de banho e no bebedouro da ave é um exemplo disso, segundo a Dra. Marta. “Colocar vinagre na água de banho interfere diretamente na pele e secreção que é produzida pela ave para impermeabilização das penas. A gente tem que tomar muito cuidado com produtos tópicos porque quando as penas perdem a oleosidade natural, isso acaba interferindo na conservação da temperatura do animal”, alertou a médica ao Psitacast.
As penas das aves desempenham a função de controle de temperatura do animal, com o objetivo de manter a ave aquecida e protegida. Ou seja, interferir na oleosidade e qualidade das penas pode fazer com que a ave passe frio, entre outras complicações. O hábito de adicionar gotas de vinagre no bebedouro da ave também não traz vantagens. Em tese, essa cultura popular visa reduzir o PH da água e dificultar a sobrevivência de parasitas que preferem ambientes alcalinos. No entanto, a água com vinagre também vai impactar na saúde da ave e a acidez dessa água pode prejudicar a flora intestinal do pet, por exemplo.
Vitaminas para aves
De acordo com a Dra. Marta, as rações extrusadas para aves pet já são fabricadas especialmente com a quantidade ideal de vitaminas e sais minerais para nutrir esses animais. Além disso, é indicado complementar a alimentação das aves com legumes e verduras. A dieta adequada supre a necessidade nutricional das aves e a rotina do pet não requer nenhum uso de produtos vitamínicos.
O fornecimento de vitaminas para as aves sem recomendação veterinária gera muitos problemas porque provoca a hipervitaminose, que é o excesso de vitaminas. Segundo a médica veterinária, os perigos estão relacionados com o excesso das chamadas vitaminas lipossolúveis, ou seja, vitaminas solúveis em lipídios.
Nesse grupo das lipossolúveis estão as vitaminas A, D, E e K, que dependem de gordura para serem absorvidas e se acumulam no corpo do animal ao longo do tempo. “A hipervitaminose é algo que não conseguimos reverter. Essas vitaminas vão se acumulando, levando para um processo tóxico. No caso de vitamina D, por exemplo, o excesso pode levar a calcificações de tecidos em rins e regiões vasculares, entre outras consequências”, explica a Dra. Marta. É por isso que o fornecimento de vitaminas deve ocorrer apenas mediante prescrição do médico veterinário, de forma controlada e responsável. O uso de vitaminas só deve ocorrer durante tratamentos, para cuidar da ave em fases de excesso de postura, muda de penas, entre outros casos conforme o quadro clínico do paciente.
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