sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Veja 20 Mitos e Verdades sobre animais de estimação


Quem ama e convive com cachorro ou gato sabe que o universo dos animais de estimação é cercado de mitos. É fato que eles exigem cuidados especiais, mas, às vezes, algumas orientações – tanto sobre cuidados, como sobre a convivência com os pets – são passadas de forma errada, gerando ainda mais dúvidas e até certos “medos”.

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. Ter um animal de estimação oferece benefícios tanto para adultos como para crianças.

VERDADE. “Com certeza. São comprovados benefícios relacionados à saúde física, com melhoria na imunidade do organismo, e mental, proporcionando melhoras em quadros depressivos, por exemplo”, destaca a veterinária e farmacêutica da DrogaVET, Mariana Mauger.

. Cachorros são apegados aos donos e gatos são apegados ao lar.

MITO. Marcos Fernandes, veterinário homeopata e psicanalista, destaca que isso não é verdade. “O que acontece é que os gatos não estão o tempo todo disponíveis para os seus tutores. Eles são mais independentes. Eles gostam, sim, dos seus donos, mas de uma forma diferente do cão”, diz.

. Gatos não são carinhosos.

MITO. “Eles são bastante carinhosos em sua maioria. Porém, não são tão eufóricos como os cães, por exemplo. Eles estão sempre por perto, acariciando-se em seus donos”, comenta Mariana.

. Não é saudável criar cães e gatos como se fossem “filhos”.

VERDADE. De acordo com Fernandes, não é saudável. “Pois é um peso psicológico enorme para o cão ser o animal e, ao mesmo tempo, o filho. Atualmente muitos animais humanizados adoecem em função desta sobrecarga psicológica”, diz.

Giovana Mazzotti, Mestre em Biologia Animal, Doutoranda em Saúde Animal, professora de graduação em Medicina Veterinária e professora de pós-graduação, membro da American Association of Feline Practitioners e proprietária do consultório Giovana Mazzotti Medicina Felina, ressalta que o amor que você dá ao animal pode ser equivalente ao amor dado a um ser humano. “Isso é uma questão pessoal. O que é errado é o antropomorfismo, ou seja, atribuir aos animais funções, desejos e características de seres humanos. Sapatos e perfumes, por exemplo, fazem mal à saúde desses animais”, diz.

“Os cuidados com cães e gatos devem ser pautados nas necessidades dessas espécies, que são diferentes entre si e diferentes dos seres humanos”, acrescenta Giovana.

É claro que cada pessoa/família tem suas particularidades na hora de criar seu pet, mas é preciso sempre lembrar, em primeiro lugar, que ele é um animal, e precisa ser cuidado como tal. O que não significa, de forma alguma, que ele não pode/deve receber todo amor de seus tutores.

. Cachorros devem comer somente ração (e nunca comida).

MITO. Fernandes diz que os cães podem comer comida caseira, que deve ser sempre prescrita pelo médico veterinário. “Normalmente a alimentação natural traz muitos benefícios para os cães”, comenta.

Giovana ressalta que a ração é a dieta elaborada por nutricionistas veterinários que, de forma prática, permite que as pessoas alimentem os animais de forma saudável. “Quem opta por fazer o preparo do alimento dos cães e gatos em casa deve contar com a consultoria de um médico veterinário nutricionista, que irá fazer a ‘receita’ ideal para aquele animal”, diz.

. Ração molhada é sempre melhor para os animais de estimação do que a ração seca.

MITO. Fernandes destaca que isso é indiferente. “Mas animais mais jovens que ainda têm dente de leite preferem rações umedecidas”, comenta.

. Cachorros não podem comer algumas frutas, como, por exemplo, uvas.

VERDADE. Mariana explica que cães e gatos não devem comer algumas frutas por provocarem efeitos tóxicos no organismo dos animais, como uva e carambola.

. Gatos podem ter uma dieta vegetariana.

VERDADE. “Apesar de serem animais essencialmente carnívoros, podem viver bem com dieta vegetariana, desde que balanceada e de acordo com as necessidades diárias”, explica Mariana.

. Não é seguro dar ossos de galinha para cães e gatos.

VERDADE. “Ossos de galinha quebram-se facilmente, tornando-se pontiagudos e perigosos, podendo causar asfixia e perfurações”, destaca Mariana.

. Dar carne crua para os cães e gatos pode trazer doenças para os bichinhos.

VERDADE. Este é um risco, de acordo com a veterinária Mariana, desde que a carne esteja contaminada com bactérias e/ou parasitas.

. Um cachorro e um gato nunca vão se dar bem.

MITO. “Isso não é verdade! Há cães e gatos que vivem juntos e são inseparáveis”, destaca o veterinário Fernandes.

Giovana lembra que o grau de amizade entre essas espécies varia individualmente. “Um gato pode não gostar de diversos cães, mas gostar muito de um em particular, por exemplo”, diz.

. Não se deve misturar ração dos cães e dos gatos.

VERDADE. “As dietas de cães e gatos têm necessidades nutricionais diferentes, e as rações são específicas para cada uma dessas necessidades. Por exemplo, a taurina deve estar presente na dieta de gatos, porém, não é recomendada para cães”, exemplifica Mariana.

. Gatos podem ter os dentes escovados com pasta de dente normal.

MITO. De acordo com Mariana, não se deve usar pasta de dente normal para os gatos, por conter muito flúor (substância tóxica para os animais). “Existem produtos específicos e mais seguros para realizar a limpeza bucal do pet”, lembra.

. Podemos lavar os animais de estimação com os mesmos xampus e sabonetes que usamos em humanos sem problemas.

MITO. Mariana lembra que devem ser utilizados produtos apropriados para animais, assim, é possível evitar reações alérgicas. “Existem algumas diferenças nas formulações humanas para as utilizadas em animais. O pH de xampus para humanos, de forma geral, é mais ácido e compatível ao couro cabeludo humano, o que pode provocar irritação na pele de cães e gatos. Outros componentes químicos, como essências, tensoativos e conservantes em concentração maior, também podem acarretar em irritação cutânea nos animais”, explica.

. Se o cachorro fica solto no quintal de casa, não preciso levá-lo passear.

MITO. O animal ficar solto no quintal não significa que vai se exercitar sozinho, esclarece Mariana. “O passeio é importante para garantir o exercício e também sua socialização.”

. Algumas raças de cachorro não precisam de exercício ou passeio.

MITO. Todos os cães precisam se exercitar e passear, destaca Mariana. “É muito importante para sua saúde física e mental. O que pode variar é a intensidade de exercícios e passeios. Raças mais ativas, como Border Collie, precisam de bastante exercício”, esclarece.

. Um cachorro macho e uma fêmea nunca vão brigar.

MITO. Fernandes explica que, às vezes, animais do mesmo sexo se dão melhor do que animais de sexo oposto. “Cada caso é um caso, pois isto está mais relacionado com a individualidade do animal”, diz.

. Se dois cachorros que vivem na mesma casa brigarem uma vez, provavelmente vão se estranhar sempre.

MITO. Não existe uma regra para isso, diz a veterinária Mariana. “Mas é aconselhável, uma vez que brigarem, tomar cuidado nos próximos contatos. Trabalhos envolvidos com desvios comportamentais como este podem ajudar bastante na socialização destes animais”, acrescenta.

Giovana destaca que o conhecimento da espécie (e também das raças) faz-se fundamental. “Existe um ramo na medicina veterinária que estuda o comportamento animal, são os psicólogos/psiquiatras de animais. Esses profissionais devem ser consultados antes de se adotar qualquer animal e em qualquer situação onde haja comportamentos indesejáveis. Quanto antes, melhor”, diz.

. Existem animais que não gostam de crianças.

VERDADE. “Geralmente, isso ocorre com animais que encontram aquelas crianças curiosas que, por serem muito pequenas ou não terem muita noção de sua força e não saberem fazer carinho, apertam, puxam e pegam o bichinho no colo de forma errada, muitas vezes, machucando-os. Desta forma, esses animais associam as crianças com dor e procuram evitá-las, podendo demonstrar certa agressividade em alguns casos”, esclarece Mariana.

. Cães bravos precisam ser adestrados.

VERDADE. Mariana ressalta que eles devem ser adestrados para evitar acidentes. “Ser avaliado por um profissional especializado em comportamento animal também pode auxiliar na socialização”, diz.

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