sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Para viver em paz com os vizinhos, donos de cães precisam se ‘adestrar’


Os cães estão entre os principais motivos de conflitos entre moradores de condomínios, principalmente pelo barulho que podem fazer. De acordo com um levantamento da Lello Condomínios, o barulho excessivo e nos fins de semana respondem por 40% das multas aplicadas aos moradores, e nelas estão incluídos ruídos causados pelos bichos nas áreas comuns. A razão para isso, em geral, é a falta de bom senso dos seus donos, e são situações que poderiam ser resolvidas com a obediência às regras do prédio.

“Conflitos por causa de cachorros são comuns em todos os padrões de condomínio”, afirma Omar Anauate, diretor de Condomínio da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic). Os regulamentos internos atuais fazem restrições à presença de animais que causem grande incômodo, como excesso de barulho e mau cheiro, ou sejam agressivos e representem risco para os demais moradores.

“As convenções mais antigas proibiam a presença de animais nos prédios, mas se o animal tiver comportamento adequado, os donos conseguem na justiça garantir sua presença nos condomínios”, explica ele.

Os animais também não podem prejudicar a tranqüilidade e a higiene do condomínio e nem a saúde dos demais moradores.

“É importante que o dono tenha bom senso e não deixe sujeira nas áreas comuns e não deixe o animal fazer barulho”, destaca Hubert Gebara, diretor do Grupo Hubert de Administração de Condomínios e vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

“Em determinados casos, com o animais selvagens como cobras, lagartos, iguanas, entre outros, e sempre que houver dúvida, o síndico não deve assumir a responsabilidade e deve convocar uma assembleia para que o maior número possível de moradores opine, pois a assembléia é o órgão soberano do condomínio. O condomínio só não pode decidir sobre algo que desobedeça as leis municipais, estaduais e federai sem vigor.”

A gerente de marketing Andréa Farias, 37 anos,tem cachorro em casa e acredita que o segredo para evitar conflitos é saber conviver em comunidade. Ela mora em um condomínio com quatro edifícios no Morumbi e diz que, seguindo as normas do local – como usar o elevador de serviço, manter o cão na guia e levá-lo para fazer as necessidades na rua sem esquecer de recolher as fezes -, não há como ter problemas.

“Meu cachorro, o Toddy, é mini pincher e fica o dia todo sozinho e passa a maior parte do tempo dormindo e só late quando alguém passa no corredor”, conta.

“Tenho convivência tranquila porque observo as normas. O condomínio ainda recomenda antes de entrar no elevador perguntar se as pessoas se incomodam de subir como cachorro.”

Fonte: Revista Zap

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